Saber e fazer: bases para uma sociedade melhor
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Bom dia!
Você sabe a diferença entre saber e
fazer? Recebi, há dias, um vídeo de entrevista gravada com o filósofo e
educador Mário Sérgio Cortella, na qual ele nos recomenda a prática de dois
princípios de generosidade mental e de humildade intelectual: 1º) Quem sabe,
reparte; 2º) Quem não sabe, procura (Disponível em: www.pensador.com/
autor/mario_sergio_cortella).
Infelizmente, o que se vê por aí, em
especial nos ambientes de trabalho, nos quais impera o desejo de ascensão sobre
os demais colegas, quem sabe oculta suas fontes de informação. Já quem não sabe
acomoda-se na ignorância.
Precisamos aprender uma coisa: tudo que
pensamos e falamos resulta de ideias coletivas. A única coisa que nos
diferencia é o que fazemos dessas ideias. Se forem boas, os resultados de nossa
prática serão promissores, se más, as consequências serão danosas. É a lei de
ação e reação, que, antes mesmo de serem reafirmadas pelo Cristo, os profetas e
filósofos da antiguidade nos ensinavam. Pena que, nem sempre, a aplicavam ao
que faziam, exceto Jesus.
Coisa típica de ditadores e maus
governantes...
É por isso que profetas como João
Batista, o qual possuía profundos conhecimentos das leis divinas e as pregava
ao povo da Galileia, mesmo sendo admirado pela sua coerência entre o dizer e o fazer, acabou com a cabeça cortada
e entregue a Herodes numa bandeja. João fora Elias, profeta reencarnado que,
após provar, em vida anterior, a 450 profetas seguidores do deus Baal que
somente Jeová era o Deus único, mandou degolá-los (I Reis, 19:22- 40).
A Lei Divina, sempre presente em nossa
consciência, é justa. Embora o amor cubra a multidão de nossos pecados e Saint
Exupéry nos tenha dito que nos tornamos sempre responsáveis por aquilo que
cativamos, também o somos pelo que destruímos ou escolhemos mal. Daí a vantagem
da prática sobre a teoria moral presente apenas nos lábios ou no papel.
Diz ainda Mário Sérgio, no citado site,
o seguinte, que nos faz refletir sobre o saber e o fazer: “As famílias
confundem escolarização com educação. É preciso lembrar que a escolarização é
apenas uma parte da educação. Educar é tarefa da família”.
Ora, se a educação começa de casa, e na
escola somos instruídos, que é necessário saber
para fazer uma sociedade melhor? Se, em casa, nossos pais ou responsáveis
devem compartilhar conosco a melhor educação, a escola deve dar-nos a melhor
instrução.
Por fim, a frase que considero
primorosa metáfora de Cortella: “Se não quiser uma cidade suja, não deposite
lixo na urna”.
Ou seja, a educação transmitida no lar,
aliada à boa escolarização, que a família deve esforçar-se em nos proporcionar,
ajudar-nos-ão a fazer um novo país, livre dos maus políticos e administradores
corruptos. Nossa grande aliada é a internet, vigiada pelos pais que têm na
ética os princípios basilares para a melhoria moral e material de nossa
sociedade.
Por fim, que nossa procura do
conhecimento, antes das novas eleições, tenha por base a criteriosa escolha de
quem reparte o que sabe. Sobretudo, porém, que esse saber não seja baseado em
mentiras e, sim, em atitudes que provem sua honestidade e competência. Para
tal, temos quatro meses pela frente, que se escoarão rapidamente e não nos
perdoarão a omissão e a desinformação, nos próximos quatro anos, até que venha
a próxima Copa do Mundo e...
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