quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Missionários da Luz

André Luiz

Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar. Serão ao todo 960 questões objetivas distribuídas em 120 partes, cada qual com oito perguntas e respostas.
Os textos são publicados neste blog sempre às quartas-feiras.
Damos prosseguimento hoje ao estudo do livro Missionários da Luz, obra psicografada pelo médium Chico Xavier.

Parte 7

49. Como entender o sexo e como deve ele ser exercido?
A manifestação sexual evolui com o ser. Entre as criaturas que se encaminham aos montes de elevação, a união sexual traduz a permuta das energias perispirituais, simbolizando alimento divino para a inteligência e o coração e força criadora não somente de filhos carnais, mas também de obras e realizações generosas da alma para a vida eterna. Se substituirmos as palavras "união sexual" por "união de qualidades", veremos que toda a vida universal se baseia nesse divino fenômeno, cuja causa reside no próprio Deus. Essa "união de qualidades" entre os astros chama-se magnetismo planetário de atração, entre as almas denomina-se amor, entre os elementos químicos é conhecida por afinidade. A paternidade e a maternidade são tarefas sublimes, mas não representam os únicos serviços divinos no setor da Criação infinita. Há fecundações físicas e fecundações psíquicas. Umas referem-se às formas. As segundas efetuam-se nos resplandecentes domínios da alma. É por isso que é lamentável que a maioria dos homens tenha menosprezado as faculdades criativas do sexo, desviando-as para o vórtice dos prazeres inferiores. O uso do sexo é uma lei natural na esfera dos encarnados, mas é preciso que seja exercido, como todas as leis naturais, sobre as bases da lei universal do bem e da ordem. As uniões sexuais que se efetuem a distância desses imperativos transformam-se em causas geradoras de sofrimento e perturbação. O sexo, na existência humana, pode ser um dos instrumentos do amor, sem que o amor seja o sexo. É por isso que os homens e mulheres, cujas almas se vão libertando dos cativeiros da forma física, escapam gradativamente do império absoluto das sensações carnais, porque aprendem a trocar os valores divinos da alma entre si, alimentando-se reciprocamente, através de permutas magnéticas, não menos valiosas para os setores da Criação Infinita. Para tais pessoas, a união reconfortadora e sublime não se acha circunscrita à emotividade de alguns minutos, mas constitui a integração de alma com alma, através da vida inteira, no campo da Espiritualidade Superior. (Missionários da Luz, cap. 13, págs. 198 a 203.)
50. O lar estruturado em bases retas goza de alguma proteção especial?
Sim. Ele tem o concurso de testemunhas respeitosas que lhe garantem a privacidade dos atos mais íntimos, mas não ocorre a mesma coisa nas moradias cujos proprietários escolhem baixas testemunhas espirituais, buscando-as em zonas inferiores. A esposa infiel aos princípios nobres da vida em comum e o esposo que põe sua casa em ligação com o meretrício não devem esperar que seus atos afetivos permaneçam coroados de veneração e santidade. Suas relações mais íntimas têm a participação das desvairadas testemunhas que escolheram. Tornam-se vítimas inconscientes de grupos perversos, que lhes partilham as emoções de natureza fisiológica, induzindo-as à mais dolorosa viciação, seja qual for a posição social que desfrutem. (Obra citada, cap. 13, págs. 203 a 209.)
51. Que ocorre ao corpo perispiritual do reencarnante antes do início do processo reencarnatório?
À medida que a ligação fluídica do reencarnante com os futuros pais se intensifica, ele vai perdendo os pontos de contato com os veículos que consolidou na esfera espiritual, para que o organismo perispiritual possa retomar a plasticidade característica. É necessário desfazer-se de determinados elementos dos círculos da vida espiritual, para poder penetrar com êxito a corrente da vida carnal. Em seguida, inicia-se a redução da forma perispiritual, uma operação que não é curta nem simples e requer o esforço dos protetores espirituais para que a redução se efetue. (Obra citada, cap. 13, págs. 210 a 215.)
52. Que é que a criança, tendo em vista a lei da hereditariedade, herda dos pais?
