Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 4
Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.
Este estudo será publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
22. Um dos objetivos
do obsessor do padre Mauro era levá-lo ao suicídio?
Sim. Induzindo-o a
fugir da realidade, seu objetivo era subjugá-lo por tempo indeterminado na sua
região espiritual de obscenidades inimagináveis. O suicídio favoreceria esse
propósito. O mentor Anacleto procurou, então, de imediato interferir, para que
essa trama não lograsse êxito. (Sexo e Obsessão, capítulo 5: Conflito
obsessivo.)
23. Anacleto
conseguiu interceder a favor do sacerdote?
Sim. Ele acercou-se
do infeliz e começou a aplicar-lhe a bioenergia no chacra coronário, desligando
o obsessor, que se afastou ruidosamente, blasfemando e ameaçando com
impropérios nova urdidura de vingança, ao tempo em que diminuía a capacidade de
raciocínio e alucinação do atormentado jovem. Anacleto prosseguiu, então, na
ação fluídica, distendendo-lhe energias relaxantes, que lhe diminuíssem a
rigidez nervosa, a fim de o adormecer, retirando-o momentaneamente do casulo
físico, de modo a prepará-lo para o enfrentamento das consequências que a sua
sandice havia provocado. Não demorou muito e Mauro desprendeu-se parcialmente
do corpo, sendo carinhosamente recebido pela genitora e pelo grupo socorrista. (Obra
citada, capítulo 5: Conflito obsessivo.)
24. Onde se radicava
a causa dos transtornos obsessivos que levavam padre Mauro aos atos indignos
que tanto o infelicitavam?
O próprio Mauro, em
estado de extrema aflição, fez tal pergunta. Anacleto, então, lhe falou
carinhosamente: “Somos viajantes e sobreviventes de muitas marchas e procelas,
nas quais assumimos comportamentos indesejáveis e crucificadores, que se
repetem até que os superemos pelo amor que vem de Deus e teimamos em não levar
em consideração. Esse estigma te segue, desde há muito, quando te entregaste a
desmandos e desvarios sexuais, em ocasião que desfrutavas do poder transitório
no mundo terrestre”. Na sequência, informou que iria fazê-lo recordar algumas
das cenas mais fortes que ficaram gravadas em seu mundo íntimo e das quais
procediam os males atuais que tanto o aturdiam. (Obra citada, capítulo 5:
Conflito obsessivo.)
25. A regressão de
memória permitiu que se esclarecessem os motivos dos transtornos obsessivos e
da conduta do sacerdote?
Sim. Mauro foi
levado, na regressão, a uma anterior existência que ele teve no início do
século XIX, em Paris, quando Napoleão se encontrava no poder. Ele – reencarnado
como mulher - se chamava então Madame X, que comandava as orgias que se
realizavam na Mansão M., onde eram fatos corriqueiros as festas de exaustão dos
sentidos, a embriaguez pelo álcool, pelo absinto e pela luxúria esfuziante e
depravada. À medida que a regressão de memória se acentuou, o rosto de Mauro se
modificou e assumiu outras características, agora femininas e vulgares. (Obra
citada, capítulo 5: Conflito obsessivo.)
26. Os personagens
do drama atual de Mauro foram identificados com o auxílio da regressão?
Sim. Ele tinha sido,
como dissemos, Madame X. Seu genitor na atual existência, que dele abusou
sexualmente, fora naquela oportunidade pai de uma criança de oito anos tomada à
força por ordem de Madame X, para servir nos propósitos do lupanar que ela
dirigia. E o algoz do padre, que tanto sofrimento lhe impunha na atual
existência, era exatamente aquela criança, que sofreu os maiores abusos e
aberrações e, por esse motivo, prometeu vingar-se. Embora a vingança seja um
equívoco, motivos não lhe faltavam para assim agir. (Obra citada, capítulo 5:
Conflito obsessivo.)
27. Após a
regressão, que recomendação o benfeitor espiritual fez ao sacerdote, com vistas
à sua regeneração e consequente término da trama obsessiva?
Eis o que benfeitor
espiritual disse ao padre Mauro: “Voltarás ao corpo físico mantendo vagas
lembranças destas ocorrências, que estarão presentes em tua memória atual, a
fim de ajudar-te a enfrentar as consequências da conduta atroz a que te
relegaste. Nunca, porém, te esqueças de Jesus. Abraças uma doutrina religiosa
que consagrou santos e heróis, mártires e benfeitores da Humanidade, na qual
também tiveram lugar homens e mulheres temerários, que respondem por crimes
contra a criatura e a sociedade, mas que te poderá conduzir à paz, se souberes
aceitar as injunções que desencadeaste contra ti mesmo e que logo mais te
chamarão ao acerto de contas”. (Obra citada, capítulo 5: Conflito obsessivo.)
28. Realizado em
seguida aos esclarecimentos prestados do padre Mauro, o diálogo entre o
doutrinador e o obsessor do padre foi difícil?
Muito difícil. Assim
que o Espírito se deu conta do que ocorria, rugiu, raivoso, e, ao mesmo tempo,
tentou desembaraçar-se dos fluidos que o retinham ligado ao perispírito do
médium em transe. Felipe, o doutrinador, inspirado pelo ativo Mentor, elucidou
que não se tratava de uma armadilha, mas de um encontro muito feliz, por ser
aquela a Casa de Jesus, onde o amor tinha primazia e os visitantes eram
recebidos como verdadeiros irmãos. Blasfemando e espumando de cólera, o
comunicante inquiriu: “Sabe quem eu sou e o que faço? Por acaso se atrevem a interferir
em meus planos que se encontram dentro das Leis da Vida? Sou vítima, que ora se
compraz em recuperar o tempo sofrido, impondo a adaga da justiça sobre aquele
que me infelicitou, aguardando apenas o momento para aplicar-lhe o golpe
final”. Vê-se por aí quão difícil seria a continuidade da doutrinação. (Obra
citada, capítulo 6: Socorros espirituais.)
Observação:
Para acessar a parte 3 parte deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/12/blog-post_05.html
Como
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