terça-feira, 9 de abril de 2013

O tempo, benfeitor do trabalho, é também o verdugo da inércia


Levamos a efeito nesta noite, no “Nosso Lar”, em Londrina, mais uma etapa do estudo da obra Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz (Espírito), psicografada pelo médium Chico Xavier.

Eis as questões propostas:

1. No caso da psicometria, todos os objetos podem ser o ponto de partida para um contato espiritual?
2. Têm fundamento as histórias sobre joias enfeitiçadas?
3. Que acontece a quem foge ao trabalho sacrificial?

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Após as observações feitas acerca das questões citadas, foram lidas e comentadas as respostas, seguindo-se a leitura e o estudo do texto-base relativo ao tema da reunião.

Aqui estão as respostas dadas, de forma sintética, às questões propostas:

1. No caso da psicometria, todos os objetos podem ser o ponto de partida para um contato espiritual?
Em princípio, sim. Segundo Aulus, cada objeto pode ser um mediador para entrarmos em relação com as pessoas que por ele se interessam e, ainda, um registro de fatos da natureza. "Quando se nos apura a sensibilidade de maneira mais intensiva – explicou o instrutor –, em simples objetos relegados ao abandono podemos surpreender expressivos traços das pessoas que os retiveram ou dos sucessos de que foram testemunhas, através das vibrações que eles guardam consigo." "As almas e as coisas, cada qual na posição em que se situam, algo conservam do tempo e do espaço, que são eternos na memória da vida." A situação torna-se diferente quando o objeto se acha esquecido pelo autor e por aqueles que o possuíram. Nesse caso, por não apresentar qualquer sinal de moldura fluídica, ele não funcionará como "mediador de relações espirituais". (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 26, pp. 245 e 246.)

2. Têm fundamento as histórias sobre joias enfeitiçadas?
Falando sobre o assunto, Aulus diz que a influência não procede das joias, mas sim das forças que as acompanham. Em seguida, reportando-se ao caso de um espelho que atraía a atenção de uma jovem desencarnada, Hilário perguntou o que aconteceria se alguém adquirisse o espelho e o levasse consigo. "Decerto – informou Aulus – arcaria também com a presença da moça desencarnada." Isso seria justo? A esta pergunta, Aulus disse que a vida nunca se engana e que seria mesmo provável que alguém ali aparecesse e se extasiasse à frente do objeto, disputando-lhe a posse. Quem seria essa pessoa? "O moço que empenhou a palavra, provocando a fixação mental dessa pobre criatura, ou a mulher que o afastou dos compromissos assumidos", respondeu o instrutor. "Reencarnados, hoje ou amanhã, possivelmente um dia virão até aqui, tomando-a por filha ou companheira, no resgate do débito contraído." (Obra citada, cap. 26, pp. 247 a 249.)

3. Que acontece a quem foge ao trabalho sacrificial?
Segundo Aulus, quem foge ao trabalho sacrificial da frente, encontra a dor pela retaguarda. O Espírito pode confiar-se à inação, mobilizando delituosamente a vontade, contudo lá vem um dia a tormenta, compelindo-o a agitar-se e a mover-se para entender os impositivos do progresso com mais segurança. Não adianta fugir da eternidade, porque o tempo, benfeitor do trabalho, é também o verdugo da inércia. (Obra citada, cap. 27, pp. 253 a 255.)

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Na próxima terça-feira publicaremos neste espaço o resumo das questões examinadas, para que o leitor, desde que o queira, possa acompanhar o desenvolvimento dos nossos estudos.


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