segunda-feira, 19 de setembro de 2022

 



Tormentos da Obsessão

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 15

 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Eis as questões de hoje:

 

85. Qual foi o passo em falso que levou ao fracasso nobre Senhora que enfrentara na vida a prova da facilidade econômica? 

Segundo ela mesma narrou, um passo em falso na difícil ascensão e tudo pode transformar-se em sofrimento, em desalinho, em queda. Foi o que lhe sucedeu, porquanto, convidada a edificar uma Obra de amor para atender criaturas infelizes, que a orfandade recolhera e o abandono social crestara, passou a imaginar uma construção fabulosa e se deixou envolver pela imponência da ilusão, pensando em detalhes sem importância, a que atribuía alto significado, e deixando o tempo correr, precioso patrimônio que escapava, enquanto os candidatos espirituais ao amparo se perdiam nos cipoais dos vícios e da delinquência. Resultado: ela acabou desencarnando antes de concluir a obra com que tanto sonhara. (Tormentos da Obsessão, cap. 15 – A consciência responsável.)

86. Podemos afirmar, sem medo de errar, que a reencarnação é uma dádiva de Deus?

Sim. Dádiva e não castigo, como algumas pessoas pensam. A esse respeito fazemos nossas as palavras da nobre Senhora citada por Manoel P. de Miranda: “A reencarnação é dádiva de Deus, sem a qual ninguém lograria o triunfo sobre as próprias paixões. Etapa a etapa, o Espírito se liberta dos limites, como o diamante que sai da parte bruta a golpes da lapidação, a fim de brilhar como estrela divina”. (Obra citada, cap. 15 – A consciência responsável.)

87. Mediunidade e presunção combinam?

Evidente que não. Mediunidade e presunção não podem andar juntas sem desastre à vista.  A frase sintetiza o equívoco que a nobre Senhora cometeu e explica em grande parte o fracasso do médium Ambrósio, cuja derrocada ela pôde acompanhar. Visitando-o, ela não pôde furtar-se à reflexão de que também tombara em sutil intercâmbio nefasto, cuja sintonia facultara através da vaidade exacerbada no cumprimento do dever. Sua história é igual à de muitos de nós, médiuns desprevenidos e vitimados em nós mesmos pela luxúria, pela prepotência, pela sede de glórias terrenas e de encantamentos para a egolatria. (Obra citada, cap. 15 – A consciência responsável.)

88. É verdade que a obsessão sutil é uma enfermidade que às vezes passa despercebida?

Sim. O envolvimento é com frequência tão sutil que ninguém consegue perceber. A essa ação nefasta se devem muitos distúrbios no comportamento terrestre e muitas quedas ante os compromissos morais e espirituais que deveriam ser realizados com mais elevada nobreza. Somente a constante vigilância da consciência reta constitui mecanismo de defesa contra essas surtidas do mundo espiritual inferior, ao lado do envolvimento nos compromissos íntimos, com a simplicidade do coração e da ação e perseverança no cumprimento dos deveres. (Obra citada, cap. 15 – A consciência responsável.)

89. Por que, segundo os ensinos espíritas, o processo de crescimento espiritual nem sempre é fácil?

O processo de crescimento espiritual nem sempre é fácil porque, vencida uma etapa, outra se apresenta, de modo que são superadas as deficiências anteriores mediante conquistas novas. Aqueles que se mantêm na retaguarda e se acreditam incapacitados de prosseguir, só lentamente despertam para os valores nobres e os conquistam, alçando-se à plenitude que a todos nos aguarda. (Obra citada, cap. 15 – A consciência responsável.)

90. De que maneira a senhora Hildegarda decidiu combater em si a vaidade? 

Ciente de que a vaidade era o ponto vulnerável do seu caráter, ela adestrava-se no exercício da verdadeira humildade executando atividades que lhe propiciassem maior entendimento do significado profundo da reencarnação. Elegeu, assim que se encontrou em condições para a própria edificação, os serviços das áreas da limpeza e da conservação de algumas das enfermarias do Sanatório Esperança com o objetivo de autoeducar-se. No trato mais direto com a dor e os labores que jamais imaginou executar quando na Terra, lapidava assim as imperfeições morais e alargava os sentimentos da afetividade, para retornar ao Lar que planejara com excessivos cuidados em relação à forma e à aparência. (Obra citada, cap. 16 – Prova e fracasso.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 14 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/09/blog-post_12.html

 

 

 

 

 

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