sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Iniciação aos clássicos espíritas



Depois da Morte

Léon Denis

Parte 3

Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Depois da Morte, obra de autoria de Léon Denis. Nosso propósito é que esta sequência de estudos sirva, para o leitor, de iniciação aos chamados clássicos do Espiritismo.
Cada texto compõe-se de duas partes:
- questões preliminares
- texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

                    Questões preliminares

A. Quem foi e em que época viveu Joana d´Arc?
B. Os Essênios acreditavam na reencarnação?
C. Qual foi o maior Espírito que já passou pela Terra?
D. A Igreja diz que Jesus é uma das pessoas da Trindade; outros, como J. B. Roustaing, atribuem-lhe um corpo fluídico. Que diz Léon Denis sobre o assunto?

Texto para leitura

46. Uma brilhante figura surge no seio da Idade Média: Joana d'Arc, cristã e piedosa que ouve com frequência as "suas vozes". (P. 54)
47. Corria o século XV e a França agonizava sob o tacão da Inglaterra, quando Joana, uma jovem de 18 anos, serviu de instrumento a que as potências invisíveis reanimassem um povo desmoralizado. (PP. 54 e 55)
48. Presa em Ruão e esgotada pelos sofrimentos, quando as "vozes" pareciam tê-la abandonado, Joana admite abjurar. Depois, as "vozes" fazem-se ouvir de novo e ela, erguendo a cabeça diante dos juízes, afirma-lhes: "A voz disse-me que a abjuração é uma traição". Acabou sendo executada. (P. 55)
49. O povo hebreu, apesar do rígido exclusivismo que é um dos aspectos de seu caráter, teve o mérito de adotar o dogma da unidade de Deus. (P. 56)
50. Os Essênios, cujas colônias se estendiam até o vale do Nilo, professavam uma doutrina análoga à de Pitágoras: admitiam as vidas sucessivas da alma e rendiam a Deus o culto do espírito. (P. 57)
51. A Terra jamais viu passar um Espírito maior do que Jesus: uma serenidade celestial envolvia sua fronte, todas as perfeições uniam-se nele, existia em seu coração imensa piedade pelos humildes e deserdados. (P. 58)
52. O Sermão da Montanha condensa e resume o ensinamento de Jesus, e a lei moral mostra-se nele com todas as suas consequências. (P. 59)
53. Jesus dirigia-se tanto ao coração quanto ao espírito e é por isso que a doutrina cristã dominou todas as outras. (P. 62)
54. Em sua profunda ciência Jesus unia a potência fluídica do iniciado superior, da alma livre das paixões, na qual a vontade domina a matéria e comanda as forças sutis da Natureza. (P. 63)
55. Não podem ser postas em dúvida as aparições de Jesus após a morte: somente elas explicam a continuidade da ideia cristã, visto que após o suplício do Mestre o Cristianismo estava moralmente sepultado. (P. 63)
56. Todos os rabinos israelitas reconhecem a existência do Cristo e o Talmude fala dele nestes termos: "Na vigília da Páscoa Jesus foi crucificado por ter praticado a magia e sortilégios". (P. 64)
57. Tácito e Suetônio também mencionam o suplício de Jesus e o desenvolvimento rápido da ideia cristã. (P. 64)
58. As teorias que fazem de Jesus uma pessoa da Trindade e as que o descrevem como um ser puramente fluídico carecem de fundamento. (P. 65)
59. O reino de Deus, isto é, do Bem e da Justiça, não pode ser realizado senão com o aperfeiçoamento de todos, com o melhoramento constante dos indivíduos e das instituições. (P. 65)
60. O Catolicismo desnaturou as belas e puras doutrinas do Evangelho com suas concepções de salvação pela graça, de pecado original, de inferno e de redenção. Em todos os séculos, numerosos concílios instituíram novos dogmas, afastando-se cada vez mais dos preceitos do Cristo. (P. 66)
61. A doutrina secreta, apesar das perseguições, perpetuou-se através dos séculos, como se pode ver na Cabala, um dos monumentos mais importantes da ciência esotérica, escrita pelos iniciados judeus. (P. 69)
62. Os primeiros cristãos acreditavam na reencarnação e adotavam as evocações e as comunicações com os espíritos dos mortos. (PP. 69 e 70)
63. A reencarnação é também afirmada por Orígenes e Agostinho. (P. 71)
64. Orígenes e os Gnósticos foram condenados pelo Concílio de Constantinopla em 553; a doutrina secreta desapareceu com os seus profetas, e a Igreja pôde reinar à vontade com os seus dogmas. A partir daí foi que os padres romanos perderam a luz que o Cristo trouxe ao mundo. (P. 72)
65. O pensamento humano, após séculos de submissão e de fé cega, cansado do triste ideal de Roma, voltou-se para as doutrinas do nada. (P. 75)
66. Sob o materialismo, a consciência deve necessariamente calar-se, para dar lugar ao instinto brutal, o interesse sobrepor-se ao entusiasmo e o amor do prazer banir da alma as generosas aspirações. (P. 81)

Respostas às questões preliminares

A. Quem foi e em que época viveu Joana d´Arc?
Joana d´Arc, uma jovem de 18 anos, cristã e muito piedosa, foi uma médium notável que ouvia com frequência "vozes" do Além. Corria o século XV e a França sofria o jugo da Inglaterra, quando ela, servindo de instrumento às potências invisíveis, conduziu a nação francesa à libertação desse jugo. Presa em Ruão, foi condenada à morte e afinal executada. (Depois da Morte, capítulo V, p. 55.)
B. Os Essênios acreditavam na reencarnação?
Sim. Os Essênios, cujas colônias se estendiam até o vale do Nilo, professavam uma doutrina análoga à de Pitágoras e, portanto, admitiam as vidas sucessivas da alma e rendiam a Deus o culto do espírito. (Obra citada, cap. VI, p. 57.)
C. Qual foi o maior Espírito que já passou pela Terra?
Jesus. A Terra jamais viu passar um Espírito maior do que ele. Uma serenidade celestial envolvia sua fronte, todas as perfeições uniam-se nele e existia em seu coração imensa piedade pelos humildes e deserdados. (Obra citada, capítulo VI, p. 58.)
D. A Igreja diz que Jesus é uma das pessoas da Trindade; outros, como J. B. Roustaing, atribuem-lhe um corpo fluídico. Que diz Léon Denis sobre o assunto?
A exemplo de Allan Kardec, que igualmente refutou as duas teses, Léon Denis afirma que as teorias que fazem de Jesus uma pessoa da Trindade e as que o descrevem como um ser puramente fluídico carecem de fundamento. (Obra citada, capítulo VI, p. 65.)



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