Os mortos trouxeram e continuam
a trazer notícias do Além
ASTOLFO
O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
De
Londrina-PR
Vez
por outra ouvem-se frases como esta: “Ninguém jamais voltou para dizer se a
vida continua”.
Afirmações
desse tipo são compreensíveis quando ditas por quem não professa o
Cristianismo, mas absolutamente impertinentes se partem dos que aceitam o Novo
Testamento como obra confiável e depositária da fé cristã. Afinal, é nele que
lemos a descrição detalhada do retorno de Jesus ao convívio dos discípulos após
sua morte no Gólgota e, antes disso, sua recepção a dois vultos do Antigo
Testamento – Moisés e Elias – que vieram confortá-lo momentos antes de sua
prisão.
Não
é preciso mencionar aqui os fatos contidos no Antigo Testamento, que são
inúmeros e expressivos, visto que vivemos em um país que se orgulha de dizer-se
cristão e tem no Novo Testamento o livro que dá base à sua fé.
As
criaturas minimamente informadas sabem que foram exatamente as comunicações dos
chamados mortos que deram e continuam a dar força ao Espiritismo, porquanto os
princípios espíritas não se baseiam em opiniões nem em concílios, mas em fatos,
como os que o professor Carlos Augusto Perandréa mostrou em suas pesquisas
sobre mensagens psicografadas por Chico Xavier, do que resultou um trabalho
científico inédito até aquela oportunidade, publicado inicialmente na revista
científica Semina, da Universidade
Estadual de Londrina, e depois transformado no livro “A Psicografia à Luz da
Grafoscopia”.
No
referido trabalho, o autor comprovou a realidade das comunicações mediúnicas
comparando a letra padrão do indivíduo, antes da morte, com sua assinatura
aposta na mensagem psicografada, com que chegou, por meio de análises técnicas,
à verificação da autenticidade gráfica em inúmeros casos.
Para
quem ainda não sabe, é importante informar que o professor Perandréa não era
espírita até que os fatos e sua própria experiência no campo da mediunidade
modificaram sua concepção religiosa.
Os
Espíritos, portanto, já voltaram, sim, e continuam a voltar do Além, trazendo
notícias sobre a vida extrafísica, na qual, segundo dizem, são muitas as
ocupações e missões a desempenhar.
Além
do trabalho de se melhorarem pessoalmente, incumbe-lhes – conforme eles mesmos
revelam – a tarefa de executar a vontade de Deus, concorrendo, desse modo, para
a harmonia do Universo.
A
ocupação dos Espíritos é, segundo comprovam os fatos, contínua no mundo
espiritual, mas nada tem de penosa, uma vez que não estão eles sujeitos à
fadiga nem às necessidades próprias da vida terrestre.
De
acordo com os ensinamentos espíritas, devem os Espíritos percorrer todos os
graus da escala evolutiva para se aperfeiçoarem, e é por isso que habitam em
toda a parte e adquirem pelo estudo e pela experiência o conhecimento gradativo
de todas as coisas. Há, porém, tempo para tudo, e cada coisa vem no momento
próprio, de modo que a experiência por que um Espírito está passando hoje, um
outro já superou e outros deverão mais tarde enfrentar.
As
missões dos Espíritos objetivam sempre o bem. Estando encarnados ou
desencarnados, são eles incumbidos de auxiliar o progresso da Humanidade, dos
povos e dos indivíduos, dentro de um círculo de ideias mais ou menos amplas,
mais ou menos especiais, cabendo-lhes ainda velar pela execução de determinadas
coisas.
Alguns
desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou inteiramente
locais, como assistir os enfermos, os agonizantes, os aflitos, velar por
aqueles de quem se constituíram guias e protetores, dando-lhes conselhos ou
inspirando-lhes bons pensamentos.
Há
tantos gêneros de missões quantas as espécies de interesses a resguardar, tanto
no mundo físico como no moral, e o Espírito se adianta conforme a maneira pela
qual desempenha sua tarefa.
No
tocante ao mundo dos encarnados, os Espíritos se ocupam com as coisas que nos
dizem respeito de conformidade com o grau de evolução em que se acham. Os
superiores só se ocupam com o que seja útil ao progresso. Os inferiores se
ligam mais às coisas materiais e delas se ocupam.
A
felicidade dos Espíritos bem-aventurados não consiste, pois, na ociosidade
contemplativa, que seria uma eterna e fastidiosa inutilidade. Suas atribuições
são proporcionadas ao seu grau evolutivo, às luzes que possuem, à sua
capacidade, experiência e ao grau de confiança que inspiram ao Supremo Criador.
Por
toda a parte, como se vê, a atividade é constante, da base ao ápice da escala,
o que enseja a todos, sem nenhuma exceção, oportunidade de instruir-se e
alcançar a meta que Deus assinalou para todos nós, ou seja, a perfeição.
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Muito bom!
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