JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
O grande jurista Rui
Barbosa ao observar, em sua época, que as leis brasileiras eram interpretadas
conforme os interesses políticos escusos, escreveu com indignação: “De tanto
ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver
crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de
ser honesto”.
Alma amiga, parodiando
Rui Barbosa, eu diria: De tanto ver prosperar a iniquidade de alguns, de tanto
ver crescer a maldade, de tanto ver prosperar a mediocridade nas artes,
precisamos restaurar, com urgência o culto ao belo e à sublimidade poética. Por
esse motivo, escrevi o poema abaixo, que compartilho com você:
Arte e evolução
A arte é o culto ao
belo,
a forma
também do conteúdo
faz parte.
Fazer das
excrescências
da mente
suposta obra d’arte
é crer
Então que, no
improviso,
o esforço
de todo o nosso
estudo
é vão.
Confesso que não vejo
no feio
sem estética ser
progresso.
Um tolo sem estudo
é mudo
quando expressa
besteira
e besta
Não fala, nunca
pensa,
relincha
e fica por preguiça
no chão.
A alma evoluída
excede
qualquer limitação
e é bela!
Porém jamais será
medíocre,
pois crê na evolução
também.
A arte transcendente
é assim:
requer trabalho e
luta
em parte
E parte é inspiração
de quem
já se esforça no bem
com arte.
Autor: Jó.
Ouvi de um professor
de literatura, há alguns anos: “A salvação está na literatura”. Também
perguntado a outra professora sobre qual área em que se enquadra a literatura
espírita ela respondeu: “Na literatura brasileira”.
Sábias respostas. A
literatura espírita, com milhares de poemas psicografados por Chico Xavier e
outros médiuns, além de crônicas, romances etc., restaura o conceito do belo,
do sublime e do útil no texto literário. Se vamos praticar seus elevados
ensinamentos, isso cabe a nós mesmos decidir.
Só não nos podemos
esquecer do alerta de Jesus, que Lucas registrou no capítulo 12, versículo 2, de
seu evangelho: “Nada há de encoberto que não venha a ser revelado, nem de
oculto que não venha a ser conhecido”.
O que considero certo
é que a verdadeira arte, como culto ao belo e ao divino, deve estar sempre a
serviço da evolução. Sem isso, não cumpre bem seu papel e, consequentemente,
não sobrevive.
Acesse o blog: www.jojorgeleite.blogspot.com
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Que a arte retome seu lugar exclusivo como o culto ao belo, à verdade e ao sublime.
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