quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Ontem pupilo; hoje mestre


Cínthia Cortegoso
De Londrina-PR

O ventilador girava com velocidade serena na sala de aula; a temperatura era agradável naquele momento. Vinte e três carteiras vazias, somente duas ocupadas: uma com o aluno que viera transferido e outra com o dedicado professor que lhe explicava a lição ainda não assimilada.
Havia terminado a duração normal da aula e só restaram os dois no recinto. Como o garotinho precisava de um reforço para compreender de fato a nova matéria, e ainda estava com o conteúdo atrasado por vir de outra instituição, calhou muito bem mais essa explicação do educador.
Estavam calmos e felizes: um por receber; outro por doar. Os olhos se olhavam, uns com admiração e outros com carinho. Sem perceberem, mais sessenta minutos se passaram e realmente era hora de pegar a direção de casa. O aluno agradeceu ao mestre e este retribuiu com o doce semblante dizendo: - Aqui sempre estarei.
O menino arrumou a mochila, colocou-a nas costas e se despediu. O professor, com toda ternura, disse: - Até breve. - e o aluno: - Mais uma vez obrigado.
As moradas distantes, porém, harmoniosas, os esperavam. Cada um seguiu, satisfeito, o seu caminho. O pequeno, por aprender, e o mestre, por auxiliar mais um companheirinho na libertação das asas por meio da instrução, do aprendizado.


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