O organismo dos nascituros provém do corpo dos pais, mas a criatura herda tendências e não qualidades. As primeiras cercam o homem que renasce, desde os primeiros dias de luta, não só em seu corpo transitório, mas também no ambiente geral a que foi chamado a viver, aprimorando-se. As segundas resultam do labor individual da alma encarnada, na defesa, educação e aperfeiçoamento de si mesma. Se o Espírito reencarnado estima as tendências inferiores, desenvolvê-las-ás, ao reencontrá-las dentro do novo quadro de experiências humanas. Assim, ninguém se pode queixar de forças destruidoras ou de circunstâncias asfixiantes, em se referindo ao círculo onde renasceu. Haverá sempre, dentro de nós, a luz da liberdade íntima indicando-nos a ascensão. Praticando a subida espiritual, melhoraremos sempre. Esta é a lei. (Obra citada, cap. 13, págs. 217 a 220.)
53. Que vinculação existe entre o sangue e o corpo perispiritual?
O corpo humano tem as suas atividades propriamente vegetativas, mas o corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. O sangue, portanto, é como se fora o fluido divino que nos fixa as atividades no campo material e, em seu fluxo e refluxo incessantes, na organização fisiológica, nos fornece o símbolo do eterno movimento das forças sublimes da Criação Infinita. Quando sua circulação deixa de ser livre, surge o desequilíbrio ou enfermidade e, se surgem obstáculos que impedem seu movimento, de maneira absoluta, então sobrevém a extinção do tônus vital, no campo físico, ao qual se segue a morte. (Obra citada, cap. 13, págs. 220 a 222.)
54. O programa reencarnatório estabelece para o reencarnante uma espécie de destino?
Não. Não podemos confundir plano construtivo com fatalismo. A criatura renasce com independência relativa e, por vezes, subordinada a certas condições mais ásperas, mas esse imperativo não suprime, em caso algum, o impulso livre da alma, no sentido de elevação, estacionamento ou queda em situações mais baixas. Há um programa de tarefas edificantes a serem cumpridas por aquele que reencarna. Este pode melhorar essa cota de valores, ultrapassando a previsão superior, pelo esforço próprio intensivo, ou distanciar-se dela, enterrando-se ainda mais nos débitos para com o próximo, menosprezando as oportunidades que lhe foram conferidas. (Obra citada, cap. 13, págs. 223 a 228.)
55. No processo reencarnatório de Segismundo, os protetores espirituais tiveram algum papel relevante?
Sim. O instrutor Alexandre dirigiu os serviços graves da ligação primordial e, após identificar o espermatozoide mais apto, fixou nele o seu potencial magnético, ajudando-o a desembaraçar-se dos companheiros, para que fosse o primeiro a penetrar na célula feminina. O elemento focalizado por ele ganhou, então, nova energia e avançou rapidamente na direção de seu alvo. Consumada a união entre o óvulo e o espermatozoide, Alexandre tocou a pequenina forma com a destra, mantendo-se no serviço de divisão da cromatina. Em seguida, ajustou a forma reduzida de Segismundo, que se interpenetrava com o organismo perispiritual de Raquel, sobre aquele microscópico globo de luz, impregnado de vida. Aquela vida latente começou, então, a movimentar-se. Eram decorridos 15 minutos desde o instante em que o elemento ativo ganhara o núcleo do óvulo. Depois de prolongada aplicação magnética, secundada pelos Espíritos Construtores, Alexandre declarou terminada a operação inicial de ligação. (Obra citada, cap. 13, págs. 228 a 233.)
56. No desenvolvimento embrionário qual é a função do corpo perispiritual?
Em seu desenvolvimento embrionário, o futuro corpo de um homem não pode ser distinto da formação do réptil ou do pássaro. O que opera a diferenciação da forma é o valor evolutivo, contido no molde perispiritual. Depois da forma microscópica da ameba, surgirão no processo fetal os sinais da era aquática de nossa evolução e, assim por diante, todos os períodos de transição ou estações de progresso que a criatura já transpôs na jornada incessante do aperfeiçoamento. (Obra citada, cap. 13, págs. 233 a 235.)


Observação:
Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/02/missionarios-daluz-andre-luiz-estamos.html





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