segunda-feira, 23 de maio de 2022

 



Trilhas da Libertação

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 13

 

Prosseguimos neste espaço o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995. Este estudo será publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

97. Com que palavras o benfeitor espiritual Fernando se refere, nesta obra, ao mundo espiritual?

Ele diz que o mundo espiritual é o mundo causal, eterno, real. O mundo físico é uma pobre modelagem dele. “O mundo espiritual é o grande lar, de onde se sai em viagem experimental de iluminação e para onde se retorna com os resultados insculpidos na consciência”, acrescentou o benfeitor espiritual. É por isso que aqueles que fracassam buscam fugir da responsabilidade e acumpliciam-se com outros semelhantes, em vãs tentativas de escaparem de si mesmos e da Consciência Divina. (Trilhas da Libertação. Novos Rumos, pp. 264 e 265.)

98. É verdade que nenhum bem que façamos fica sem resposta?

Sim. Há sempre uma recompensa de amor a qualquer ato de amor, mesmo quando inconscientemente ocorre essa atitude. Referindo-se ao médium Davi, cujo falecimento provocara comoção em inúmeros lugares, o irmão Ernesto informou: “Milhares de pessoas de ambos os planos da Vida rogam bênçãos para o amigo, que as ajudou a diminuir sofrimentos físicos e angústias morais. Outras tantas se interrogam como ficarão agora, tendo em vista o afeto que devotam ao nobre médico”. (Obra citada. Novos Rumos, pp. 266 e 267.)

99. Que fato ocorreu com a senhora Adelaide, no momento em que o corpo do seu marido era baixado à sepultura?

Após palavras de simpatia e as homenagens dirigidas a Davi, no momento em que seu corpo era baixado à sepultura, Adelaide – que permanecia impactada, tensa – pareceu despertar e, emitindo um grito rouco, qual fera aprisionada, empalideceu e tombou inconsciente. A face apresentou-se congestionada, as pernas e os braços distenderam-se, a língua foi projetada para fora da arcada dentária. A cabeça passou a mover-se de cima para baixo freneticamente e, logo depois, instalou-se a fase clônica(1), o momento terrível da convulsão. Dr. Carneiro, profundamente compadecido, envolveu a paciente em fluidos calmantes, informando: “Nossa irmã começa a viver o seu calvário redentor. Trata-se de uma crise convulsiva de natureza epiléptica e é necessário aguardar-se o estado de torpor, pois que providência alguma poderá ser tomada em tal circunstância”. (Obra citada. O Calvário de Adelaide, pp. 270 e 271.)

100. Qual a causa da crise convulsiva de natureza epiléptica que acometeu Adelaide?

Segundo explicações dadas pelo dr. Carneiro, foi a conduta irregular de Adelaide, em relação ao esposo traído e assassinado no passado, que lhe insculpiu a consciência de culpa, responsável pela disfunção de que era agora objeto. Esse tipo de episódio, lembrou o Mentor, resulta de emoções violentas, inesperadas, como a que ocorreu no cemitério. Não conseguindo suportar a pressão, que havia alcançado o máximo, a crise foi uma forma de eliminação das tensões. Como a sua gênese era o comportamento fútil e criminoso da existência pretérita, o tratamento iria exigir, por sua vez, cuidados psiquiátricos específicos e espirituais profundos, a começar pela mudança de comportamento para melhor, superando, através da ação no bem, os grandes males que praticou e os estímulos negativos que infundiu em seu atual esposo. (Obra citada. O Calvário de Adelaide, pp. 274 e 275.)

101. Os acontecimentos poderiam ter tomado outro rumo, caso o comportamento de Adelaide na atual existência fosse diferente?

Sim. “Todo esse triste panorama – informou dr. Carneiro – poderia ser diferente, hoje, caso houvesse encontrado ressonância no íntimo a proposta iluminativa, amorosa, que o Espiritismo lhe concedeu. A ambição exorbitante responde pelo despautério e alucinação humanos, nos seus desregramentos.” (Obra citada. O Calvário de Adelaide, pp. 274 e 275.)

102. Somos, então, construtores do nosso próprio destino?

Claro. “O Espírito – asseverou dr. Carneiro – é sempre o arquiteto da sua vida, o formulador do seu destino. Por entendê-lo dessa forma, Jesus, o Psicoterapeuta Excelente, recomendava morigeração, equilíbrio, vida íntima saudável e, ao curar, propunha a terapia preventiva do não voltar a pecar, a comprometer-se, a fim de que não acontecesse nada pior.” (Obra citada. O Calvário de Adelaide, pp. 276 a 278.)

103. Quando nos dispomos para o bem, este vem em nosso socorro?

Sim. O desfecho do caso Raulinda foi mais uma prova disso. Basta que a criatura se disponha para o bem e este virá em seu socorro, solucionando quaisquer dificuldades que se apresentem como intransponíveis. (Obra citada. O Enfrentamento, pp. 283 e 284.)

104. O dr. Hermann, o cirurgião desencarnado e antigo parceiro do médium Davi, acolheu a proposta de trabalho que lhe fora apresentada?

Sim. Com a proposta, por ele aceita, as futuras cirurgias espirituais seriam realizadas no campo perispiritual, sem cortes físicos nem espetáculos perigosos de exibicionismo desnecessário. O fato produziu um sopro de alegria em todos, prenunciando porvindouras realizações enobrecedoras e mostrando que a ação da caridade jamais cessa e nada a impede, por ser a alma do Bem a expressar-se no amor, iluminada pela fé. (Obra citada. O Enfrentamento, pp. 283 e 284.)

 

(1) Clônica – relativo a clono: espasmo em que se alternam, em rápida sucessão, rigidez e relaxamento.

 

 

Observação:

Para acessar a parte 12 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui:  https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/05/blog-post_16.html

  

 

 

 

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