Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 3
Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.
Este estudo será publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
15. Podemos afirmar
que sexo vilipendiado é geratriz de tormentos inúmeros?
Evidentemente. O
sexo, porque carregado de sensações e de emoções, quando vilipendiado e
exercido com ignorância de suas sagradas funções, transforma-se em geratriz de
tormentos que dão curso a outros vícios e alucinações, empurrando suas vítimas
para as drogas, o álcool, o tabaco, a mentira, a traição, a infâmia e todo um
séquito de misérias morais que entorpecem os sentimentos e obnubilam a razão. (Sexo
e Obsessão, capítulo 3: A comunidade da perversão moral.)
16. Depois do
pesadelo de haver passado toda a madrugada na Comunidade pervertida, como foi o
despertar do padre Mauro?
Péssimo. Mauro teve
dificuldade de reassumir as funções mentais coordenadas. Terrível torpor
assomara-lhe à consciência, dificultando-lhe o raciocínio lúcido. Dores
musculares mortificavam-no, espalhadas por todo o corpo, enquanto expressiva
debilidade orgânica se lhe apresentava dominadora. Exalava fluidos deletérios
através da expiração, ao tempo em que se encontrava envolvido nos chacras
coronário, cerebral e genésico por densa energia que se evolava pastosa a
princípio, desvanecendo-se paulatinamente. O pesadelo assustou-o, quase levando-o
a um choque nervoso, por identificar a perigosa trilha que percorria,
conduzindo-o a delírios exorbitantes qual o vivenciado pouco antes. Com muita
dificuldade, então, começou a orar. (Obra citada, capítulo 4: O drama da
obsessão na infância.)
17. O ambiente
psíquico no quarto de Mauro era deplorável. Como ajudá-lo?
Além de deplorável,
entidades ociosas e viciadas ali permaneciam, umas em atitude de vigilância,
enquanto outras se apresentavam como parasitas que se nutriam dos vibriões
mentais e das formas-pensamento exteriorizadas pelo paciente infeliz. Anacleto
convidou, então, o grupo a um trabalho de assepsia psíquica, a fim de que a
ingestão continuada da psicosfera doentia, que sempre afetava mais o paciente,
fosse modificada, diminuindo-lhe o transtorno emocional. Concentrando-se,
silenciosamente, o Mentor exorou o auxílio divino, transformando-se, a pouco e
pouco, em um dínamo emissor de ondas vigorosas e luminosas que se
exteriorizavam, diluindo as construções fluídicas perniciosas e afastando as
Entidades viciosas que ali se homiziavam. A operação prolongou-se por alguns
minutos. Ao terminar, tomando contato com o recinto, todos tiveram a impressão
de que se encontravam num outro lugar, no qual o Sol entrava gentil,
completando a assepsia com seus raios luminosos benéficos. (Obra citada,
capítulo 4: O drama da obsessão na infância.)
18. Como explicar a
obsessão em crianças ainda tão pequenas?
O Mentor Anacleto,
ante tal indagação, explicou: “Não ignorássemos que a misericórdia de Deus está
presente em toda a Criação, e não seria o ser humano quem marcharia sem a
necessária proteção para alcançar a meta que busca no seu desenvolvimento
intelecto-moral. Todavia, sabemos, também, que muitos processos de obsessão têm
o seu início fora do corpo físico, quando os calcetas e rebeldes, os criminosos
e viciados reencontram suas vítimas no Além-Túmulo, que se lhes imantam, nos
tentames infelizes e de resultados graves em diversas formas de obsessões. A
obsessão na infância muitas vezes é continuidade da ocorrência procedente da
Erraticidade. Sem impedir o processo da reencarnação, essa influência
perniciosa acompanha o período infantil de desenvolvimento, gerando graves
dificuldades no relacionamento entre filhos e pais, alunos e professores, e na
vida social saudável entre coleguinhas”. (Obra citada, capítulo 4: O drama da
obsessão na infância.)
19. Os atos de
maldade e os comportamentos inadequados de uma criança podem ter como causa a
interferência de Espíritos?
Sim. Conforme as
explicações dadas pelo mentor Anacleto, atos de maldade, irritação,
agressividade, indiferença emocional, perversidade, enfermidades físicas e
distúrbios psicológicos fazem parte das síndromes perturbadoras da infância,
que têm suas nascentes na interferência de Espíritos, perversos uns,
traiçoeiros outros, vingativos todos eles. (Obra citada, capítulo 4: O drama da
obsessão na infância.)
20. Como explicar o
autismo que se verifica já na primeira infância?
Segundo o mentor
Anacleto, inúmeros casos de autismo, quando detectados na primeira infância,
procedem de graves compromissos negativos com a retaguarda espiritual do ser,
que renasce com as marcas correspondentes no perispírito, que se encarrega de
imprimir as deficiências que lhe são necessárias para o refazimento. Além
disso, aqueles que padeceram nas suas mãos cruéis acompanham-no,
dificultando-lhe a recuperação, gerando situações críticas e mui dolorosas,
ameaçando-o com impropérios e vibrações deletérias que não sabe decodificar,
mas registra nas telas mentais, fugindo da realidade aparente para o seu mundo
de sombras, isto quando não se torna agressivo, intempestivo, silencioso e
rude. (Obra citada, capítulo 4: O drama da obsessão na infância.)
21.
Que recursos terapêuticos o Espiritismo oferece para o tratamento da obsessão
na infância?
São vários os recursos que o Espiritismo coloca à disposição
dos interessados. No caso em tela, a terapêutica bioenergética, a participação
da criança nas aulas de orientação evangélica sob a luz do pensamento espírita,
a água magnetizada e a psicoterapia da bondade e do esclarecimento. Concomitantemente, porque em ambiente
propício, os Benfeitores da Vida Maior podem também conduzir seu desafeto ao
tratamento espiritual desobsessivo, alterando completamente o quadro em
questão. Evidentemente, os débitos por ela contraídos em relação às Leis
Cósmicas não ficariam sem a devida liquidação, mudando somente os processos
liberativos, já que o Pai não deseja a morte do pecador, mas sim a do pecado,
como bem esclareceu Jesus, o psicoterapeuta por excelência. (Obra citada,
capítulo 4: O drama da obsessão na infância.)
Observação:
Para acessar a 2ª parte deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/11/blog-post_28.html
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