Hoje me lembrei tanto de São Francisco
CÍNTHIA
CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Parece que nos esquecemos de tudo o
que é verdadeiro. Parece que o nosso mundo limitou-se à matéria, efemeridade e,
assim, sentimos tanto a falta do alimento ao nosso espírito. Estamos carentes
de amor — doar e receber —, estamos com saudade de olhar nos olhos e
compreender sem precisar de palavra. Estamos mais apáticos. Estamos muito
racionais.
Precisamos resgatar o amor que Jesus
nos ensinou, o amor que São Francisco claramente demonstrou. Mais espírito com
emoções acalentadas; mais empatia; mais doçura; mais bondade; mais caridade com
os irmãos do momento, os humanos, os animais, os vegetais e o meio no qual
estamos. De repente, distraímo-nos profundamente e os créditos seguem somente
para a materialidade.
Mas a história de São Francisco está
viva e pode se repetir por meio de nós. Basta que despertemos para a luz do sol
e o brilho da lua que tão, disciplinadamente, brilham. Basta que desejemos
compreender que nada do que é matéria poderá nos completar — a materialidade é
um recurso que dispomos agora, mas não é parte da essência que compõe a vida
espiritual, pois podemos ter tudo materialmente e, ainda assim, nos sentirmos
vazios. A materialidade nos dá certa condição para o nosso desenvolvimento
aqui, mas não é suficiente.
E, quando me lembro dos passos de São
Francisco, emociono-me e sinto-me forte para continuar, distancio-me deste
turbilhão de brados e gemidos materialmente humanos e meu coração começa a
sentir-se mais leve, feliz e confiante de que podemos ser mais amor em vez de
só egoísmo, ser mais ternura em vez de rudez desmedida, ser mais bondade em vez
de dolorosa crueldade. O meu coração sorri com tudo o que podemos conquistar,
mesmo sabendo que poderia já ter sido assim. Nunca é tarde para ser o
franciscano de coração amoroso e estar mais próximo dos passos que Francisco
aprendeu com Jesus.
E, em dias assim, sinto que podemos
retomar a qualquer hora o caminho para a felicidade, pois, de fato, como
ensinou o Mestre, “O meu reino não é deste mundo”. Então que sejamos mais do
outro mundo, porém com agradecimento pleno a esta oportunidade.
E, em verdes campos, prados ou
campinas despertemos para enxergar no próximo um irmão e sentirmo-nos criaturas
da família que Deus criou.
“Irmão vento, irmão Sol, irmã Lua,
Irmão lobo, tu és meu irmão.
Rouxinol, sabiá, criaturas de Deus,
Somos obras de sua mão.”
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