Depois da Morte
Léon Denis
Parte 1
Começamos hoje neste
blog o estudo metódico e sequencial do livro Depois da Morte, obra de autoria de Léon Denis. Nosso propósito é
que esta sequência de estudos sirva, para o leitor, de iniciação aos clássicos
do Espiritismo, obras que muitos espíritas desconhecem, quando, em verdade, deveriam
ser objeto de estudo e reflexão em nossas casas espíritas.
- questões preliminares
- texto para
leitura.
As respostas
correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final de cada
texto.
Questões preliminares
A. O que esta obra
nos fala sobre a religião?
B. Que são os Vedas
e o que eles nos ensinam?
C. Que ensinamentos
trouxe Krishna ao nosso mundo?
D. Quem foi Buda e
quais os princípios do Budismo?
Texto para leitura
1. As religiões
antigas tinham dois aspectos, um aparente, outro oculto, secreto, reservado
apenas aos iniciados. (P. 9)
2. A iniciação era
uma revivescência completa do caráter, um despertar das faculdades adormecidas;
não se limitava a estudos apressados, como hoje. Ensinava-se ali o segredo das
forças fluídicas e magnéticas. (PP. 11 e 12)
3. O deísmo
trinitário passou, da Índia e do Egito, à doutrina cristã, formando, dos três
elementos de Deus, três pessoas distintas. (P. 13)
4. Os iniciados eram
inspirados a ter tolerância por todas as crenças, porque a verdadeira religião
não maldiz as demais. (P. 14)
5. Do ensino dos
Santuários saíram os grandes semeadores de ideias: Krishna, Zoroastro, Hermes,
Moisés, Pitágoras e Platão, cujos discípulos não souberam conservar intacta a
herança de seus mestres. (P. 14)
6. A religião é
necessária e indestrutível e deveria ser o vínculo que liga os homens entre si
e os une ao princípio superior das coisas. (P. 15)
7. A verdadeira
religião não pode ser reduzida a simples ritos ou preceitos e não precisa de
fórmulas nem de imagens. (P. 15)
8. Podemos constatar
que o número de crentes sinceros diminui a cada dia: chegamos a uma daquelas
fases da História na qual as religiões envelhecidas se curvam sobre suas bases.
(P. 17)
9. A religião deve
perder seu caráter dogmático e sacerdotal e tornar-se científica. (P. 17)
10. Veremos
ressurgir então a doutrina secreta conhecida pela antiguidade, o advento da
religião natural, simples e pura, em que cada pai será sacerdote no seio de sua
família, mestre e modelo, e a religião será expressa pelos atos, pelo desejo
ardente do bem. (P. 18)
11. Os primeiros
livros nos quais se encerrou a grande doutrina são os Vedas, nos quais se
concretizou a religião primitiva da Índia. (P. 19)
12. O sacrifício do
fogo resume o culto védico; enquanto ele se realiza, os Assuras, ou Espíritos
superiores, e os Pitris, almas dos antepassados, circundam os presentes e
associam-se às suas preces. (P. 20)
13. A crença nos
Espíritos remonta, pois, às primeiras idades do mundo e os Vedas afirmam,
ainda, a imortalidade da alma e a reencarnação. (P. 20)
14. Krishna, educado
por ascetas no seio das florestas de cedros do Himalaia, foi o inspirador das
crenças indianas e o primeiro dos missionários divinos. Renovando as doutrinas
védicas, firmou-as sobre a ideia da Trindade, da alma imortal, da reencarnação
e da comunicação com os Espíritos. (P. 21 a 23)
15. Os males com que
afligimos nosso próximo – dizia Krishna – seguem-nos como a sombra segue ao
corpo. As obras inspiradas pelo amor aos nossos semelhantes são as que mais
pesarão na balança celeste. (P. 23)
16. Cerca de 600
anos a.C., um filho de rei, Sakya-Muni ou o Buda, foi acometido de profunda
tristeza e imensa piedade à vista dos sofrimentos humanos; a corrupção e os
abusos haviam invadido a Índia. (P. 25)
17. Para o Budismo,
a causa do mal, da dor, da morte e do renascimento é o desejo, e a finalidade
elevada da vida é arrancar a alma aos laços do desejo, o que se consegue com a
meditação, a austeridade, o desprendimento dos bens e o sacrifício do eu, ante todas
as servidões e o egoísmo. (P. 25)
18. Para Buda, a
