Bendita sejas
Auta de Souza
Bendita sejas, mão piedosa e pura,
Em cujos doces dedos, de mansinho,
A caridade tece o brando arminho
Com que afaga a miséria e a desventura.
Estrela, fulgurando em noite escura,
És a consolação, a paz e o ninho
Dos aflitos, que choram no caminho,
Sob as chagas da sombra e da amargura.
Mão que repartes luz, pão e agasalho,
Coroada na glória do trabalho,
A refulgir em todas as igrejas!...
Por toda a gratidão que te abençoa,
Mão que ajudas, contente, humilde e boa,
Deus te guarde feliz! Bendita sejas!...
Auta
de Souza, natural de Macaíba, Rio Grande
do Norte, desencarnou em 1901. O soneto
acima foi psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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