A Caminho da Luz
Emmanuel
Parte 7
Damos prosseguimento ao estudo da obra A Caminho da Luz, de Emmanuel, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier em 1938 e publicada em 1939 pela Federação Espírita Brasileira.
Este estudo, que tem
por base a 15ª edição da obra, é publicado sequencialmente sempre às
sextas-feiras neste blog.
A seguir, o texto e
as questões de hoje.
Texto-base para
leitura e reflexão
115. Reconhecendo os
esforços de todos os Espíritos que se haviam localizado na Itália primitiva, os
prepostos de Jesus projetam a fundação de Roma. (P. 97)
116. A esse tempo, o
Vale do Pó era habitado pelo povo etrusco, que se via humilhado pelas
constantes invasões dos gauleses. Atormentados e desgostosos por essas
agressões, os etruscos decidiram tentar vida nova e, guiados indiretamente
pelos mensageiros do Senhor, grande parte resolveu fixar-se na Roma do porvir,
que nada mais era, então, que um agrupamento de cabanas humildes. (PP. 97 e 98)
117. Foram, pois, os
etruscos que edificaram as primeiras organizações da cidade, fundando escolas
de trabalho e levando para aí as experiências mais valiosas de outros povos, de
modo que, quando Rômulo chegou, já encontrou uma cidade próspera e
trabalhadora. (PP. 98 e 99)
118. Mais uma vez
podemos ver que a direção do planeta se conserva, de fato, no mundo espiritual,
de onde Jesus vela incessantemente pelo orbe e pelos seus destinos. (P. 99)
119. As influências
etruscas nas organizações romanas evidenciam-se na alma popular, devotada então
aos gênios, aos deuses e às superstições de toda espécie. Cada família possuía
o seu gênio invisível e amigo e, na sociedade, multiplicavam-se as comunidades
religiosas, culminando no Colégio dos Pontífices, cuja origem remonta ao
passado longínquo da cidade. (P. 100)
120. Esse Colégio foi
mais tarde substituído pelo Pontífice Máximo, chefe supremo das correntes
religiosas, do qual os bispos romanos iriam extrair, no futuro, o Vaticano e o
Papado dos tempos modernos. (P. 100)
121. A família
romana, em suas tradições gloriosas, constituía-se no mais sublime respeito às
virtudes heroicas da mulher e na perfeita compreensão dos deveres do homem,
ante seus sucessores e antepassados. (P. 102)
122. A vinda do
Senhor ao orbe terrestre produziu um fato singular nas esferas mais próximas do
planeta. Reinava Augusto quando se viu uma noite cheia de luzes e de estrelas
maravilhosas. Harmonias divinas cantavam um hino de sublimadas esperanças no
coração dos homens. A manjedoura é o teatro de todas as glorificações da luz e
da humildade, e, enquanto alvorecia uma nova era para o globo terrestre, nunca
mais seria esquecido o Natal, a "noite silenciosa, noite santa". (P.
104)
123. A manjedoura
assinalava o ponto inicial da lição salvadora do Cristo, como a dizer que a
humildade representa a chave de todas as virtudes. (P. 105)
124. Há quem julgue
que o Mestre aprendeu suas doutrinas com os Essênios, mas, na verdade, não
obstante a elevada cultura das escolas essênias, Jesus não necessitou da sua
contribuição, porque desde os seus primeiros dias na Terra ele mostrou-se tal
qual era. (P. 106)
125. Sua palavra,
mansa e generosa, reunia todos os infortunados e todos os pecadores e ele
escolheu os ambientes mais pobres e mais desataviados para viver a intensidade
de suas lições sublimes, mostrando aos homens que a verdade dispensava o
cenário suntuoso dos areópagos, dos fóruns e dos templos, para fazer-se ouvir
na sua misteriosa beleza. (P. 108)
126. Não nos compete
fornecer uma nova interpretação das palavras eternas de Jesus: compete-nos,
sim, apenas observar o seu ensino, aplicando-o a nós próprios, no mecanismo da
vida de relação, de modo que se verifique a renovação geral de todos nós, à luz
dos exemplos do Mestre. (PP. 108 e 109)
127. A lição do
Cristo ficou para sempre na Terra, como o tesouro de todos os infortunados e de
todos os desvalidos, e sua palavra construiu a fé nas almas humanas, fazendo-as
entrever seu glorioso destino. (P. 110)
128. O exemplo dado
pelo monge de Manilha, acusado de tramar a liberdade de seu povo contra o jugo
espanhol, mostra-nos como se processa a influência do Divino Mestre em todos os
corações sofredores da Terra. (P. 111)
129. A Grécia havia
transferido, nas suas lutas expiatórias, suas experiências e conhecimentos para
a família romana, apta então para as grandes tarefas do Estado. De fato, se
Roma quisesse, poderia, à força de educação e de amor, unificar as bandeiras do
orbe, criando um novo roteiro à evolução coletiva da Humanidade. (P. 114)
130. Vê-se que o
determinismo do mundo espiritual era o do amor, da solidariedade e do bem, mas
os próprios homens, na esfera relativa de suas liberdades, modificaram esse
determinismo superior, no curso incessante dos séculos. (P. 116)
131. Foi o que
aconteceu com Roma, cujos generais, desviando-se dos objetivos superiores que
os animavam, deram origem aos mais amargos frutos de provação e sofrimento para
a Humanidade terrestre. É por isso que, em sua quase totalidade, entraram eles
no plano espiritual seguidos de perto por suas numerosas vítimas, e, passados
decênios infindáveis de martírios expiatórios, podiam ser vistos, sem suas
armaduras elegantes, arrastando-se como vermes ao longo das margens do Tibre,
ou estendendo as mãos asquerosas, como mendigos detestados do Esquilino. (P.
116)
132. O século de Augusto
foi bafejado pela presença consoladora do Divino Mestre, o que deu motivo a que
todos os corações experimentassem uma vida nova, ainda que ignorassem a fonte
divina daquelas vibrações. (P. 117) (Continua no próximo número.)
Questões para
fixação do estudo
A. A condenação de
Sócrates e sua execução acarretaram alguma consequência de natureza coletiva?
Sim. O fato acarretou
dolorosas e amargas provações coletivas para todos os que dele participaram.
Foi por isso que, mais tarde, o povo nobre e culto de Atenas forneceria escravos
valorosos e sábios aos Espíritos agressivos e enérgicos de Roma. (A Caminho
da Luz, pág. 96.)
B. A que povo se
devem as primeiras organizações romanas?
Aos etruscos. Eles fundaram ali escolas de trabalho, levando para a
região as experiências mais valiosas de outros povos, de modo que, quando
Rômulo chegou, já encontrou uma cidade próspera e trabalhadora. As influências
etruscas nas organizações romanas evidenciam-se na alma popular, devotada então
aos gênios, aos deuses e às superstições de toda espécie. Cada família possuía
o seu gênio invisível e amigo e, na sociedade, multiplicavam-se as comunidades religiosas.
(Obra citada, pp. 98 a 100.)
C. Que significado
têm a manjedoura e a singeleza do nascimento do menino Jesus?
A manjedoura
assinalou o ponto inicial da lição salvadora do Cristo, como a dizer que a
humildade representa a chave de todas as virtudes. (Obra citada, pág. 105.)
Observação:
Para acessar a 6ª
Parte deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/09/a-caminho-da-luz-emmanuel-parte-6-damos.html
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