Tormentos da Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 15
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.
Este estudo é publicado neste
blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
85. Qual foi o passo em falso
que levou ao fracasso nobre Senhora que enfrentara na vida a prova da facilidade
econômica?
Segundo ela mesma narrou, um passo em falso na difícil ascensão e
tudo pode transformar-se em sofrimento, em desalinho, em queda. Foi o que lhe
sucedeu, porquanto, convidada a edificar uma Obra de amor para atender
criaturas infelizes, que a orfandade recolhera e o abandono social crestara,
passou a imaginar uma construção fabulosa e se deixou envolver pela imponência
da ilusão, pensando em detalhes sem importância, a que atribuía alto
significado, e deixando o tempo correr, precioso patrimônio que escapava,
enquanto os candidatos espirituais ao amparo se perdiam nos cipoais dos vícios
e da delinquência. Resultado: ela acabou desencarnando antes de concluir a obra
com que tanto sonhara. (Tormentos da
Obsessão, cap. 15 – A consciência responsável.)
86. Podemos afirmar, sem medo
de errar, que a reencarnação é uma dádiva de Deus?
Sim. Dádiva e não castigo, como algumas pessoas pensam. A esse
respeito fazemos nossas as palavras da nobre Senhora citada por Manoel P. de
Miranda: “A reencarnação é dádiva de Deus, sem a qual ninguém lograria o triunfo
sobre as próprias paixões. Etapa a etapa, o Espírito se liberta dos limites,
como o diamante que sai da parte bruta a golpes da lapidação, a fim de brilhar
como estrela divina”. (Obra citada, cap. 15 – A consciência responsável.)
87. Mediunidade e presunção combinam?
Evidente que não. Mediunidade e presunção não podem andar juntas
sem desastre à vista. A frase sintetiza
o equívoco que a nobre Senhora cometeu e explica em grande parte o fracasso do
médium Ambrósio, cuja derrocada ela pôde acompanhar. Visitando-o, ela não pôde
furtar-se à reflexão de que também tombara em sutil intercâmbio nefasto, cuja
sintonia facultara através da vaidade exacerbada no cumprimento do dever. Sua história
é igual à de muitos de nós, médiuns desprevenidos e vitimados em nós mesmos
pela luxúria, pela prepotência, pela sede de glórias terrenas e de
encantamentos para a egolatria. (Obra citada, cap. 15 – A consciência
responsável.)
88. É verdade que a obsessão
sutil é uma enfermidade que às vezes passa despercebida?
Sim. O envolvimento é com frequência tão sutil que ninguém
consegue perceber. A essa ação nefasta se devem muitos distúrbios no
comportamento terrestre e muitas quedas ante os compromissos morais e
espirituais que deveriam ser realizados com mais elevada nobreza. Somente a
constante vigilância da consciência reta constitui mecanismo de defesa contra
essas surtidas do mundo espiritual inferior, ao lado do envolvimento nos
compromissos íntimos, com a simplicidade do coração e da ação e perseverança no
cumprimento dos deveres. (Obra citada, cap. 15 – A consciência responsável.)
89. Por que, segundo os ensinos
espíritas, o processo de crescimento espiritual nem sempre é fácil?
O processo de crescimento espiritual nem sempre é fácil porque,
vencida uma etapa, outra se apresenta, de modo que são superadas as
deficiências anteriores mediante conquistas novas. Aqueles que se mantêm na
retaguarda e se acreditam incapacitados de prosseguir, só lentamente despertam
para os valores nobres e os conquistam, alçando-se à plenitude que a todos nos
aguarda. (Obra citada, cap. 15 – A consciência responsável.)
90. De que maneira a senhora
Hildegarda decidiu combater em si a vaidade?
Ciente de que a vaidade era o ponto vulnerável do seu caráter, ela
adestrava-se no exercício da verdadeira humildade executando atividades que lhe
propiciassem maior entendimento do significado profundo da reencarnação.
Elegeu, assim que se encontrou em condições para a própria edificação, os
serviços das áreas da limpeza e da conservação de algumas das enfermarias do
Sanatório Esperança com o objetivo de autoeducar-se. No trato mais direto com a
dor e os labores que jamais imaginou executar quando na Terra, lapidava assim
as imperfeições morais e alargava os sentimentos da afetividade, para retornar
ao Lar que planejara com excessivos cuidados em relação à forma e à aparência.
(Obra citada, cap. 16 – Prova e fracasso.)
Observação:
Para acessar a Parte 14 deste
estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/09/blog-post_12.html
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