quinta-feira, 7 de junho de 2018





Magnetismo humano e magnetismo espiritual

Este é o módulo 83 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. É possível sanear um ambiente corrompido por fluidos viciados?
2. A ação continuada e enérgica dos maus eflúvios pode produzir doenças?
3. Que diferença existe entre o magnetismo humano e o magnetismo espiritual?
4. Como André Luiz define fluido magnético?
5. Como age o fluido magnético para produzir na pessoa enferma o equilíbrio desejado?

Texto para leitura

O perispírito não fica encerrado no corpo, mas se irradia
1. Qualquer lugar pode ter seus fluidos ambientes poluídos pelas pessoas que ali se encontrem, estejam ou não encarnadas. O pensamento do indivíduo encarnado age, como o dos desencarnados, sobre os fluidos espirituais. Se o pensamento for bom, teremos fluidos saudáveis; se mau, teremos fluidos viciados.
2. A capacidade de atuação dos encarnados sobre os elementos do mundo espiritual decorre do fato de que a encarnação não os priva de sua natureza espiritual. Com a encarnação a alma conserva seu perispírito, que permanece com todas as suas qualidades e, como sabemos, não fica encerrado no corpo físico, mas se irradia em seu derredor, envolvendo-o como uma espécie de atmosfera fluídica.
3. Os fluidos corrompidos pelos maus eflúvios dos Espíritos inferiores podem ser saneados pelo afastamento destes, e isso se consegue eliminando o que constituía para eles focos de atração. O cultivo dos bons pensamentos e dos bons sentimentos transforma os fluidos ambientes em bons fluidos, que têm o poder de repelir os maus fluidos. Cada indivíduo, encarnado ou não, dispõe em seu perispírito de uma fonte fluídica permanente que pode mobilizar para operar essa renovação.
4. No tocante à viciação fluídica produzida pelos encarnados, o ambiente modifica-se do mesmo modo, observando-se o procedimento acima referido, uma vez que o cultivo de bons pensamentos e sentimentos tem a faculdade de repelir os fluidos nocivos irradiados pelos maus Espíritos, encarnados ou não.

A ação continuada dos maus eflúvios pode produzir doenças
5. Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta quanto, por sua expansão, o perispírito com eles se confunde. Intimamente ligado ao corpo físico, molécula a molécula, ao sofrer a influência desses fluidos, o perispírito reage sobre o corpo material transmitindo-lhe uma impressão salutar ou penosa, conforme os eflúvios recebidos sejam bons ou maus. 
6. A ação continuada e enérgica dos maus eflúvios pode ter repercussões sérias e até mesmo provocar o surgimento de doenças. Os ambientes onde pululam os maus Espíritos são fortemente impregnados de fluidos deletérios que afetam, de forma bastante prejudicial, a saúde dos encarnados que os absorvem através dos poros perispiríticos. 
7. Como já foi visto, o fluido universal sofre inúmeras transformações que formam, assim, uma imensa variedade de fluidos com propriedades especiais. Atuando sobre o perispírito, um desses fluidos possui recursos que possibilitam a recuperação do corpo físico. Para que esse efeito reparador se realize, faz-se preciso inocular tais fluidos no organismo combalido. A cura opera-se então pela remoção das células doentes, que são substituídas por células sadias. Ressalte-se nessa ação a importância da vontade do inoculador, a qual, quanto mais enérgica, mais abundante torna a emissão fluídica e maior poder de penetração no corpo doente lhe confere.
8. A ação desse elemento fluídico, chamado também de fluido vital ou magnético, apresenta efeitos muito variados sobre os enfermos, efeitos esses que são, às vezes, lentos, a exigir tratamento demorado, e, em outras vezes, rápidos, havendo pessoas que produzem curas instantâneas pela simples imposição das mãos ou tão somente pela força da vontade. 

