Dois
de Novembro
Alphonsus
de Guimarães
A
alma presa das lágrimas terrenas,
Lembrando
a alma que busca o mundo etéreo,
Hoje
espalha na paz do cemitério
Um
dilúvio de rosas e açucenas...
Mas
das luzes puríssimas do império
Das
plagas bonançosas e serenas,
Vimos
nós mitigar as vossas penas,
Na
divina jornada do mistério.
O
nosso imensurável campo-santo
É
toda a Terra, imersa em mágoa e pranto,
Onde
estão nossos mortos soterrados
No
sepulcro da carne apodrecida,
No
turbilhão de lágrimas da vida,
Entre
as sombras da dor e dos pecados!...
Soneto psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, publicado no livro Lira Imortal, obra ditada por Espíritos Diversos.
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