sábado, 4 de julho de 2020



Três pilares da educação segundo Sebastião

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Desde os cinco anos de idade, recordo-me destes ensinos do meu pai: a primeira coisa é nunca mentir, seja o que for que tenha feito. —Assuma seus atos, mesmo sabendo que será advertido... A mentira tem pernas curtas, repetia ele, por fim, esse refrão popular.
Ao longo da vida, eu procuro seguir seu conselho onde quer que esteja. Relembro a história que narrei, tempos atrás. O pai dizia para seu filho jamais mentir, pois isso era feio. Minutos depois, estando esse senhor ocupado com um trabalho em seu lar, o telefone tocou, e o menino foi logo atender. Em seguida, voltou e disse ao pai: — É para o senhor...
Esquecido das recomendações dadas, há pouco tempo, o pai disse-lhe baixinho: — Diga que não estou.
Isso faz-me relembrar, também, a recomendação de um coronel do Exército, na unidade militar em que servi, na época de soldado, no Rio de Janeiro: — Nunca digam: façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço. Ao contrário, recomendem: façam o que eu digo, mas principalmente o que eu faço.
Mentir é um defeito feio e desonesto, que aprendi com seu Sebastião a jamais ter. A não ser que isso seja necessário e plenamente justificado, como ato de caridade visando a salvar uma reputação ou mesmo a vida de alguém. Ainda assim, é sempre importante avaliar antes se o adiamento da verdade justifica tal atitude. No momento certo, porém, a verdade deve sempre prevalecer. Fora disso, a mentira com a intenção de se beneficiar com algo que não temos ou com o que não somos é injustificável.
Esse foi o primeiro pilar da educação de papai, o seu Sebastião. O segundo foi o de que devemos ser sempre honestos. No direito, existe uma teoria denominada “teoria da insignificância”. Com base nela, um juiz pode absolver o acusado de ato cometido. O outro motivo judicial para não condenar alguém é o “roubo famélico”. A pessoa rouba um alimento para não adoecer ou morrer de fome. Meu pai, entretanto, embora fôssemos muito pobres, recomendava-nos sempre ser honestos. Nas mínimas coisas. Se ao comprar um pão, o padeiro errasse o troco, em qualquer valor, para mais, deveríamos restituir a diferença imediatamente.    
O último pilar inesquecível de seu Sebastião é este: a lei da reencarnação é a única que confirma a Justiça Divina. — Como explicar tanta desigualdade, na Terra, sem que haja um Deus justo, questionava? Como explicar que uns nasçam ricos, com acesso a tudo de material que desejem, ao passo que outros nasçam debaixo de uma ponte, nus e alimentando-se com as migalhas que passantes piedosos lhes atirem? Que tantos nasçam perfeitos, enquanto outros nasçam deficientes? Pessoas que, desde a infância demonstram uma inteligência muito acima do normal e outras cuja capacidade intelectual seja muito baixa? Crianças muito bondosas, desde os primeiros anos de seu nascimento, e outras, já com tendência ao mal nessa fase da vida. Sem a reencarnação, essas e outras diferenças não se justificariam.
Por nunca duvidar das palavras do seu Sebastião, busco sempre pautar minha vida com base nestes três pilares: verdade, honestidade e justiça da reencarnação. Com isso, busco sempre aprender para melhor servir e servir para vir a ser melhor. Sem isso, haja dor de cotovelo, dor de consciência e falta de coerência...




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