Tormentos da Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 16
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.
Este estudo é publicado neste
blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
91. Em que condições
desencarnou Gustavo Ribeiro?
Depois de abandonar a Casa Espírita onde se beneficiara, Gustavo
transformou-se no que conhecemos pelo nome de “espírita de gabinete”, eufemismo
elaborado para justificar-se a preguiça, a inutilidade pessoal, distanciando-se
do trabalho e quedando-se na postura de atirador de pedras. A família não lhe
recebeu a orientação espiritual conveniente, os filhos cresceram sem formação
religiosa e sem a necessária assistência paterna em razão das dificuldades de
relacionamento, quando foi acometido de pertinaz enfermidade que o consumiu lentamente.
Nesse comenos, procurou apoio espiritual na antiga Instituição onde
anteriormente se beneficiara, mas, não obstante a abnegação dos seareiros de
boa vontade, o processo cancerígeno prostático era irreversível, e o caro
confrade desencarnou em situação penosa, assinalada pela revolta surda contra a
Vida. (Tormentos da Obsessão, cap. 16
– Prova e fracasso.)
92. Somos o que cultivamos em
nosso pensamento?
Sim. Foi exatamente isso que Dr. Inácio afirmou ao procurar
esclarecer o desfecho do caso Gustavo Ribeiro. E, para melhor situar seu
pensamento, acrescentou: “Semeamos ventos mentais e colhemos tempestades morais
avassaladoras. Enquanto não nos resolvamos pela solução dos problemas íntimos,
alterando nossa conduta mental, adquirindo lúcida compreensão das Leis de Deus
para vivenciá-las, estaremos cercados pelos tesouros da felicidade sem nos
apercebermos, antes barafustando-nos pelos lugares onde nos encontrarmos”. (Obra
citada, cap. 16 – Prova e fracasso.)
93. Qual é, em verdade, a
função da Doutrina Espírita em relação a nós, simples criaturas humanas?
A resposta nos é dada nesta obra pelo Dr. Inácio Ferreira: “A
função da Doutrina Espírita é preparar o ser humano para a compreensão da sua
imortalidade, jamais para ajudá-lo a conquistar coisas e posições terrenas que
o destacam no grupo social, mas não o dignificam nem o engrandecem moralmente”.
Segundo ele, muitos simpatizantes do pensamento espírita cultivam a falsa ideia
de coletar benefícios pessoais e sociais quando aderem aos postulados
kardequianos, tendo a vida modificada para mais prazer e maior soma de
comodidades, enquanto outros, igualmente equivocados, mantêm a respeito do
Espiritismo a falsa ideia mitológica em torno das Entidades Nobres, que devem
estar às suas ordens, solucionando-lhes os problemas que engendram e
atendendo-os nas suas questiúnculas e necessidades do processo evolutivo. (Obra
citada, cap. 16 – Prova e fracasso.)
94. Honório, um dos internos do
Sanatório, debatia-se com desesperação, como se quisesse livrar-se de
agressores invisíveis. Quem eram esses agressores?
Honório lutava contra formas hediondas que o ameaçavam e logravam
atacá-lo, mas, em verdade, tratava-se de formas-pensamento, que foram
elaboradas por ele mesmo durante quase toda a existência de adulto, e de que
não se conseguiu desembaraçar na Terra, continuando no seu campo mental após a
morte física. Tão vívida era a sua constituição que adquiriram existência e
eram nutridas agora pelo medo e pelo mecanismo da consciência culpada. (Obra
citada, cap. 17 – Alucinações espirituais.)
95. Honório era dominado também
por um Espírito mentalmente poderoso. Como ele se identificou na sessão
mediúnica presidida por Eurípedes Barsanulfo?
Ele se apresentou declarando o seguinte: “Eu sou o Senhor dos
vândalos e perversos. Sou a chibata que estimula e que pune. Sou Mefistófeles,
de que se utilizou Goethe, para o seu Fausto. Atendo aos chamados, inspiro e
passo a comandar aqueles que se me afeiçoam e passam a dever-me a alma. Logo se
me faz oportuno, arrebato-a para os meus domínios. Qual é o problema que aqui
se delineia, exigindo minha presença? Venho espontaneamente, bem se vê, a fim
de inteirar-me do que se deseja”. (Obra citada, cap. 17 – Alucinações
espirituais.)
96. Diante de um Espírito que
se julgava acima de tudo e de todos, que é que Eurípedes lhe disse?
Eurípedes lhe lembrou que na vida o único doador real é Deus, a
quem tudo pertence. O que parece pertencer-nos é de Sua propriedade,
especialmente no que diz respeito ao poder, que no mundo é sempre transitório e
vão. (Obra citada, cap. 17 – Alucinações espirituais.)
Observação:
Para acessar a Parte 15 deste
estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/09/blog-post_19.html
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