ignorância é o mal supremo do qual derivam o sofrimento e a miséria; por isso,
é preciso conquistar o conhecimento. (P. 25)
19. A ciência e o
amor são, no Budismo, os dois fatores essenciais do Universo: enquanto não
conquistar o amor, o ser terá de reencarnar. (P. 26)
20. Cada um cumpre o
seu próprio destino: a vida presente é a consequência das boas ou más ações
praticadas em existências passadas. (P. 26)
21. Chama-se Karma a
soma dos méritos ou deméritos conquistados pelo indivíduo; o Karma é, para
todos, o ponto de partida do futuro. (P. 27)
22. Tudo o que
somos, diz o Budismo, resulta do que pensamos: está fundado sobre nossos
pensamentos, é feito dos nossos pensamentos. (P. 27)
23. Por volta do
século VI, o Budismo exotérico ou vulgar, repelido nas duas extremidades da
Índia, sofreu inúmeras transformações. A doutrina ensinada no Tibete permaneceu
deísta e espiritualista. Por outro lado, tornou-se ele a religião dominante na
China. (P. 28)
24. A lei da
caridade proclamada por Buda é um dos mais poderosos apelos ao bem proclamados
na Terra e sua doutrina, apesar de suas deficiências, é uma das maiores
concepções religiosas que se firmaram no mundo e que oferece, em alguns pontos,
analogias sensíveis com os ensinos de Jesus. (P. 30)
Respostas às questões preliminares
A. O que esta obra nos fala sobre a religião?
Diz Léon Denis que a
religião é necessária e indestrutível e deve ser o vínculo que liga os homens
entre si e os une ao princípio superior das coisas, mas não pode ser reduzida a
simples ritos ou preceitos, nem precisa de fórmulas ou imagens. A religião deve
perder seu caráter dogmático e sacerdotal e tornar-se científica. Veremos então
ressurgir a doutrina secreta conhecida pela antiguidade, o advento da religião
natural, simples e pura, em que cada pai será sacerdote no seio de sua família,
mestre e modelo, e a religião será expressa pelos atos, pelo desejo ardente do
bem. (Depois da Morte, capítulo I,
pp. 15 a 18.)
B. Que são os Vedas e o que eles nos ensinam?
Os Vedas constituem
os primeiros livros nos quais se encerrou a grande doutrina, a religião
primitiva da Índia. O sacrifício do fogo resume o culto védico; enquanto ele se
realiza, os Assuras, ou Espíritos superiores, e os Pitris, almas dos
antepassados, circundam os presentes e associam-se às suas preces. Os Vedas
afirmam a imortalidade da alma e a reencarnação. (Obra citada, capítulo II, pp.
19 e 20.)
C. Que ensinamentos trouxe Krishna ao nosso
mundo?
Krishna foi o
inspirador das crenças indianas e o primeiro dos missionários divinos.
Renovando as doutrinas védicas, firmou-as sobre a ideia da Trindade, da alma
imortal, da reencarnação e da comunicação com os Espíritos. Os males com que
afligimos nosso próximo – dizia Krishna – seguem-nos como a sombra segue ao
corpo. As obras inspiradas pelo amor aos nossos semelhantes são as que mais
pesarão na balança celeste. (Obra citada, capítulo II, pp. 21 a 23.)
D. Quem foi Buda e quais os princípios do
Budismo?
Filho de rei,
Sakya-Muni ou o Buda, viveu cerca de 600 anos a.C. Para o Budismo, a causa do
mal, da dor, da morte e do renascimento é o desejo, e a finalidade elevada da
vida é arrancar a alma aos laços do desejo, o que se consegue com a meditação,
a austeridade, o desprendimento dos bens e o sacrifício do eu, ante todas as
servidões e o egoísmo. Segundo Buda, a ignorância é o mal supremo do qual
derivam o sofrimento e a miséria; por isso, é preciso conquistar o
conhecimento, mas não só o conhecimento, porque a ciência e o amor são, no
Budismo, os dois fatores essenciais do Universo. Enquanto não conquistar o
amor, o ser terá de reencarnar. Cada um cumpre o seu próprio destino: a vida
presente é a consequência das boas ou más ações praticadas em existências
passadas. Tudo o que somos resulta do que pensamos: está fundado sobre nossos
pensamentos, é feito dos nossos pensamentos. (Obra citada, capítulo II, pp. 25
a 30.)
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