Revista
Espírita de 1861
Allan
Kardec
Parte
2
Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial da Revista Espírita do ano de 1861, periódico editado e dirigido por Allan Kardec. O estudo é baseado na tradução feita por Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.
A
coleção do ano de 1861 pertence a uma série iniciada em janeiro de 1858 por
Allan Kardec, que a dirigiu até 31 de março de 1869, quando desencarnou.
Cada
parte do estudo, que será sempre apresentado às quartas-feiras, compõe-se de:
a)
questões preliminares;
b)
texto para leitura.
As
respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo.
Questões
preliminares
A.
Como os Espíritos fazem para os objetos mover-se?
B.
A respeito da escassez de médiuns, que disse Kardec?
C.
A que se deve a flexibilidade que alguns médiuns apresentam?
Texto para leitura
19.
A Revista noticia os fenômenos produzidos pelo Sr. Squire, que, nada tendo de
novo, podem ser catalogados na categoria dos fenômenos de transporte, suspensão
e deslocamento de objetos. (PP. 41 a 43)
20.
Kardec explica que quando um objeto se move, não é o Espírito que o toma com as
mãos: ele o satura com seu próprio fluido, combinado com o fluido animalizado
do médium, e pode então movimentá-lo apenas pela vontade. (P. 44)
21.
Não se deve confundir – lembra Kardec – os chamados Espíritos batedores com
aqueles que se comunicam por meio de batidas, que é uma forma de manifestação
que pode ser empregada por Espíritos de qualquer ordem. (P. 47)
22.
Escrevendo sobre a escassez de médiuns, afirma Kardec que os médiuns são muito
comuns: os bons médiuns é que são raros. Por isso, não basta possuir a
faculdade mediúnica para obter boas comunicações. (P. 48)
23.
Na ausência de médiuns numa reunião, Kardec sugere as atividades que o grupo
deve realizar. (PP. 49 e 50)
24.
Mencionando o livro do Sr. Louis Figuier, que combate a doutrina espírita,
Kardec aconselha sua leitura e assevera: “Proibir um livro é provar que o
tememos”. (P. 51)
25.
A Revista transcreve a parte final da carta do Sr. Canu, ex-materialista, sobre
a incredulidade. (P. 52)
26.
O Espírito familiar, diz Canu, não é exatamente o anjo da guarda ensinado pela
Igreja. (P. 56)
27.
A Revista traz a comunicação de um homem materialista e ateu, que se afogou
voluntariamente dois anos antes. Motivo do suicídio, segundo o Espírito: “Tédio
da vida sem esperança”. (PP. 58 e 59)
28.
Kardec comenta: “Compreende-se o suicídio quando a vida é sem esperança:
quer-se fugir à infelicidade a todo custo. Com o Espiritismo o futuro se
desenrola e a esperança se legitima: o suicídio, pois, não tem objetivo”. (P.
59)
29.
Explicando como se processam as evocações, diz Kardec que nem sempre os
Espíritos respondem ao nosso apelo; é preciso que o possam ou queiram e que
haja um médium que tenha a aptidão especial necessária para tanto. (P. 63)
30.
São Luís esclarece por que há poucos médiuns com tão grande flexibilidade como
a da Srta. Eugênia: a causa é física, antes que moral. A vivacidade do médium é
puramente física; seu Espírito nisto não interfere. (P. 64)
31.
As qualidades morais, diz São Luís, influem nas simpatias que se estabelecem
entre os Espíritos, pois alguns têm tal antipatia por certos médiuns, que só
vencendo grande repugnância se comunicam por eles. (PP. 64 e 65)
32.
Georges (Espírito) diz que são em número pequeno aqueles que podem, logo após a
libertação do corpo, comunicar-se com os amigos nesse reencontro. É necessário
ter merecido esse direito. (P. 67)
33.
O Espírito de Gérard de Nerval assevera: “O interesse e o egoísmo são os dois
gênios maus do financista e do novo-rico; o orgulho é o vício do que sabe e,
principalmente, do que pode”. (P. 68)
34.
Réné de Provence (Espírito) informa que nos outros mundos, quando superiores à
Terra, a harmonia é eterna: o que a imaginação humana pode inventar não iguala
essa constante poesia que está em toda a Natureza. (P. 70)
35.
Kardec comenta o ataque desferido pelo Sr. Émile Deschanel contra a doutrina
espírita e afirma que as “pilhérias” do detrator do Espiritismo não merecem
resposta. (PP. 71 a 81)
36.
O Sr. Deschanel, afirma Kardec, esforça-se por provar que o perispírito deve
ser matéria. “Mas é o que dizemos com todas as letras”, acentua o Codificador.
(P. 74)
Respostas às
questões propostas
A. Como os
Espíritos fazem para os objetos mover-se?
Inicialmente
pensou-se que eles os moviam com as próprias mãos. Mais tarde verificou-se que,
quando um objeto se move, não é o Espírito que o toma com as mãos. Ele o satura
com seu próprio fluido, combinando-o com o fluido animalizado do médium, e pode
então movimentá-lo por meio da vontade. (Revista
Espírita de 1861, p. 44.)
B. A respeito da
escassez de médiuns, que disse Kardec?
O
Codificador disse que não há escassez de médiuns: os bons médiuns é que são
raros. Assim, não basta, para obter boas comunicações, ser dotado da faculdade
mediúnica: é preciso algo mais. (Obra citada, p. 48.)
C. A que se deve a flexibilidade
que alguns médiuns apresentam?
A
causa dessa flexibilidade é física, antes que moral. A vivacidade do médium é
puramente física, diz São Luís. Seu Espírito nisto não interfere. As qualidades
morais, sim, é que influem nas simpatias que se estabelecem entre os Espíritos,
pois alguns têm tal antipatia por certos médiuns, que só vencendo grande
repugnância se comunicam por eles. (Obra citada, pp. 64 e 65.)
Observação:
Para acessar a 1ª parte deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/08/blog-post_31.html
Como consultar as matérias deste blog? Se você não
conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/h85Vsc, e verá como utilizá-lo. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário