sexta-feira, 22 de junho de 2018




A Alma é Imortal

Gabriel Delanne

Parte 13

Continuamos o estudo do clássico A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne, conforme tradução de Guillon Ribeiro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este estudo sirva para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

Questões preliminares

A. Os Espíritos podem ver a si mesmos num espelho normalmente usado pelos encarnados?
B. Os pesquisadores dos fenômenos espíritas também relatam comunicações mediúnicas transmitidas por Espíritos encarnados?
C. Qual é o fenômeno que apresenta, segundo Delanne, o mais alto ponto de objetividade da ação extracorpórea do homem?

Texto para leitura

129. Kardec consigna na Revista Espírita muitos exemplos de comunicações de pessoas vivas, como a do Espírito do Dr. Vignal que, espontaneamente, deu por um médium escrevente pormenores sobre esse modo de manifestação. Descrevendo como percebia a luz, as cores e os objetos materiais, Dr. Vignal informou que não podia ver a si mesmo num espelho, sem a operação pela qual o Espírito se torna tangível, e comprovou a sua individualidade pela existência do perispírito, que - embora fluídico - tinha para ele a mesma realidade que o seu envoltório material. (Págs. 146 e 147)
130. Em outra comunicação relatada pela Revista Espírita, a srta. Indermulhe, surda e muda de nascença, consegue exprimir com clareza seus pensamentos. Por certas particularidades características que estabelecem a sua identidade, um irmão a reconheceu. Pode-se, portanto, evocar o Espírito de um cretino ou o de um alienado e convencer-se experimentalmente de que o princípio pensante, o seu Espírito, não é louco. É o corpo que se acha enfermo e não obedece por isso às volições da alma, donde dolorosa e horrível situação que constitui uma das mais temíveis provas. (Pág. 147)
131. Alexandre Aksakof também relata em sua obra acima citada numerosos casos de encarnados manifestando-se a amigos ou a estranhos pelos processos espiríticos. Eis alguns desses casos mencionados neste livro por Delanne: I) O conhecido escritor russo Wsevolod Solowiof conta que frequentemente sua mão era presa de uma influência estranha à sua vontade e, então, escrevia com extrema rapidez e clareza, mas da direita para a esquerda, de sorte a não se poder ler o escrito senão colocando-o diante de um espelho ou por transparência. II) Um dia, sua mão escreveu o nome Vera, uma prima que o avisou de que teriam um encontro no dia seguinte, no Jardim de Verão. À família, a jovem disse ter visitado seu primo em sonho e anunciado o encontro que teriam, o que efetivamente se deu. III) A srta. Sofia Swoboda, julgando estar na presença de sua professora, a sra. W..., transmitiu-lhe, sem saber, uma mensagem, no momento em que a professora tomara do lápis para tentar um contato com seu defunto marido. No dia seguinte, Sofia reconheceu não só a sua caligrafia como o assunto que ficou registrado na mensagem psicografada pela professora. (Págs. 147 a 149)
132. Exemplos de Espíritos de pessoas vivas manifestando-se pela incorporação são referidos pela conhecida escritora Hardinge Britten e pelo sr. Damiani. (Pág. 151)
133. Conta a sra. Britten que, numa sessão realizada em casa do sr. Cuttler, em 1853, um médium feminino pôs-se a falar em alemão, embora ignorasse completamente esse idioma. A individualidade que por ela se manifestava dizia-se mãe da srta. Brant, jovem alemã que se achava presente. Passado algum tempo, um amigo da família, vindo da Alemanha, trouxe a notícia de que a sra. Brant, após prolongado sono letárgico decorrente de séria enfermidade, declarara, ao despertar, ter estado com a filha num aposento espaçoso, na América. (Pág. 151)
134. O sr. Damiani diz, a seu turno, que nas sessões da baronesa Cerrapica, em Nápoles, receberam-se muitas vezes comunicações provindas de pessoas vivas, como se deu com o Dr. Nehrer, que vivia na Hungria e se comunicou com ele por intermédio da baronesa. (Págs. 151 e 152)
135. O capítulo é encerrado com o relato de vários casos de materializações de duplos de pessoas vivas, fenômeno esse que apresenta, segundo Delanne, o mais alto ponto de objetividade da ação extracorpórea do homem, visto que se traduz por efeitos intelectuais, físicos e plásticos. (Pág. 152)
136. Eis alguns dos casos relatados por Delanne: I) Nas experiências realizadas em presença do prof. Mapes, este pôde comprovar o desdobramento do braço e das mangas do médium. II) Diz o sr. Cox que, enquanto uma corrente elétrica permanecia jungida ao médium, uma forma humana completa foi vista por todos: era a forma da sra. Fay, integral, com sua cabeleira, seu porte, seu vestido de seda azul, seus braços nus até ao cotovelo, adornados com braceletes de finas pérolas. III) Nas experiências feitas com Eusápia Paladino foi possível comprovar-se materialmente o seu desdobramento. (Págs. 152 a 154)
137. A par das narrativas dos sonâmbulos e dos videntes, as comunicações dos Espíritos, confirmadas pelas fotografias e pelas materializações de vivos e de desencarnados, atestam que a alma tem sempre uma forma fluídica. (Pág. 155) (Continua no próximo número.)

Respostas às questões preliminares

A. Os Espíritos podem ver a si mesmos num espelho normalmente usado pelos encarnados?
Não. Conforme Kardec consignou na Revista Espírita, o Espírito do Dr. Vignal informou que não podia ver a si mesmo num espelho, sem a operação pela qual o Espírito se torna tangível. (A Alma é Imortal, págs. 146 e 147.)
B. Os pesquisadores dos fenômenos espíritas também relatam comunicações mediúnicas transmitidas por Espíritos encarnados?
Sim. O fato foi relatado por diversos pesquisadores, a exemplo de Alexandre Aksakof, Hardinge Britten e o Sr. Damiani. (Obra citada, págs. 147 a 152.)
C. Qual é o fenômeno que apresenta, segundo Delanne, o mais alto ponto de objetividade da ação extracorpórea do homem?
É o chamado fenômeno de materialização do duplo de pessoas vivas, o qual, na opinião de Delanne, apresenta o mais alto ponto de objetividade da ação extracorpórea do homem, visto que se traduz por efeitos intelectuais, físicos e plásticos. (Obra citada, págs. 152 a 155.)

Nota:
Eis os links que remetem aos três últimos textos:




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