Nos textos abaixo verificam-se erros gramaticais que são, infelizmente, muito comuns na construção de frases em nosso idioma. Veja se os descobre e depois confira o resultado:
1. Entre eu e ela não existe mais nada.
2. Está tudo bem entre tu e teu pai?
3. Há dez anos atrás eu comecei a estudar.
4. Vou assistir o filme com meus amigos.
5. Prefiro ler do que praticar esporte.
6. Joana caiu e quebrou o óculos.
7. Nunca lhe vi mais gordo.
8. Chegamos em Londrina bem cedo.
9. O atraso implicará em uma multa pesada.
10. Pedro vive às custas do pai.
Eis os textos
corrigidos e, entre parênteses, as explicações pertinentes:
1. Entre mim
e ela não existe mais nada.
Depois das
preposições “entre” e “para” não se usa o pronome “eu”, mas sim o pronome
oblíquo “mim”.
2. Entre ti
e teu pai está tudo bem?
A mesma
restrição citada no item anterior aplica-se ao pronome “tu”, devendo-se usar no
caso o pronome oblíquo “ti”.
3. Há dez
anos eu comecei a estudar.
A frase “há dez
anos” já implica a ideia de passado; por isso, o vocábulo “atrás” é
inteiramente redundante.
4. Vou assistir
ao filme com meus amigos.
O verbo
assistir, com o sentido de presenciar, pede objeto indireto. Quando o sentido é
a assistência a uma pessoa enferma, aí sim o objeto será direto: O enfermeiro
assistiu meu pai com muito carinho.
5. Prefiro ler a
praticar esporte.
Toda vez que se
usa o verbo preferir, a preposição “a” se torna inevitável, como se vê nestes
dois exemplos: Prefiro andar a ficar sentado. Prefiro feijoada a pizza.
6. Joana caiu e
quebrou os óculos.
O vocábulo
óculos usa-se sempre no plural e o artigo concorda com ele, indo também para o
plural.
7. Nunca o
vi mais gordo.
O verbo ver
pede objeto direto. A gente vê algo, e não vê a algo.
8. Chegamos
a Londrina bem cedo.
O verbo chegar
exige a preposição “a” em construções deste tipo: Chegou à cidade. Chegou ao
país. Chegou à repartição. A única exceção admitida por alguns gramáticos é
quando se refere à casa: Chegamos em casa.
9. O atraso
implicará uma multa pesada. O verbo implicar, quando usado com este
sentido, pede objeto direto. Existe ainda “implicar com”, usado nestes
exemplos: Ela vive implicando com o pai. João implica com todo mundo.
10. Pedro vive à
custa do pai.
À custa, e não
“às custas”, é o correto.
Observação:
Para acessar o estudo publicado no
sábado anterior, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/05/nas-frases-abaixo-ha-em-cada-uma-pelo.html
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