Por que creio na imortalidade da alma
Sir Oliver Lodge
Parte 11 e final
Concluímos hoje o estudo
metódico e sequencial do livro Por que
creio na imortalidade da alma, de autoria de Sir Oliver Lodge, de acordo
com a tradução feita por Francisco Klörs Werneck, publicada pela Federação
Espírita do Estado de São Paulo em 1989.
Esperamos que este
estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do
Espiritismo.
Cada parte compõe-se
de:
1) questões preliminares;
2) texto para
leitura.
As respostas
correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto
indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Que é, segundo
Lodge, o cérebro e qual a sua importância?
B. Qual é o nível
evolutivo da Humanidade terrena?
C. De que depende o
destino do homem?
Texto para leitura
131. “Se eu - pensou consigo o peixe - contasse aos
outros que este peixe voador disse algo de verdade, eles zombariam de mim.” Assim
pensando, o linguado recomeçou a chafurdar o seu longo caminho até se
reinstalar no seu lodo. Sua experiência não ficou, contudo, completamente
perdida, muito embora, em certas ocasiões, quando deixava escapar algumas
palavras sobre o assunto, o desprezo dos companheiros fosse o mesmo. Ele se
sentia, no entanto, mais feliz, e só não compreendia por que o pássaro não lhe
dera maiores informações sobre a natureza do mundo de além. (PP. 94 e 95)
132. Concluindo a
obra, Lodge diz com otimismo que as vistas do homem começaram a ampliar-se de
todas as maneiras, elevando-se de sua atenção apenas sobre a Terra para a
compreensão do mundo infinito, de que a Terra é mera porção. Nessa busca,
encontrou-se por toda a parte um sistema de leis que governa o imenso e o
infinitamente pequeno, não sendo a Terra exceção. (P. 97)
133. O homem
descobriu que, assim como os nossos corpos se gastam e somos obrigados a
deixá-los na terra, nenhum objeto material é permanente e cedo ou tarde cai em
ruínas. Contudo, a alma de uma coisa não se acha na sua aparência material. O
lado material de um quadro é a tela e as cores; nada mais poderia ser
descoberto pelo microscópio, que não é capaz de detectar a sua alma, a sua significação,
a sua realidade, que desaparecem a partir do momento em que o objeto material
foi assim considerado analiticamente. (P. 97)
134. Acontece o
mesmo com nosso corpo. Quando dissecado, nenhum exame pode descobrir nele a
alma ou o Espírito. É que o Espírito utiliza e domina a matéria. Usa-a para
fins de demonstração e execução, emprega-a como um veículo de manifestação, mas
é um erro capital identificar o pensamento e a personalidade com qualquer
aglomeração de átomos. O cérebro é uma massa mole de matéria, combinada para
reagir sob a ação do pensamento, para receber e transmitir impressões, mas o
cérebro não pode ver, nem ouvir, nem imaginar. Tais coisas são devidas somente
ao Espírito, de que o cérebro é o instrumento. (P. 98)
135. Confundir o
nosso ser verdadeiro com o seu instrumento é uma imbecilidade. (P. 98)
136. Identificar a
força que anima o veículo com o próprio veículo significa tornar-nos ridículos
e fechar os olhos à realidade. Um violão ou um órgão é um instrumento, mas a
música pede um músico. Nós mesmos não somos matéria. Utilizamos a matéria e
depois a abandonamos. (P. 99)
137. Nós não estamos
destinados a morrer, não sofremos desgaste algum, temos uma existência
permanente além da vida do organismo material, herança comum da criação animal,
que é o Espírito criador e diretor que constitui verdadeiramente o nosso “eu”.
(P. 100)
138. O elemento
permanente no homem é o caráter, a vontade. É ele que determina nosso destino.
