Libertação
André Luiz
Parte 1
Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma
dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada
Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos cinco primeiros livros da Série,
iniciamos nesta data o estudo da obra Libertação,
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente
em 1949 pela Federação Espírita Brasileira.
Eis as questões de hoje:
1. Como
Emmanuel, no prefácio do livro, descreve o esforço de André ao escrevê-lo?
Depois de contar a lenda do peixinho vermelho, Emmanuel diz
que o esforço de André Luiz, ao escrever mais este livro, é semelhante ao do
peixinho vermelho. Buscando acender luz nas trevas, retorna ele aos recôncavos
da Crosta terrestre para anunciar aos antigos companheiros que, além dos
cubículos em que se movimentam, resplandece outra vida, mais intensa e mais
bela, exigindo, porém, acurado aprimoramento individual para a travessia da
estreita passagem de acesso às claridades da sublimação. Ele fala, informa,
prepara, esclarece, mas há muitas pessoas que sorriem e passam, entre a
mordacidade e a indiferença, na espera de um paraíso gratuito depois da morte
do corpo. (Libertação, prefácio de
Emmanuel, pp. 11 e 12.)
2. Que fator é
indispensável no trabalho em benefício dos irmãos infelizes?
Os que se dispõem a trabalhar em benefício dos irmãos
infelizes não podem utilizar as mesmas armas, sob pena de se precipitarem no
baixo nível deles. "A severidade pertencerá ao que instrui, mas o amor é o
companheiro daquele que serve", asseverou o Ministro Flácus. (Obra citada,
cap. I, pp. 13 e 14.)
3. De que necessita
nosso planeta para progredir realmente?
Nosso mundo reclama, diz o Ministro Flácus, não apenas
"a presença daqueles que ensinam o bem, mas principalmente daqueles que o
praticam". "Cristo não brilha apenas pelo ensino sublimado.
Resplandece na demonstração." (Obra citada, cap. I, pp. 15 e 16.)
4. Há quanto
tempo o Espírito humano lida com a razão?
Segundo o ministro Flácus, há precisamente quarenta mil anos
que o Espírito humano lida com a razão. Curiosamente, com o mesmo furioso
ímpeto com que o homem de Neandertal aniquilava o companheiro a golpes de sílex,
o homem da atualidade extermina o próprio irmão a tiros de fuzil. (Obra citada,
cap. I, pp. 17 e 18.)
5. É correto
afirmar que um mundo espiritual atormentado nos cerca?
Sim. A inteligência corporificada no círculo humano
demora-se em transitória região, que é adaptada às suas exigências de progresso
e aperfeiçoamento. Entretanto, nesse mesmo espaço, alonga-se a matéria noutros
estados, e, nesses outros estados, a mente desencarnada, em viagem para o conhecimento
e para a virtude, radica-se na esfera física, buscando dominá-la e absorvê-la,
estabelecendo gigantesca luta de pensamento que ao homem comum não é dado
calcular. Frustrados em suas aspirações de vaidoso domínio no domicílio
celestial, homens e mulheres de todos os climas e de todas as civilizações,
depois da morte, esbarram nessa região em que se prolongam as atividades
terrenas e elegem o instinto de soberania sobre a Terra por única felicidade
digna do impulso de conquistar. "Um reino espiritual, dividido e
atormentado, cerca a experiência humana, em todas as direções, intentando
dilatar o domínio permanente da tirania e da força", concluiu o Ministro
Flácus. (Obra citada, cap. I, pp. 18 e 19)
6. Como os
instrutores espirituais definem o inferno?
O inferno é um problema de direção espiritual. Satã é a
inteligência perversa; o mal é o desperdício do tempo ou o emprego da energia
em sentido contrário aos propósitos do Senhor, enquanto que o sofrimento é
reparação ou ensinamento renovador. (Obra citada, cap. I, pp. 20 a 22.)
7. Como funciona
a justiça divina?
A justiça divina funciona através da injustiça aparente, até
que o amor nasça e redima os que se condenaram a longas e dolorosas sentenças
diante da Lei. Homens perversos, calculistas, delituosos e inconsequentes são
vigiados por gênios da mesma natureza, que se afinam com as tendências de que
são portadores. Jamais faltou proteção do Céu contra os tormentos que as almas
endurecidas e ingratas semearam na Terra; no entanto, seria ilógico e absurdo
designar um anjo para custodiar criminosos. (Obra citada, cap. I, pp. 22 e 23.)
8. A obra de
regeneração da Humanidade depende fundamentalmente de quê?
Do nosso esforço pessoal no bem, sem o qual a obra
regenerativa será adiada indefinidamente. Compreendamos assim como precioso e
indispensável o nosso concurso fraterno, para que irmãos nossos, hoje
impermeáveis no mal, se convertam aos Desígnios Divinos, aprendendo a utilizar
os poderes da luz potencial de que são detentores. Sem polarizar as energias da
alma na direção divina, todo programa de redenção é um conjunto de palavras que
pecam pela improbabilidade flagrante. (Obra citada, cap. I, pp. 24 e 25.)
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