A
adoção é um sinônimo de (re)encontro
CÍNTHIA
CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Há pais
que tanto desejam filhos e filhos que sonham em ter pais, e, por algum motivo,
essas duas partes veem seus desejos estéreis. Há pais que passam décadas
tentando todas as receitas para terem os filhos de sangue, e não conseguem. Há
também filhos que insistem em viver com os pais de sangue, e não são
correspondidos. Os acontecimentos da vida são mais possíveis quando o amor existe.
O maior
laço entre pais e filhos é o amor, a partir disso tudo se conquista e ainda o
amor não se importa nenhum pouco se o laço de sangue está presente. Quantas
criaturinhas são abandonadas por diversos motivos, mas independente disso,
filhos querem ter pais. E a vida arranja os meios para que muitos filhos e pais
se (re)encontrem e possam fazer brotar a alegria para os dois universos.
Talvez
não existam tantas outras cenas tão emocionantes – e isto já aconteceu inúmeras
vezes ao redor do Planeta – quando em orfanatos ou locais que amparam crianças
órfãs, os olhares de um possível adotado e seus adotantes se encontram pela
primeira vez aqui e se reconhecem. As alegrias transbordam e já não há como uma
parte viver sem a outra. Isso se chama bondade divina, pois, mais uma vez, a
oportunidade de reparo ou somente feliz merecimento se apresenta diante dos
espíritos relacionados. E nenhuma folha de árvore cai sem o consentimento do
Pai.
No tempo
certo e na presença dos pais e filhos (re)encontrados, uma nova história começa
a ser vivida, história sobre amar ainda mais do que já se amou, doar ainda mais
do que um dia já se doou, perdoar mais do que já se perdoou. Uma nova história
começa na qual os mais profundos e belos capítulos possam ser escritos na existência,
cujas partes possam ser mais felizes do que já foram, mais companheiras do que
já se puderam lembrar, mais conscientes do amor entre si, cujas partes possam
crescer igualmente com respeito mútuo e carinho infinito.
E tantos
pais e filhos desejam (re)encontrar-se para que a felicidade volte um pouco ao
coração. E os amanheceres aguardam muitos desses (re)encontros, pois o que
sempre importará é quanto de amor se tem para doar.
Os
orfanatos e lares amparadores deveriam também ser conhecidos como baús de ouro,
pois quantos tesouros aguardam ser (re)encontrados, ou ainda, céu de luzes já
que incontáveis estrelinhas aguardam um lar para brilharem junto de seus pais.
Sinceramente,
pais só serão felizes quando encontrarem seus filhos ligados exclusivamente
pela lei do amor, nada mais importa.
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