A ação do fluido magnético atinge a intimidade das células
9. Conforme seja o agente responsável pela emissão magnética, teremos então a seguinte classificação:
  • Magnetismo humano, ou magnetismo propriamente dito, cuja ação, produzida pelos fluidos do encarnado (magnetizador), depende da força e principalmente da qualidade do fluido transmitido.
  • Magnetismo espiritual, produzido pelos desencarnados, cuja atuação se faz diretamente e sem intermediário sobre a pessoa enferma, e sua qualidade está ligada às qualidades do Espírito que a exerce.
  • Magnetismo misto, semiespiritual ou humano-espiritual, em que ocorre associação dos recursos fluídicos do encarnado com os dos Espíritos, que irradiam sobre o magnetizador encarnado a substância fluídica que lhes é própria e o encarnado as transmite ao enfermo juntamente com seus recursos magnéticos.
10. Tratando do assunto em seu livro Evolução em Dois Mundos, André Luiz afirma que o fluido magnético constitui por si emanação controlada de força mental sob a alavanca da vontade. E acrescenta que, reconhecida a capacidade do fluido magnético para que as criaturas se influenciem reciprocamente, fácil é perceber que com muito mais amplitude e eficiência atuará ele sobre as entidades celulares que formam o Estado Orgânico – corpo físico e corpo perispiritual –, particularmente as células sanguíneas e as histiocitárias, determinando-lhes o nível satisfatório, a migração ou a mobilidade, a fabricação de anticorpos ou, ainda, a improvisação de outros recursos combativos e imunológicos, na defesa contra as invasões bacterianas e na redução ou extinção dos processos patogênicos.
11. Toda queda moral nos seres responsáveis – explica André Luiz – opera certa lesão no hemisfério psicossomático ou perispírito, a refletir-se em desarmonia no hemisfério somático ou veículo carnal, provocando determinada causa de sofrimento. A dor é, portanto, sempre uma situação de alarme ou emergência, mais ou menos durável no império orgânico, requisitando o socorro externo da medicina do corpo ou da alma, na execução do alívio ou da cura. 
12. Pelo passe magnético, notadamente naquele que se baseie no divino manancial da prece, a vontade fortalecida no bem pode soerguer a vontade enfraquecida de outrem, para que essa vontade novamente ajustada à confiança magnetize naturalmente os milhões de agentes microscópicos a seu serviço, a fim de que o Estado Orgânico se recomponha para o equilíbrio indispensável.

Respostas às questões propostas

1. É possível sanear um ambiente corrompido por fluidos viciados? 
Sim. O cultivo dos bons pensamentos e dos bons sentimentos transforma os fluidos ambientes em bons fluidos, que têm o poder de repelir os maus fluidos. Cada indivíduo, encarnado ou não, dispõe em seu perispírito de uma fonte fluídica permanente que pode mobilizar para operar essa renovação.
2. A ação continuada e enérgica dos maus eflúvios pode produzir doenças?
Evidentemente. A ação continuada e enérgica dos maus eflúvios pode ter repercussões sérias e uma dessas consequências é o surgimento de doenças. 
3. Que diferença existe entre o magnetismo humano e o magnetismo espiritual? 
A diferença está em que o magnetismo humano decorre da ação produzida pelos fluidos de um ser encarnado, ao passo que o magnetismo espiritual resulta da ação produzida pelos desencarnados, diretamente e sem intermediário.
4. Como André Luiz define fluido magnético?
Diz André Luiz que o fluido magnético é uma emanação controlada de força mental sob a alavanca da vontade, a atuar sobre as células que formam o Estado Orgânico.
5. Como age o fluido magnético para produzir na pessoa enferma o equilíbrio desejado?
O fluido magnético age na intimidade das células com o objetivo de soerguer a vontade enfraquecida do paciente, de modo que essa vontade, novamente ajustada à confiança, magnetize naturalmente os milhões de células e o Estado Orgânico se recomponha para o equilíbrio indispensável. 

Bibliografia:
A Gênese, de Allan Kardec, cap. 14, itens 18 a 34, pp. 285 a 296.
Evolução em dois mundos, de André Luiz, 2ª parte, cap. XV, pp. 201 a 204.


Nota:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:





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