quarta-feira, 8 de julho de 2020


No Mundo Maior

André Luiz

Parte 10 e final

Nesta data concluímos o estudo do livro No Mundo Maior, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, publicada em 1947 pela Federação Espírita Brasileira.
Na próxima semana iniciaremos o estudo do livro Libertação, de André Luiz, sexta obra da série que estamos estudando às quartas-feiras.
Eis as questões de hoje:

73. Qual foi a reação do avô ao saber que aquele era seu querido neto?
A emoção de ambos foi indescritível. Tornando mentalmente a cenários da infância longínqua, André sentira-se novamente menino e, vencendo de um salto o espaço que o separava do avô, ajoelhou-se aos seus pés, cobriu-lhe as mãos de beijos e perguntou: "Vovô Cláudio, pois o senhor não me conhece mais?" E ante o olhar dos circunstantes, que gritavam, André – amparado por Calderaro, que também enxugava lágrimas discretas – sustentou o avô nos braços, como se transportasse, louco de alegria, precioso fardo que lhe era doce e leve ao coração. (No Mundo Maior, cap. 18, pp. 233 a 235.)
74. Em casos como o de Cláudio a reencarnação é importante no tratamento?
Sem dúvida. Cláudio, que tinha imenso remorso pelo que fizera a uma irmã de nome Ismênia, precisava de tratamento e de cuidados, e era impossível prever quando teria condições de respirar atmosfera mais elevada. A conclusão a que chegaram os protetores era que o enfermo, para melhorar com mais rapidez e eficiência, deveria retornar à experiência carnal, o que mostra como a reencarnação é importante para a recuperação dos indivíduos. (Obra citada, cap. 19, pp. 236 e 237.)
75. Para a recuperação de Cláudio dois pontos eram essenciais. Quais eram eles?
O primeiro, a necessidade da reaproximação com Ismênia, a irmã que ele abandonara à miséria em sua última existência; o segundo, o imperativo da pobreza extrema, com trabalho intensivo, para que pudesse reeducar as próprias aspirações. (Obra citada, cap. 19, pp. 238 e 239.)
76. Ao ver Cláudio, a jovem Ismênia o reconheceu desde logo?
Não. Ela sabia que tivera um irmão que a expulsara de casa, mas não o reconheceu. Foi preciso que Cipriana, cingindo-lhe os lobos frontais com as mãos, a envolvesse em abundantes irradiações magnéticas, insistindo em que ela revisse o passado, para poderem assim servir à Obra Divina. Aí, sim, ela lembrou-se do ocorrido. (Obra citada, cap. 19, pp. 242 a 244.)
77. Ismênia perdoou o que Cláudio lhe fizera?
Inicialmente, não. Ao lembrar-se dos fatos, algo de anormal sucedeu em sua mente, porque seus olhos, antes doces e tranquilos, tornaram-se dilatados e inquietos. Ela tentou recuar ante a súplica de Cláudio, mas a energia de Cipriana a conteve. O ancião relatou-lhe suas faltas e sofrimentos e, mais lúcido e contente, disse do conforto que a reaproximação com ela lhe conferia. Ismênia conservou-o muito tempo junto ao peito, mostrando sua imensa ternura, dedicação e entendimento sem limites. Ela, com esse gesto, perdoava-lhe a atitude infeliz. (Obra citada, cap. 19, pp. 242 a 244.)
78. Em que consistia o Lar de Cipriana?
A casa socorrista, situada nas zonas inferiores, parecia grande centro de trabalho como os da crosta. A maioria dos trabalhadores que ali se agitavam não eram portadores de luminosa expressão, mas típicas personalidades humanas em processo regenerador. Com exceção de Cipriana e de seus assessores diretos, a comunidade era formada por pessoas evidentemente inferiores: homens e mulheres análogos, no aspecto, aos que povoam os círculos carnais. Cipriana havia idealizado e concretizado aquele reduto de restauração espiritual, valendo-se dos próprios irmãos sofredores e perturbados que vagueavam nas regiões circunvizinhas. Ela não residia ali, mas era naquele local que passava grande parte do tempo que consagrava ao seu ministério santificante nas esferas de baixo nível de evolução. A casa era importante escola de reajustamento anímico, de autorreconhecimento e de preparação, para indivíduos de boa vontade. (Obra citada, cap. 20, pp. 245 e 246.)
79. Qual era o programa fundamental do Lar de Cipriana?
A esperança era o traço comum nos irmãos que ali se tratavam e trabalhavam. Mesmo os aleijados e doentes, que se contavam em grande número, mostravam disposições de otimismo transformador. Antigos expoentes do orgulho, que entre os homens se ensoberbeciam na vaidade, depois de demonstrarem propósitos reedificantes, eram recolhidos à casa, onde reorganizavam sentimentos e cabedais, a caminho do porvir. Dali saíam inúmeras reencarnações retificadoras. "O programa fundamental de Cipriana é o esquecimento do mal com a valorização permanente do bem, à luz da esperança em Deus", explicou Calderaro. (Obra citada, cap. 20, pp. 247 e 248.)
80. Nas despedidas, Cipriana deu a André um conselho. Qual foi ele?
Ao despedir-se de André Luiz, Cipriana apertou-o ao peito, beijou-o maternalmente e disse com olhos úmidos: "Que o Pai te abençoe. Nunca te esqueça a bondade no desempenho de qualquer obrigação". André retirou-se intensamente comovido e, ponderando em silêncio a grandeza de Deus, verteu copioso pranto de júbilo. (Obra citada, cap. 20, pp. 250 a 253.) 

Observação:
Para acessar a Parte 9 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/07/no-mundo-maior-andre-luiz-parte-9.html




Caso o leitor queira baixar o estudo completo – texto consolidado e questões objetivas – do livro “No Mundo Maior”, clique neste link: http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND  - e, em seguida, no verbete “No Mundo Maior”.







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