Até que a justiça divina aja
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
O
Espírito Manoel Philomeno de Miranda informa-nos que o Espírito decaído que se
tornaria o novo soberano, numa das regiões trevosas da espiritualidade,
ironizando o código búdico das quatro nobres verdades, propôs seu
programa de domínio espiritual intitulado as quatro legítimas verdades:
primeira:
"o homem é um animal sexual que se compraz no prazer" e, portanto,
"deve ser estimulado ao máximo, até a exaustão", após o que, deve ser
levado "aos abusos, às aberrações";
segunda:
"o narcisismo é filho predileto do egoísmo e pai do orgulho, da vaidade,
inerentes ao ser humano"; deve-se, portanto, estimular a "presunção,
nas modernas escolas do Espiritualismo, ensejando a fascinação";
terceira:
"o poder tem prevalência na natureza humana", por ser
"remanescente dos instintos agressivos, dominadores e arbitrários";
quarta:
"o dinheiro, que compra vidas e escraviza almas, será outro excelente
recurso decisivo. [...] o conforto amolenta o caráter, desestimula os
sacrifícios" (FRANCO, 2011, p. 89- 90).
Sintetizando,
o soberano das trevas, propõe seu programa de combate a Deus, a Jesus e
seus irmãos, que ainda lutamos para sair da infância espiritual, baseado em
quatro fraquezas humanas: luxúria, narcisismo, poder e riqueza. Começo a
análise pela quarta fraqueza.
Deus
é Amor. Ninguém é tão bom quanto Deus, já dizia Jesus ao jovem que o chamara de
bom Mestre e lhe perguntara que fazer para alcançar a vida eterna.
—
Por que me chamas bom? Não há bom, senão um só que é Deus (Mateus, 19: 17).
Ao
lhe ser dito em seguida, pelo Mestre, que guardasse os
mandamentos, o jovem, que era rico, pergunta a Jesus: — Quais?
O
Mestre cita-lhe, em síntese, os Dez
Mandamentos; e o jovem afirma-lhe que, desde a mocidade, vinha guardando esses
mandamentos. E torna a perguntar: — Que me falta ainda?
Então
Jesus propõe-lhe algo que, até hoje, parece absurdo à maioria das criaturas da
Terra:
—
Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-os aos pobres e terás um
tesouro no Céu. Depois, vem e segue-me.
Ouvindo
essas palavras, o moço saiu pesaroso, pois possuía muitos bens. E foi então que
Jesus comentou ser muito difícil, a quem ama as riquezas da Terra, matéria
efêmera, possuir os tesouros do Céu, destinados ao espírito eterno, onde
"as traças não roem, a ferrugem não consome e o ladrão não rouba" (Mateus,
6: 19, 20).
O
apego à riqueza adiou o alcance da "vida eterna" ou "reino de
Deus" por aquele jovem, ainda que estivesse bem-intencionado. Nas próximas
crônicas, falarei sobre a luxúria, o narcisismo e o poder.
Referências:
BÍBLIA
SAGRADA. Tradução de João Ferreira de Almeida. 4. ed. Barueri, SP: 2011.
BÍBLIA
DE JERUSALÉM. Diversos tradutores. 3. imp. São Paulo: Paulus, 2004.
FRANCO,
Divaldo Pereira. Trilhas da Libertação. Pelo Espírito Manoel Philomeno
de Miranda. 10. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2011.
Como consultar
as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique
neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário