Trilhas da
Libertação
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 11
Prosseguimos neste espaço o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995. Este estudo será publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
81. As palavras do dr. Hermann produziram em Davi algum
efeito?
Nenhum efeito. Em
verdade, na manhã que se seguiu à reunião, ao despertar, Davi comentou com a
esposa o pesadelo de que fora acometido durante a madrugada, referindo-se à
consciência de culpa a respeito das atividades mediúnicas remuneradas que se
permitia. “Não há por que você preocupar-se com isso”, acudiu a ambiciosa
consorte. “Houvesse algum problema e o dr. Hermann já se teria manifestado
negativamente.” Davi disse-lhe, porém, que no pesadelo pareceu-lhe escutar o
médico carrancudo, com expressões severas, admoestando-o. “O pior, porém –
acrescentou –, foram as ameaças que alguém me direcionava com azedume e
rancor.” A esposa, sem compreender o que ocorrera, observou: “Certamente são as
vibrações de inveja de muita gente despeitada ou talvez de alguns Espíritos
perturbadores, que nos querem atingir. Nós estamos sob a proteção de Deus e
nenhum mal nos acontecerá. Ademais, você atende também os pobres gratuitamente,
e que não são poucos, aqueles que são socorridos duas vezes por semana,
cansando-se e exaurindo-nos. Temos muitos compromissos sociais, filhos a
educar, certo nível a manter na comunidade... Tudo isto são despesas e elas são
pagas com dinheiro”. (Trilhas da Libertação.
Socorros de Emergência, pág. 218; e Sexo e Responsabilidade, pp. 219 e 220.)
82. Pensamentos otimistas ajudam a superar os estados
depressivos?
Sim. Pelo menos foi
isso que Ernestina explicou a uma jovem enferma depois de ministrar-lhe o
passe. Ernestina disse-lhe que, a partir de então, era necessário que ela
mantivesse um bom estado de espírito, e quando sentisse tristeza procurasse
substituí-la por pensamentos otimistas. “É muito fácil – explicou Ernestina –
superar os estados depressivos, não cultivando as ideias negativas,
pessimistas, fixando-se em outras, as que geram bom ânimo, alegria e paz.” (Obra
citada. Sexo e Responsabilidade, pp. 224 a 226.)
83. É verdade que a palestra e o estudo na Casa Espírita funcionam
como uma espécie de psicoterapia coletiva para encarnados e desencarnados ali
presentes?
Sim. É o que Manoel
P. de Miranda observou na Casa Espírita onde Francisco proferiu a palestra da
noite. Segundo ele, tanto a palestra quanto o estudo funcionavam na condição de
psicoterapia coletiva para os indivíduos e os Espíritos. Em razão de os
encarnados raramente manterem sintonia elevada por muito tempo, os benfeitores
espirituais se utilizavam da palavra do expositor para centralizar-lhes a
atenção e fazê-los concentrar-se. Agiam então com dedicação e, ao término,
ainda sob a psicosfera saudável, realizavam algumas cirurgias perispirituais,
separando mentes parasitas dos seus hospedeiros, refundindo o ânimo nos
lutadores, apoiando as intenções saudáveis dos que despertavam, enfim
auxiliando em todas as direções, mediante os recursos terapêuticos dos passes
individuais ou coletivos. (Obra citada. Sexo e Responsabilidade, pp. 226 e
227.)
84. Pode-se dizer que na conduta do indivíduo perante o sexo
se encontram as matrizes de muitos problemas da vida?
Evidentemente.
Quaisquer desrespeitos às finalidades superiores do sexo tornam-se fatores de
desequilíbrios, desajustes, perturbações, gerando ódios inomináveis, rudes
embates, sofrimentos dolorosos e sequelas espirituais demoradas. “No sexo –
disse Francisco – encontram-se as matrizes de muitos fenômenos que se
transferem de uma para outra existência, atando ou libertando os Espíritos
conforme a pauta da utilização que se lhe faculte. Dessa forma, quanto mais lúcido
o ser, mais responsável se torna pela função, conduta e exercício sexual.
Infelizmente, em razão do prazer que proporciona, em todas as épocas e hoje,
particularmente, o sexo tem sido instrumento de viciações ignóbeis, de
explorações sórdidas, de crimes inimagináveis, tornando-se veículo de promoção
social, comercial, artística e cultural, com graves e imprevisíveis
consequências.” (Obra citada. Sexo e Responsabilidade, pp. 228 e 229.)
85. Como é possível que Espíritos perversos penetrem recintos
cuidadosamente preservados e dedicados ao bem?
Muitos estranham
realmente esse fato. Ocorre que, quando tais Entidades são atraídas pelas
mentes viciosas que as preferem, não se pode evitar-lhes a presença. Como se
trata de eleição pessoal e como cada ser respira no clima psíquico que lhe
apraz, é inevitável essa comunhão espiritual, tornando-se responsável o
invigilante pelos danos que produz, danos que podem dar-se mesmo no recinto da
Casa Espírita. (Obra citada. Escândalo e Paz, pp. 232 a 234.)
86. Por que não se deve tocar no corpo dos pacientes durante
a terapia bioenergética?
Antes de responder a
essa pergunta, lembremos que, como relatado nesta obra, o médium Francisco foi
acusado de assédio sexual por uma senhora influenciada por um inimigo
desencarnado da Casa Espírita. O escândalo só não tomou maiores proporções
porque o presidente da instituição, Sr. Almiro, conversou calmamente com a enferma,
infundindo-lhe ânimo e explicando-lhe que se tratava de uma trama infeliz para
afligi-la e desestruturar o médium, gerando ainda suspeição a respeito da
Casa. “Eis por que – disse-lhe o Sr.
Almiro – não tocamos em nossos pacientes durante a terapia bioenergética, a fim
de não apenas respeitarmos as pessoas, como também, mesmo inconscientemente,
não lhes despertarmos sensações perturbadoras.” “A aplicação da energia
restauradora é feita na aura e nos chacras, de onde se irradia para os
diferentes núcleos e órgãos físicos, assim como áreas psíquicas”, acrescentou o
dirigente da instituição, explicando por que não devemos tocar no corpo dos
nossos pacientes. (Obra citada. Escândalo e Paz, pp. 234 e 235.)
87. Onde se encontram os nossos mais perigosos adversários?
Infelizmente, como
esclareceu o benfeitor espiritual Fernando, os nossos mais perigosos
adversários encontram-se em nós próprios, que damos guarida às más influências
e as sustentamos com nossos caprichos, orgulhos e pequenezes. (Obra citada. Escândalo
e Paz, pp. 236 a 238.)
88. Levada pelos pais ao tratamento espiritual, uma criança
apresentou-se acometida de um processo leucêmico mieloide, resistente às
terapêuticas convencionais. Tratava-se de um fenômeno cármico em fase terminal.
Que causas poderiam ter determinado tão grave expiação?
Dr. Carneiro
informou: “Nossa pequena Rosaly retornou ao lar do qual se evadira no século
passado por lamentável suicídio. Os seus genitores atuais eram-no igualmente
naquela ocasião, quando, insubmissa, apaixonou-se por um jovem inescrupuloso,
contra o qual se voltaram os pais, proibindo-a de levar adiante o romance
impossível de alcançar um desfecho feliz. Inexperiente e impulsiva, atritou com
os genitores, os quais, após demorados diálogos, resolveram interná-la em um
convento, na pressuposição de salvá-la do explorador, que aguardava expressivo
dote com a intenção de abandoná-la, assim que se cansasse da novidade”. A
solução adotada pelos pais foi, porém, um fracasso, porque a jovem, embora
vigiada, burlou todos os cuidados e se atirou da torre da capela, fraturando o
crânio e danificando o pescoço e a medula, porquanto se arrojara de cabeça para
baixo. O golpe deixou os pais arrasados. Mais tarde, após desencarnarem, ao
tomarem conhecimento do calvário que a filha padecia no mundo espiritual, empenharam-se
em resgatá-la, o que se tornou possível graças à intercessão de veneráveis
Benfeitores. Comprometeram-se então a recebê-la novamente, embora cientes de
que seria por breve período. (Obra citada. Últimas Advertências, pp. 241 a
243.)
Observação:
Para acessar a parte 10 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/05/blog-post_02.html
Como
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