CINCO-MARIAS
Brincar é sinal de
uma infância saudável
EUGÊNIA PICKINA
“A primeira tarefa da educação é agitar
a vida, mas deixando-a livre para que se desenvolva.” Maria Montessori
Quando a criança
brinca (pega-pega, amarelinha, casinha, bola, cinco-marias), ela aprende sobre
o mundo à sua volta e sobre ela mesma. Isso significa que está adquirindo
competências físicas, cognitivas e socioemocionais.
Integrante à
infância, o ato de brincar está relacionado com as atividades que pretendem
“traduzir” os elementos imaginativos para o mundo concreto e vice-versa. Ou seja,
quando uma criança brinca, ela acha um modo de expressar seus sentimentos,
necessidades e carências, respeitando critérios de tempo, limites, regras e
organização.
A meninazinha brinca
de boneca no quintal e corre atrás do cachorrinho, seu fiel amigo de
brincadeiras. Os dois irmãos, sem medo, sobem na árvore, depois brincam de
pega-pega e jogam bola livremente na pracinha.
Ora, quanto mais a
criança brinca, mais ela se desenvolve.
As brincadeiras, por isso, nunca são um mero passatempo, nem podem ser
encaradas pelos adultos como atos simplórios ou insignificantes.
Na infância, brincar,
livremente ou de modo dirigido, é a principal fonte de aprendizado para a
criança e fundamental ao seu bem-estar, alegria e felicidade…
Não canso de
explicar: cabe aos pais oferecer a oportunidade de a criança brincar livremente
e também propor brincadeiras conjuntas, pautadas sobretudo na simplicidade,
tendo como cenário a natureza…
No dia a dia, muitas
vezes um simples graveto, uma folha, um pedaço de pano poderá, sim, ser
transformado pela imaginação da criança em uma agradável brincadeira…
Notinha
De modo cotidiano,
estimule seu filho pequeno a brincar livre e tendo como cenário a natureza:
quintal, pracinha, parque, jardim. Além do alívio de tensões, da evitação do
sedentarismo, prevenção da deficiência da vitamina D, propicia ainda o
exercício dos músculos oculares. O passarinho que passa voando atrai a atenção
da criança, que observa atenta seu trajeto até o perder de vista. Em outro
momento, a descoberta de uma formiguinha a passear em uma folha, permite a
aproximação da criança para investigar de perto. Esta alternância de foco –
perto/longe – favorece a prevenção da miopia.
*
Eugênia
Pickina é educadora ambiental e terapeuta floral e membro da Asociación Terapia
Floral Integrativa (ATFI), situada em Madri, Espanha. Escritora, tem livros
infantis publicados pelo Instituto Plantarum, colaborando com o despertar da
consciência ambiental junto ao Jardim Botânico Plantarum (Nova Odessa-SP).
Especialista
em Filosofia (UEL-PR) e mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie-SP),
ministra cursos e palestras sobre educação ambiental em empresas e escolas no
estado de São Paulo e no Paraná, onde vive.
Seu
contato no Instagram é @eugeniapickina
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