Concluímos hoje
mais uma etapa do estudo da obra Nos
Domínios da Mediunidade, de André Luiz (Espírito), psicografia de Francisco
Cândido Xavier.
Três foram as
questões examinadas:
1. Que lição pode-se extrair do caso Libório?
2. Se a esposa de Libório procurou, momentos antes, ajuda
no Centro Espírita, como explicar a presença dela, naquela mesma noite, junto do esposo atormentado?
3. Por que há Espíritos que, embora desencarnados, ainda
buscam o álcool e o cigarro?
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Após ligeiro debate
acerca das questões mencionadas, foram apresentadas e comentadas as respostas,
seguindo-se a leitura e estudo do texto-base relativo ao tema da noite.
Eis, de forma
resumida, as respostas dadas às questões propostas:
1. Que lição
pode-se extrair do caso Libório?
Primeiro é preciso lembrar que o Espírito de Libório e sua
esposa, ainda encarnada, continuavam sintonizados na mesma onda mental. Ele a
vampirizava e ela, por seu pensamento, o atormentava. Segundo Aulus, era um
caso de perseguição recíproca e há, na Terra, muitos médiuns assim. Aliviados
dos vexames que recebem por parte de entidades inferiores, depressa
reclamam-lhes a presença, religando-se a elas automaticamente, embora o
propósito dos amigos espirituais de libertá-los. Enquanto não se modificam suas
disposições espirituais, favorecendo a criação de novos pensamentos, jazem no
regime da escravidão mútua, em que obsessores e obsidiados se nutrem das
emanações uns dos outros. (Nos Domínios
da Mediunidade, cap. 14, pp. 132 e 133.)
2. Se a esposa de
Libório procurou, momentos antes, ajuda no Centro Espírita, como explicar a
presença dela, naquela mesma noite, junto do esposo atormentado?
Aulus explicou que a mulher julgava querer socorro
espiritual, mas no íntimo alimentava-se com os fluidos enfermiços do
companheiro desencarnado e a ele se apegava, instintivamente. Milhares de
pessoas são assim. Registram doenças de variados matizes e com elas se adaptam
para mais segura acomodação com o menor esforço. Dizem-se prejudicadas e
inquietas, todavia, quando se lhes subtrai a moléstia de que se fazem
portadoras, sentem-se vazias e padecentes, provocando sintomas e impressões com
que evocam as enfermidades a se exprimirem, de novo, em diferentes
manifestações. Segundo Aulus, tal fato acontece na maioria dos casos de
obsessão, e é por esse motivo que, em muitas ocasiões, as dores maiores são
chamadas a funcionar sobre as dores menores, com o objetivo de acordar as almas
viciadas nesse gênero de trocas inferiores. (Obra
citada, cap. 14, pp. 133 a
135.)
3. Por que há
Espíritos que, embora desencarnados, ainda buscam o álcool e o cigarro?
Aulus diz que muitos irmãos já desvencilhados do vaso
carnal se apegam com tamanho desvario às sensações da experiência física que se
cosem aos amigos encarnados temporariamente desequilibrados nos costumes
desagradáveis por que se deixam influenciar. O que a vida começou – diz Aulus –
a morte continua. Tais Espíritos situaram a mente nos apetites mais baixos do
mundo, alimentando-se com um tipo de emoções que os localiza na vizinhança da
animalidade. Não obstante haverem frequentado santuários religiosos, não se
preocuparam em atender aos princípios da fé que abraçaram, acreditando que a
existência devia ser para eles o culto de satisfações menos dignas, com a
exaltação dos mais astuciosos e dos mais fortes. O chamamento da morte
encontrou-os na esfera de impressões delituosas e escuras e, como é da Lei que
cada alma receba da vida de conformidade com aquilo que dá, não encontram
interesse senão nos lugares onde podem nutrir as ilusões que lhes são
peculiares, porquanto, na posição em que se veem, temem a verdade e
abominam-na, procedendo como a coruja que foge à luz. (Obra citada, cap. 15, pp. 137 a 139.)
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Na próxima terça-feira
apresentaremos neste Blog o resumo do estudo realizado, para que os
interessados, se o quiserem, possam acompanhar as lições já vistas.
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