Três pilares da educação segundo Sebastião
JORGE LEITE DE
OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Desde os cinco anos de idade,
recordo-me destes ensinos do meu pai: a primeira coisa é nunca mentir, seja o
que for que tenha feito. —Assuma seus atos, mesmo sabendo que será advertido...
A mentira tem pernas curtas, repetia ele, por fim, esse refrão popular.
Ao longo da vida, eu procuro seguir seu
conselho onde quer que esteja. Relembro a história que narrei, tempos atrás. O
pai dizia para seu filho jamais mentir, pois isso era feio. Minutos depois, estando
esse senhor ocupado com um trabalho em seu lar, o telefone tocou, e o menino
foi logo atender. Em seguida, voltou e disse ao pai: — É para o senhor...
Esquecido das recomendações dadas, há
pouco tempo, o pai disse-lhe baixinho: — Diga que não estou.
Isso faz-me relembrar, também, a
recomendação de um coronel do Exército, na unidade militar em que servi, na
época de soldado, no Rio de Janeiro: — Nunca digam: façam o que eu digo,
mas não façam o que eu faço. Ao contrário, recomendem: façam o que eu
digo, mas principalmente o que eu faço.
Mentir é um defeito feio e desonesto,
que aprendi com seu Sebastião a jamais ter. A não ser que isso seja necessário
e plenamente justificado, como ato de caridade visando a salvar uma reputação
ou mesmo a vida de alguém. Ainda assim, é sempre importante avaliar antes se o
adiamento da verdade justifica tal atitude. No momento certo, porém, a verdade
deve sempre prevalecer. Fora disso, a mentira com a intenção de se beneficiar
com algo que não temos ou com o que não somos é injustificável.
Esse foi o primeiro pilar da educação
de papai, o seu Sebastião. O segundo foi o de que devemos ser sempre honestos.
No direito, existe uma teoria denominada “teoria da insignificância”. Com base
nela, um juiz pode absolver o acusado de ato cometido. O outro motivo judicial
para não condenar alguém é o “roubo famélico”. A pessoa rouba um alimento para
não adoecer ou morrer de fome. Meu pai, entretanto, embora fôssemos muito
pobres, recomendava-nos sempre ser honestos. Nas mínimas coisas. Se ao comprar
um pão, o padeiro errasse o troco, em qualquer valor, para mais, deveríamos
restituir a diferença imediatamente.
O último pilar inesquecível de seu
Sebastião é este: a lei da reencarnação é a única que confirma a Justiça Divina.
— Como explicar tanta desigualdade, na Terra, sem que haja um Deus justo, questionava?
Como explicar que uns nasçam ricos, com acesso a tudo de material que desejem,
ao passo que outros nasçam debaixo de uma ponte, nus e alimentando-se com as
migalhas que passantes piedosos lhes atirem? Que tantos nasçam perfeitos,
enquanto outros nasçam deficientes? Pessoas que, desde a infância demonstram
uma inteligência muito acima do normal e outras cuja capacidade intelectual
seja muito baixa? Crianças muito bondosas, desde os primeiros anos de seu
nascimento, e outras, já com tendência ao mal nessa fase da vida. Sem a
reencarnação, essas e outras diferenças não se justificariam.
Por nunca duvidar das palavras do seu
Sebastião, busco sempre pautar minha vida com base nestes três pilares:
verdade, honestidade e justiça da reencarnação. Com isso, busco sempre aprender
para melhor servir e servir para vir a ser melhor. Sem isso, haja dor de
cotovelo, dor de consciência e falta de coerência...
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Parabéns!
ResponderExcluirTexto excelente e de fácil compreensão.
Muito bom! todos deveríamos seguir esses pilares do seu Sebastião!
ResponderExcluirObrigado, amigos. Que Deus os abençoe.
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