Qual é a finalidade de nossa existência?
Por que
estamos aqui neste mundo tão confuso em que há tantas desigualdades, doenças,
guerras e catástrofes?
Estas são perguntas comuns às pessoas e – importante é
que se diga – interessaram também a Allan Kardec, constituindo um dos temas
mais relevantes tratados na principal obra da Doutrina Espírita – O Livro dos
Espíritos – cujo aniversário de lançamento se comemora no próximo dia 18 de
abril.
Diz a questão 132 da obra referida:
Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?
“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los
chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para
alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência
corporal: nisso é que está a expiação.
“Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o
Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para
executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia
com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de
vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele
próprio se adianta.”
Respondendo, assim, à pergunta inicial, podemos afirmar
com segurança, apoiados no ensinamento espírita, que viemos ao globo para
progredirmos e, progredindo, avançar um pouco mais no caminho que nos levará à
perfeição.
Nossa presença no planeta tem, no entanto, uma segunda
finalidade, que é participarmos da obra da criação, fazendo a parte que nos
cabe.
Verifica-se, desta forma, que a ação dos seres
corpóreos é necessária à marcha do Universo. Deus, no entanto, em sua
sabedoria, quis que nessa mesma ação encontrassem eles um meio de progredir e
de se aproximarem dele.
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