Por que creio na imortalidade da alma
Sir Oliver Lodge
Parte 10
Damos prosseguimento
ao estudo metódico e sequencial do livro Por
que creio na imortalidade da alma, de autoria de Sir Oliver Lodge, de
acordo com a tradução feita por Francisco Klörs Werneck, publicada pela
Federação Espírita do Estado de São Paulo em 1989.
Esperamos que este
estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do
Espiritismo.
Cada parte compõe-se
de:
1) questões preliminares;
2) texto para
leitura.
As respostas
correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto
indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Como devemos agir
com relação às comunicações mediúnicas?
B. Qual é o objetivo
das mensagens espirituais?
C. Qual é, segundo
Lodge, um dos grandes méritos das comunicações mediúnicas?
Texto para leitura
118. Como já foi
dito, os fatos da personalidade múltipla demonstram que, em certas
circunstâncias excepcionais, um único corpo humano pode ser utilizado por
várias inteligências e não apenas por uma. O dono normal dele, por assim dizer,
pode ser às vezes expulso e ter o seu
lugar tomado por outros. (P. 88)
119. A personalidade
do indivíduo parece suspensa. Ela cai em transe durante certo tempo, ao passo
que seu cérebro e seu corpo permanecem em atividade e mensagens são
transmitidas a respeito de fatos desconhecidos dela, sem deixar qualquer
recordação ulterior na sua memória. (P. 89)
120. A personalidade
secundária, no médium, não é necessariamente importuna ou molesta. Pode mesmo
ser razoável e lógica, mas não é a inteligência normal do médium e a camada de
memória utilizada não é a mesma. Fatos do conhecimento de outras pessoas são
revelados. Traços pessoais e certas circunstâncias ou características fornecem
as provas de identidade do comunicante, tão desejadas pelos sobreviventes
aflitos. (P. 89)
121. Os modos de
conversão do pensamento em movimentos físicos são inúmeros e pouco importantes
para quem deles se utiliza. A mão, a laringe, os músculos do braço, os músculos
da garganta são todos fragmentos de matéria submetidos à influência mental pelo
mecanismo do cérebro e dos nervos associados. Como são postos em ação pelo
Espírito permanece um enigma, mas é impossível negar que são postos em ação.
(P. 90)
122. As mensagens
recebidas compõem um gênero diversificado. Algumas falam das experiências no
Além, do meio de vida, das dificuldades, de assuntos terrenos e muitas delas
tratam de “assuntos não verificáveis”. (PP. 90 e 91)
123. Não temos
nenhum meio de pôr à prova tais asserções ou de verificar o que há de verdade
nessas mensagens, razão pela qual é preciso considerá-las com prudência. Uma
informação constante diz que as condições do Além se assemelham muito às
condições de cá embaixo. Os Espíritos falam de flores e de animais, de pássaros
e de livros, de belezas de todas as espécies. Afirmam eles que não sabem muito
mais do que nós e que o seu caráter e a sua personalidade permanecem os mesmos,
embora também progridam, de modo lento, sem se transformarem bruscamente em
seres celestiais. (P. 91)
124. Os comunicantes
dizem ainda que as coisas ao seu redor são inteiramente sólidas e substanciais
e que agora são as velhas coisas que parecem quiméricas e evanescentes. Assim,
apenas se dão conta dos acontecimentos terrestres para auxiliar os que deles
precisam ou quando pensamos neles, porque são grandemente sensíveis à amizade e
à afeição e menos tímidos em exprimir os seus sentimentos. (P. 91)
125. Eles não
parecem achar-se em outra região do espaço, mas estão em relação íntima e
associados estreitamente com sua nova ordem de existência. A mesma faculdade
construtiva que, de forma inconsciente durante seu longo período evolutivo, é
chamada a constituir o seu antigo organismo visível, parece capaz de continuar
a sua tarefa sob condições novas e lhes dá um outro corpo ou modo de
manifestação, utilizando essa substância que aí se acha disponível e que se
pode hipoteticamente supor seja o éter. (P. 91)
126. As mensagens
espirituais representam tentativas para nos convencer e não para nos embalar,
antes para nos fazer entender que os nossos chamados desaparecidos estão sempre
ativos e vivos e que eles são tão felizes quanto lhes permitimos, porque a
nossa dor os faz sofrer. (P. 92)
127. Um dos grandes
méritos das comunicações recebidas em tais casos é o alívio e o conforto que
elas trazem aos que se acham do outro lado do véu. Nos tempos de tristeza
geral, essas mensagens são necessárias e bem numerosas e nos vêm de todas as
maneiras. (P. 93)
128. Fechando o
capítulo, Oliver Lodge conta a fábula infantil “O peixe e o pássaro”, que
retrata muito bem a questão do ceticismo e da indiferença que os chamados
sábios mantêm com relação aos fatos supranormais. (P. 94)
129. Um solitário
linguado - diz a estória - se distraía nadando em direção à margem de um lago
escocês. O acaso fez com que uma andorinha voejasse perto dele. Ao vê-la, o
peixe murmurou: “É verdade! Há seres vivos lá em cima! Sempre pensei que tal
fosse possível. Bem que se viram sombras e outros indícios...” (P. 94)
130. Quando a
andorinha passou de novo por cima dele, ele perguntou: “Quem é você? Você tem
barbatanas?” A andorinha respondeu: “Não nadamos. Voamos”. E acrescentou: “É
quase a mesma coisa, só que é mais belo, mais rápido e muito melhor”. Na sequência,
a andorinha falou-lhe de seu mundo, das coisas que ela conhecia - as árvores,
as flores, os frutos... -, coisas que o peixe não podia, evidentemente,
compreender nem explicar aos seus companheiros do lago, porque eles também não
entenderiam. (PP. 94 e 95)
Respostas às questões preliminares
A. Como devemos agir com relação às comunicações
mediúnicas?
As mensagens
recebidas falam das experiências no Além, de assuntos terrenos e muitas tratam
de “assuntos não verificáveis”. Não temos nenhum meio de pôr à prova tais
asserções ou de verificar o que há de verdade nessas mensagens, razão pela qual
é preciso considerá-las com prudência. (Por
que creio na imortalidade da alma, págs. 90 e 91.)
B. Qual é o objetivo das mensagens espirituais?
As mensagens
espirituais representam tentativas para nos convencer e não para nos embalar,
antes para nos fazer entender que os nossos chamados desaparecidos estão sempre
ativos e vivos e que eles são tão felizes quanto lhes permitimos, porque a
nossa dor os faz sofrer. (Obra citada, pág. 92.)
C. Qual é, segundo Lodge, um dos grandes méritos das
comunicações mediúnicas?
É o alívio e o
conforto que elas trazem aos que se acham do outro lado do véu. Nos tempos de
tristeza geral, essas mensagens são necessárias e bem numerosas e nos vêm de
todas as maneiras. (Obra citada, pág. 93.)
Nota:
Links que remetem aos 5 textos
anteriores:
Parte 5 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
Parte 6 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-aos-classicos-espiritas_10.html
Parte 7 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-aos-classicos-espiritas_17.html
Parte 8 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-aos-classicos-espiritas_24.html
Parte 9 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-aos-classicos-espiritas_31.html
Parte 9 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-aos-classicos-espiritas_31.html
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