Ódio e vida
Cornélio Pires
Recebi o seu bilhete,
Meu caro Joaquim
Lorena.
Respondo: – Ódio é
loucura
Que nunca valeu a
pena.
Sei que você tem
sofrido
Muita pedrada
encoberta…
Mas não se vingue.
Perdoe.
O tempo tudo
conserta.
Quem apanha aguenta
feras,
Assim qual você me
diz,
Mas quem ofende ou
maltrata
É muito mais infeliz.
Para quantos nos
imponham
Golpe, injustiça,
pesar,
Injúria ou
perseguição,
A desforra é perdoar.
Assim é, porquanto a
vida
Não faz princípios em
vão.
E a vida extingue as
discórdias
Na Lei da
Reencarnação.
Veja o problema de
Amélia:
Por ódio arrasou com
Benta,
Mas Benta nasceu de
novo,
É a filha que ela
amamenta.
Numa aversão
prolongada,
Ninica matou
Concheta…
E eis que a vítima
voltou,
São agora avó e neta.
Numa briga provocada
Cristino apagou Léo
Gama…
Léo, porém, tornou à
Terra,
É o filho que ele
mais ama.
Prejudicavam-se em
ódio
Rosendo e Janjão de
Tuta…
Morreram e renasceram
Dois irmãos gêmeos em
luta.
Lalau em longa
demanda
Matou Quincas da
Moenda…
Quincas voltou, é o
netinho
Que vai herdar-lhe a
fazenda.
Por ódio ao genro, o
Trajano
Caminha de mal em
mal,
Sempre esgotado e
nervoso,
De hospital para
hospital.
Se você quer ser
feliz
Nunca se arrede do
bem,
Auxiliando e
servindo,
Não pense mal de
ninguém.
Perante a Bênção da
Vida
Perdão é saúde e fé,
Ame e perdoe, caro
amigo,
Deus é Amor, isso é
que é.
Poema psicografado pelo médium
Chico Xavier, transcrito do cap. 23 do livro Astronautas do Além, obra de autoria de Francisco Cândido Xavier,
J. Herculano Pires e Espíritos Diversos.
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