Da série de erros frequentes no uso do idioma
português, eis mais cinco casos:
1. É bem intenso o ritmo na cidade grande, onde
diz-se que tempo é dinheiro.
O correto: É
bem intenso o ritmo na cidade grande, onde se diz que tempo é dinheiro.
Explicação: O vocábulo onde atrai o pronome
oblíquo “se”, determinando a próclise.
2. O que significa isso, meu amigo?
O correto: Que
significa isso, meu amigo?
Explicação: O vocábulo “o” empregado na frase não
tem função sintática nenhuma e, portanto, seu uso não se justifica.
Se a oração for afirmativa (O que é o Espiritismo;
o que é evangelização; o que é ética), o vocábulo “o” não apenas é cabível, mas
necessário. Trata-se um pronome demonstrativo, não um artigo definido.
3. Caro colega, embora tenha prometido-lhe ir,
informo que não posso.
O correto: Caro
colega, embora lhe tenha prometido ir, informo que não posso.
Explicação: A conjunção subordinativa “embora” atrai
o pronome “lhe”, determinando a próclise. Além disso, muitos gramáticos
entendem que não cabe ênclise em se tratando de particípio.
4. Não sei se o vestido serve, porquê é bem curto.
O correto: Não
sei se o vestido serve, porque é bem curto.
Explicação: Quando na função de conjunção, o
vocábulo porque não leva acento gráfico. O acento só cabe quando a função é de
substantivo: “Não sei o porquê disso”.
5. Porque você jamais me escreve?
O correto: Por
que você jamais me escreve?
Explicação: Na oração interrogativa usa-se “por
que”, que equivale à expressão “por que motivo”. O vocábulo “porque” é uma
conjunção e estaria bem aplicado se, em resposta à pergunta transcrita neste
exemplo, a pessoa escrevesse: “Jamais lhe escrevi porque não tinha seu endereço”.
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