segunda-feira, 18 de abril de 2022

 



Trilhas da Libertação

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 8

 

Prosseguimos neste espaço o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995. Este estudo será publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

57. Que podemos esperar dos descalabros morais que se verificam ainda com grande intensidade na Terra?

Muitas e aflitivas dores. Os descalabros morais em nosso orbe são crescentes e, associados à volumosa onda de violência que estarrece, ameaçam todas as construções éticas e civilizadas das gerações passadas, prenunciando uma fase de grande renovação da Humanidade terrena, através da dor. O esquecimento propositado das estruturas éticas tem facilitado, segundo Manoel P. de Miranda, a morte de nobres conquistas humanas através dos séculos: a monogamia, a família, o amor aos filhos e a recíproca dos filhos para com os pais, o respeito ao próximo e o equilíbrio sexual. “Os ventos do desespero e da anarquia sopram em todas as direções, ameaçando de destruição tudo quanto encontram.” (Trilhas da Libertação. Diálogos Esclarecedores, pp. 158 e 159.)

58. É correto dizer que a mediunidade, em sua expressão orgânica, é faculdade do Espírito?

Sim. É faculdade do Espírito, que se veste de células para permitir a exteriorização dos fenômenos de origem espiritual. E sua educação exige, entre outros fatores, a interiorização do indivíduo, silenciando tormentos, para melhor perceber, na interação mente-corpo, o que acontece à sua volta. Sem o equilíbrio psicofísico mui dificilmente se captam corretamente as paisagens e a vida fora da matéria. (Obra citada. Prejuízos e Conquistas Espirituais, pp. 164 e 165.)

59. Chegará um dia em que a faculdade mediúnica se tornará generalizada na Terra e admitida como um novo sentido, não mais como uma faculdade paranormal?

Sim. À medida que o homem e a mulher deem atenção às suas faculdades psíquicas, desenvolvendo-as com cuidado e atenção, desdobrá-las-ão, favorecendo-se para o futuro, quando a mediunidade deixará de ser classificada no âmbito da paranormalidade, para se fixar como um sexto sentido, qual a denominou o professor Charles Richet. (Obra citada. Prejuízos e Conquistas Espirituais, pp. 164 e 165.)

60. No chamado culto do Evangelho no lar é comum a participação de entidades desencarnadas?

Sim. É o que acontece no culto evangélico realizado aos domingos no lar de Ernestina, onde Manoel P. de Miranda e Fernando estavam hospedados. Nele, quase uma centena de Espíritos se faziam presentes, ao lado de encarnados cujo número não passava de 20. Alguns vinham para ajudar e um grande número, sob o amparo de familiares zelosos, ali chegava para beneficiar-se com a psicosfera reinante, ouvir os estudos e receber as vibrações de paz e ânimo, que são inerentes a esse tipo de prática. (Obra citada. Prejuízos e Conquistas Espirituais, pp. 165 a 168.)

61. Para que a dor desapareça de nossa vida, qual é o recurso?

Muitas pessoas aguardam que os governos resolvam os magnos problemas das aflições e esperam para isso soluções legais, sem dar-se conta daquelas de natureza emocional. Para que a dor desapareça, o único recurso é, porém, a transformação moral do ser para melhor, ensejando dessa forma a reforma dos estatutos que mantêm as injustiças sociais e os conflitos que advêm das reencarnações passadas. Tal é o pensamento exposto nesta obra pelo dr. Carneiro de Campos, que diz que atacar apenas os efeitos é medida improfícua e até prejudicial. “Todo o esforço pelo progresso e pela felicidade – assevera o benfeitor – deve concentrar-se nas causas, portanto na criatura em processo de evolução, promovendo-a, equilibrando-a.” (Obra citada. Alcoolismo e Obsessão, pp. 170 e 171.)

62. Como o dr. Carneiro de Campos classifica o alcoolismo?

Sobre essa questão, afirma o conhecido benfeitor: “O alcoolismo é um dos maiores inimigos da criatura humana. É de lamentar-se que o seu uso seja tão generalizado e, infelizmente, haja adquirido status na sociedade. As reuniões, as celebrações e festividades outras sempre se fazem acompanhar de bebidas alcoólicas, responsáveis por incontáveis danos ao organismo humano, à sociedade. Acidentes terríveis, agressões absurdas, atitudes ignóbeis decorrem do seu uso, além dos vários prejuízos orgânicos, emocionais e mentais que acarretam”. Lembrando que verdadeiras legiões de pessoas sofrem no mundo as terríveis consequências do alcoolismo, o Mentor asseverou: “O alcoolismo, ou dependência do uso exagerado de bebidas alcoólicas, constitui-se um grave problema médico, em face dos danos que causa ao organismo do indivíduo e ao grupo social no qual este se movimenta. A sua gravidade pode ser considerada pelo número dos internados em hospitais psiquiátricos com desequilíbrios expressivos. As recidivas, após o cuidadoso tratamento, são numerosas, não se considerando que as suas vítimas ultrapassam em grande número as outras toxicomanias”. (Obra citada. Alcoolismo e Obsessão, pp. 172 a 174.)

63. O alcoolismo é uma enfermidade que exige tratamento psiquiátrico?

Sim. Na concepção do dr. Carneiro de Campos, o alcoolismo exige cuidadoso tratamento psiquiátrico. E ele nos lembra que o alcoólatra, ao desencarnar, permanece vitimado pelos vícios e quase sempre busca sintonia com personalidades frágeis na Terra, delas se utilizando em processo obsessivo para dar prosseguimento ao infame consumo do álcool, aspirando-lhe agora os vapores e beneficiando-se da ingestão realizada pelo seu parceiro-vítima, que mais rapidamente se exaure. Em vista disso, torna-se uma obsessão muito difícil de ser atendida convenientemente, considerando-se a perfeita identificação de interesses e prazeres entre o hóspede e seu anfitrião. (Obra citada. Alcoolismo e Obsessão, pp. 174 e 175.)

64. A Terra é uma escola de bênçãos ou uma oficina de reparos?

Embora seja ainda um planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos. E é ainda oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social, não podendo esquecer-nos de que constitui também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram no passado. (Obra citada. Cilada Perversa, pp. 179 e 180.)

 

 

Observação:

Para acessar a parte 7 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/04/blog-post_11.html

 

 

 

 

 

Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo.

 

 

 

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