Somos superiores ao mecanismo, não somos conduzidos por ele. Não corremos sobre
trilhos como os trens, não temos leme, somos livres para escolher os nossos
caminhos. (P. 100)
139. O homem, tal
como o conhecemos, é um produto recente da evolução que não soube ainda
controlar sabiamente o seu invólucro material. Ele se engana sobre a
importância relativa das coisas, mas indivíduos inspirados asseguram que
podemos conseguir nossa salvação pelos próprios esforços. As sementes da boa
vontade já foram lançadas e, quando florirem, as gerações futuras herdarão um
paraíso terrenal digno do longo trabalho de preparação, de sofrimento e de
esforço que foram a obra das primeiras etapas. A Terra será então
verdadeiramente um corpo celestial e o Reino do Céu a nossa última recompensa.
(P. 101)
140. A humanidade
está no início de sua evolução e resta ainda muito tempo diante de nós. (P.
101)
141. Não estamos sós
no mundo. Não somos senão uma parte dos seres que lutam por condições melhores.
Um grande exército está em atividade, não para destruir, mas para a obra de
regeneração, de ajuda e de orientação e tudo isto está submetido a um Poder
Superior além da nossa imaginação, que trabalha por meio de leis, por meios
físicos e com o auxílio de agentes que não podemos conhecer ainda, mas com os
quais somos felizes em aprender. (P. 102)
142. O destino de
cada indivíduo depende dele mesmo. O destino de cada raça depende de nós e
daqueles que nos precederam. Essa condição mais feliz, que se chama Reino do
Céu, é o começo e o fim, e um dia será alcançado na Terra. (P. 102)
143. A Terra em que
vivemos é maravilhosa e bela. Cada vida terrestre tem, evidentemente, uma
importância imensa no plano geral. O nosso, o nosso grande ideal será
realizado. Um dia a humanidade se elevará até as possibilidades que ela começa
a entrever. “Ela - conclui Oliver Lodge - já produziu Platão, Shakespeare,
Newton, tais cimos de montanhas que refletem, na aurora, os raios de sol sobre
prados e vales e, quando o homem comum atingir tais altitudes, que serão os
cimos?” (P. 102)
Respostas às questões preliminares
A. Que é, segundo Lodge, o cérebro e qual a sua
importância?
O cérebro é uma
massa mole de matéria, combinada para reagir sob a ação do pensamento, para
receber e transmitir impressões, mas o cérebro não pode ver, nem ouvir, nem
imaginar. Tais coisas são devidas somente ao Espírito, de que o cérebro é o
instrumento. Confundir o nosso ser verdadeiro com o seu instrumento é uma
imbecilidade. (Por que creio na
imortalidade da alma, pág. 98.)
B. Qual é o nível evolutivo da Humanidade terrena?
A Humanidade terrena
está no início de sua evolução e resta ainda muito tempo diante de nós. Não
somos senão uma parte dos seres que lutam por condições melhores. Um grande
exército está em atividade, não para destruir, mas para a obra de regeneração,
de ajuda e de orientação e tudo isto está submetido a um Poder Superior além da
nossa imaginação, que trabalha por meio de leis, por meios físicos e com o
auxílio de agentes que não podemos conhecer ainda, mas com os quais somos
felizes em aprender. (Obra citada, págs. 101 e 102.)
C. De que depende o destino do homem?
O destino de cada
indivíduo depende dele mesmo. O destino de cada raça depende de nós e daqueles
que nos precederam. Essa condição mais feliz, que se chama Reino do Céu, é o
começo e o fim, e um dia será alcançado na Terra. (Obra citada, pág. 102.)
Nota:
Links que remetem aos 5 textos
anteriores:
Parte 6 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-aos-classicos-espiritas_10.html
Parte 7 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-aos-classicos-espiritas_17.html
Parte 8 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-aos-classicos-espiritas_24.html
Parte 9 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-aos-classicos-espiritas_31.html
Parte 10 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/04/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
Parte 9 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-aos-classicos-espiritas_31.html
Parte 10 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/04/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
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