Concluímos nesta
noite mais uma etapa do estudo da obra Nos
Domínios da Mediunidade, de André Luiz (Espírito), psicografia de Francisco
Cândido Xavier.
Quatro foram
as questões examinadas:
1. Buscar o
autoaperfeiçoamento é para nós uma necessidade?
2. Quem era
Abelardo?
3. Abelardo,
embora desencarnado, mantinha contato próximo com Celina?
4. Existem
hospitais nas regiões espirituais onde o sofrimento se manifesta por todo lado?
*
Depois de um
rápido debate acerca das questões mencionadas, foram apresentadas e comentadas
as respostas, seguindo-se a leitura e estudo do texto-base relativo ao tema da noite.
Eis, de forma
sintética, as respostas dadas às questões propostas:
1. Buscar o autoaperfeiçoamento é para nós
uma necessidade?
Não apenas
uma necessidade, mas uma obrigação. É indispensável pensar no bem e executá-lo.
Tudo o que existe na Natureza é ideia exteriorizada. Não desprezemos a
obrigação do autoaperfeiçoamento, pois, sem compreensão e sem bondade,
irmanar-nos-emos aos filhos desventurados da rebeldia. Sem estudo e sem
observação, demorar-nos-emos indefinidamente entre os infortunados expoentes da
ignorância. Amor e sabedoria são as asas com que faremos nosso voo definitivo,
no rumo da perfeita comunhão com o Pai Celestial. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 13, pp. 123 a 125.)
2. Quem era Abelardo?
Abelardo era
um dos trabalhadores desencarnados do grupo em que atuava a médium Celina. Após
sua desencarnação, Abelardo vagueara por muito tempo em desespero. Tendo
sido homem temperamental, atrabiliário e voluntarioso, desencarnara muito cedo,
em razão dos excessos que minaram suas forças orgânicas. No início tentou, em
vão, obsidiar Celina, sua esposa, cujo concurso reclamava qual se lhe fosse
simples serva. Vendo-se incapaz de vampirizá-la, excursionou alguns anos no
domínio das sombras, entre Espíritos rebelados e irreverentes, até que as
orações de Celina, coadjuvadas pela intercessão de muitos amigos, conseguiram
demovê-lo. Curvou-se, assim, à evidência dos fatos. Reconhecendo a
impropriedade da intemperança mental em que se comprazia, e depois de
convenientemente preparado pela assistência do grupo onde a esposa militava,
foi ele admitido numa organização socorrista, em que passou a servir como
vigilante de irmãos desequilibrados. (Obra
citada, cap. 14, pp. 127 a
129.)
3. Abelardo, embora desencarnado, mantinha
contato próximo com Celina?
Sim. Depois
de entregar-se diariamente ao serviço árduo na obra assistencial em favor de
companheiros ensandecidos, ele descansava, sempre que oportuno, no jardim
familiar, ao lado da companheira. Uma vez por semana, acompanhava-lhe o culto
íntimo de oração, era-lhe firme associado nas tarefas mediúnicas e, todas as
noites em que se sentiam favorecidos pelas circunstâncias, consagravam-se ambos
ao trabalho de auxílio aos doentes. Aulus explicou que eles não tinham sido
apenas cônjuges segundo a carne, e aduziu que, quando os laços da alma
sobrepairam às emoções da jornada humana, ainda mesmo que surja o segundo
casamento para o cônjuge que se demora no mundo, a comunhão espiritual
continua, sublime, em doce e constante permuta de vibrações e pensamentos. (Obra citada, cap. 14, pp. 129 e 130.)
4. Existem hospitais nas regiões espirituais
onde o sofrimento se manifesta por todo lado?
Sim. Abelardo
atendia num desses hospitais. Para chegar até lá o grupo socorrista penetrou
nebulosa região dentro da noite, em que os astros desapareceram e parecia que o
piche gaseificado era o elemento preponderante no ambiente. Em derredor,
soluços e imprecações proliferavam. Passado algum tempo, o grupo atingiu uma
construção mal iluminada, em que vários enfermos se demoravam, sob a
assistência de enfermeiros atenciosos. Era um hospital de emergência, dos
muitos que se estendem nas regiões purgatoriais, e tudo ali revelava pobreza,
necessidade, sofrimento. "Este é o meu templo atual de trabalho",
disse-lhes Abelardo, orgulhoso de ser ali uma peça importante para o serviço. (Obra citada, cap. 14, pp. 130 e 131.)
*
Na próxima terça-feira
apresentaremos neste Blog o resumo da matéria estudada, para que os
interessados, se o quiserem, possam acompanhar as lições já vistas.
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