Um amigo pergunta-nos: – Como o Espiritismo vê o
alcoolismo e suas causas?
No meio espírita, já faz muito tempo, é conhecida a
relação que existe entre o vício do alcoolismo e a obsessão.
No capítulo de abertura do livro Diálogo dos Vivos, publicado 40 anos atrás, Herculano Pires
escreveu que a obsessão mundial pelo álcool, no plano humano, corresponde a um
quadro apavorante de vampirismo no plano espiritual.
O fato é de fácil compreensão. A dependência do álcool
prossegue além-túmulo e, como o Espírito não pode obtê-lo no plano extrafísico
em que agora reside, só conseguirá satisfazer sua compulsão pela bebida
associando-se a um encarnado que beba, como André Luiz mostra em sua obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Cornélio Pires, o poeta caipira, valendo-se da mediunidade de Chico Xavier, disse certa vez
a um amigo que o consultou sobre o tema: cachaça “recorda simples tomada que
liga na obsessão”. E concluindo sua mensagem, vazada em trovas, afirmou: “Eis
no Além o que se vê, seja a pinga como for, enfeitada ou caipira, é laço de
obsessor”.
É exatamente esse vampirismo espiritual que explica o
motivo de ser o alcoolismo considerado pela Organização Mundial de Saúde uma
doença progressiva e incurável.
Não existe dependência alcoólica ou química sem a
presença da obsessão. Devido a isso o tratamento não pode limitar-se ao uso de
remédios, como é explicado, no tocante ao alcoolismo, no artigo intitulado
“Alcoolismo e obsessão”, publicado na edição n. 38 da revista “O Consolador”,
que sugerimos seja lido com atenção pelas pessoas que se interessarem pelo
tema. Eis o link que permite acessá-lo: http://www.oconsolador.com.br/38/especial.html
A prece, a vigilância dos pensamentos, os passes
magnéticos, o cultivo do Evangelho no Lar, a laborterapia, a mudança de
hábitos, eis alguns dos fatores que – ao lado dos medicamentos – poderão
conduzir à cura, se a pessoa desejar realmente que isso se dê.
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