Um presente
inesquecível
Ontem foi dia
do meu aniversário e, como sempre, recebi inúmeros presentes, além de mensagens
lindíssimas que os amigos postaram no Facebook, aos quais agradeço de coração.
A vida deu-me
presentes preciosos desde que vim ao mundo: meus pais, meus irmãos, a companheira
que me atura há tanto tempo, meus filhos, meus netos, tios e tias, primos e sobrinhos, meus amigos, meus
benfeitores espirituais, que jamais se cansam...
Há, porém,
dentre tantos presentes, um que recebi do meu pai, em alusão aos meus 14 anos...
E esse presente se tornou inesquecível.
Em maio de 1958, a seleção brasileira
preparava-se para a Copa do Mundo da Suécia e o Paraguai foi um dos convidados
para os jogos de despedida, antes da viagem rumo à Europa.
Como ninguém
ignora, foi naquele ano que a seleção trouxe para o Brasil seu primeiro caneco
de expressão mundial – a Copa Jules Rimet – e revelou ao mundo dois gênios do
esporte que amamos: Garrincha, 24 anos, e Pelé, 17 anos, o garoto que
justamente naquela Copa receberia dos jornalistas franceses o título de Rei do Futebol.
O presente
dos meus 14 anos foi conhecer o Rio de Janeiro e ver, no Maracanã, jogar aquela que é considerada, com razão, a
melhor seleção de todos os tempos.
A Copa propriamente
dita só ouvimos pelo rádio, mas ali, pertinho do campo, vimos os craques que,
semanas depois, fariam o povo brasileiro vibrar de emoção, como jamais se vira
anteriormente no país.
Para festejar
a Copa de 1958, pelo menos dois hinos foram compostos – como dizem, "aos
44 do segundo tempo" –, um de autoria de Alfredo Borba, que falava das
cores da bandeira, da CBD (hoje CBF) e por aí afora, e um outro, que ficaria
gravado na memória: "A Taça do Mundo é Nossa", obra de quatro publicitários:
Wagner Maugeri, Lauro Müller, Maugeri Sobrinho e Victor Dagô.
Esse hino é –
evocando meu aniversário de 14 anos e o clima que estamos vivendo de novo com a
Copa do Mundo em nosso país – a canção que escolhemos nesta semana, dentro da
série “As mais lindas canções que ouvi”.
Eis a letra:
A Taça do Mundo é
Nossa
Wagner Maugeri, Lauro
Müller, Maugeri Sobrinho e Victor Dagô
A taça do mundo é
nossa
Com brasileiro não há
quem possa
Êh eta esquadrão de
ouro
É bom no samba, é bom
no couro
A taça do mundo é
nossa
Com brasileiro não há
quem possa
Êh eta esquadrão de
ouro
É bom no samba, é bom
no couro
O brasileiro lá no
estrangeiro
Mostrou o futebol
como é que é
Ganhou a taça do
mundo
Sambando com a bola
no pé
Goool!
Você pode ouvir o hino em duas diferentes versões clicando
nos links abaixo:
E poderá também ver, na íntegra,
a final da Copa de 1958, em que, como disse, ganhamos pela primeira vez a Copa Jules
Rimet:
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