Realizamos
hoje à noite, como fazemos todas as terças-feiras, mais uma reunião de estudo
da obra Nos Domínios da Mediunidade,
de André Luiz (Espírito), psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Eis as
questões examinadas na reunião:
1. Nas causas
do processo obsessivo que envolvia a jovem esposa, seu marido estava envolvido?
2. Por que
eles, cúmplices no crime mencionado, volveram à vida terrena como cônjuges?
4. Que
significa duplo etérico?
5. Pode o
corpo perispiritual, em virtude de sua maleabilidade, assumir diferentes
aspectos?
6. Numa sessão
mediúnica, de que forma podemos elevar o padrão vibratório do conjunto?
*
Após um
rápido debate em torno das questões citadas, foram apresentadas e comentadas as
respostas, seguindo-se a leitura e estudo do texto-base relativo aos assuntos
da noite. A seguir, as respostas dadas às questões em foco:
1. Nas causas do processo obsessivo que
envolvia a jovem esposa, seu marido estava envolvido?
Sim. Seu
esposo fora, no passado, um companheiro nocivo que a induziu a envenenar o pai
adotivo, exatamente o verdugo desencarnado que a perseguia agora. Herdeira de
considerável fortuna, com testamento garantido, em sua condição de filha única,
ela matou o pai com receio de que ele mais tarde alterasse o documento. O crime
aconteceu em aristocrática mansão do século 19. O viúvo abastado, que a adotara
e criara com desvelado carinho, não concordou com a escolha feita por sua
filha. O moço com quem ela pretendia casar-se não lhe agradava, pois parecia
mais interessado nas suas finanças do que na felicidade da jovem insensata.
Procurou, então, subtraí-la à influência do noivo, sem nenhum sucesso.
Indignado, cuidava das medidas legais para deserdá-la, quando o jovem,
explorando a paixão de que a moça se via possuída, induziu-a a eliminá-lo,
através de entorpecentes contínuos, completando o serviço com diminuta dose de
corrosivo. (Nos Domínios da Mediunidade,
cap. 10, pp. 90 a
93.)
2. Por que eles, cúmplices no crime
mencionado, volveram à vida terrena como cônjuges?
Ele, que
idealizara o crime, reapareceu na vida dela, na condição de marido, com a
tarefa de ajudá-la e reeducá-la. A união dos cúmplices em novo matrimônio era
sintomática. O Poder Divino não nos aproxima uns dos outros sem fins justos.
"No matrimônio, no lar ou no círculo do serviço – explicou Aulus –, somos
procurados por nossas afinidades, de modo a satisfazer aos imperativos da Lei
de Amor, seja na ampliação do bem, ou no resgate de nossas dívidas." O
amigo que inspirou a ação deplorável era agora chamado a ajudá-la na
restauração imprescindível. (Obra citada,
cap. 10, pp. 93 e 94.)
Sim. Diz
Aulus que o impacto da doutrinação não é perdido. Noite a noite, de reunião a
reunião, na intimidade da prece e dos apontamentos edificantes, os enfermos –
as vítimas encarnadas e o perseguidor desencarnado – vão-se, aos poucos,
renovando. "O perseguidor compreenderá a necessidade de perdão para
melhorar-se, a enferma fortalecer-se-á em espírito para recuperar-se como é preciso
e o esposo adquirirá a paciência e a calma, a fim de ser realmente feliz."
Em face disso e cientes de que ninguém avança para diante, com a serenidade
possível, sem pagar os tributos que deve à retaguarda, saibamos tolerar e
ajudar, edificando com o bem, sempre. (Obra
citada, cap. 10, pp. 94 a
96.)
4. Que significa duplo etérico?
O perispírito
ou "corpo astral" de um encarnado encontra-se revestido com os
eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a alma e o corpo carnal. A
esses eflúvios, em seu conjunto, é que se dá o nome de "duplo
etérico", que é formado por emanações neuropsíquicas que pertencem ao
campo fisiológico e que, por isso mesmo, não conseguem maior afastamento da
organização terrestre, destinando-se à desintegração, tal como se dá com o corpo
físico, por ocasião da morte. (Obra
citada, cap. 11, pp. 97 a
99.)
5. Pode o corpo perispiritual, em virtude
de sua maleabilidade, assumir diferentes aspectos?
Sim. Foi o
que ocorreu com o médium Antônio Castro que, uma vez desprendido do corpo, não
envergava o vestuário azul e cinza que, como homem, trazia, mas sim um roupão
esbranquiçado e inteiriço que descia dos ombros até o solo, ocultando-lhe os
pés. Aulus informou que Castro usava as forças ectoplásmicas que lhe eram
próprias, acrescidas com os recursos do
ambiente. "Semelhantes energias – esclareceu – transudam de nossa
alma, conforme a densidade específica de nossa própria organização, variando
desde a sublime fluidez da irradiação luminescente até a substância pastosa com
que se operam nas crisálidas os variados fenômenos de metamorfose." Quando
tiver mais experiência, Castro manejará possibilidades mentais avançadas,
podendo assumir os aspectos que deseje, visto que o perispírito constitui-se de
elementos maleáveis, que obedecem ao comando do pensamento, seja nascido de
nossa imaginação ou da imaginação de inteligências mais vigorosas que a nossa,
mormente quando nossa vontade se rende à dominação de outros Espíritos,
encastelados na sombra espiritual. (Obra
citada, cap. 11, pp. 99 e 100.)
6. Numa sessão mediúnica, de que forma
podemos elevar o padrão vibratório do conjunto?
O meio é a
prece fervorosa, tal como ocorreu na sessão descrita por André Luiz. Sobre o
assunto, Aulus disse que a oração do grupo constitui abençoado tônico
espiritual, como mencionado pelo médium beneficiado pela prece, o qual disse:
"Ah! sim, meus amigos, a prece de vocês atua sobre mim como se fosse um
chuveiro de luz... Agradeço-lhes o benefício!... Estou reconfortado...
Avançarei!..." (Obra citada, cap.
11, pp. 101 a
103.)
*
Na próxima
terça-feira apresentaremos neste Blog a síntese do estudo realizado, para que
os interessados, se o desejarem, possam acompanhar as lições já examinadas.
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