quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

 


Nos Domínios da Mediunidade

 

André Luiz

 

Parte 3

 

Vimos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos sete primeiros livros da Série, estudamos agora a oitava obra: Nos Domínios da Mediunidade, publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete " Nos Domínios da Mediunidade".

Eis as questões de hoje:


17. Um Espírito em sofrimento pode refletir no médium as impressões que o atormentam?

Sim. Referindo-se a um Espírito que trazia a mente subjugada pelo remorso com que ambientou nele mesmo a maldição recebida de seu pai, Aulus explicou que, se aquele enfermo se utilizasse de um médium, para o intercâmbio espiritual, refletiria no instrumento passivo as impressões que o possuíam, mercê dos “processos de imanização em que se baseiam os serviços de intercâmbio". (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 4, pp. 42 e 43.)

18. Quando o benfeitor espiritual pousou a destra na fronte do dirigente encarnado, mostrou-se mais humanizado e quase obscuro. Por quê?

Aulus, referindo-se ao irmão Clementino, esclareceu: "O benfeitor espiritual que ora nos dirige afigura-se-nos mais pesado porque amorteceu o elevado tom vibratório em que respira habitualmente, descendo à posição de Raul, tanto quanto lhe é possível, para benefício do trabalho começante. Influencia agora a vida cerebral do condutor da casa, à maneira dum musicista emérito manobrando, respeitoso, um violino de alto valor, do qual conhece a firmeza e a harmonia". Apesar da redução vibratória, André notou que a cabeça venerável de Clementino emitia raios fulgurantes, ao mesmo tempo que o cérebro de Raul, o dirigente encarnado, sob a ação do benfeitor, se nimbava de luminosidade intensa, embora diversa. (Obra citada, cap. 5, pp. 45 e 46.)

19. Nossos pensamentos podem apresentar natureza diferenciada e peso próprio?

Sim. Da mesma forma que a lâmpada arroja de si mesma os fotônios, que são elementos vivos da Natureza a vibrarem no "espaço físico", nossa alma lança fora de si os princípios espirituais, condensados na força ponderável e múltipla do pensamento, princípios esses com que influímos no "espaço mental". O pensamento não escapa às realidades do mundo corpuscular. Pensamentos de crueldade, revolta, tristeza, amor, esperança ou alegria têm natureza diferenciada, com característicos e pesos próprios, adensando a alma ou sutilizando-a, além de lhe definirem as qualidades magnéticas. A onda mental possui determinados coeficientes de força na concentração silenciosa, no verbo exteriorizado ou na palavra escrita.  (Obra citada, cap. 5, pp. 47 a 49.)

20. É possível identificar com nitidez as correntes mentais que assimilamos?

Sim. Nosso pensamento vibra em certo grau de frequência, a concretizar-se em nossa maneira especial de expressão, no círculo dos hábitos e dos pontos de vista, dos modos e do estilo que nos são peculiares. Diz o instrutor Aulus que basta nos afeiçoemos aos exercícios da meditação, ao estudo edificante e ao hábito de discernir para compreendermos onde se nos situa a faixa de pensamento, identificando com nitidez as correntes espirituais que passamos a assimilar. (Obra citada, cap. 5, págs. 50 e 51.)

21. Como podemos definir a tentação?

Lembremos que a mediunidade é um dom inerente a todos os seres, como a faculdade de respirar. Cada criatura assimila, pois, as forças superiores ou inferiores com as quais se sintoniza. Esse o motivo pelo qual Jesus recomendou-nos oração e vigilância para não cairmos nas sugestões do mal, porque – no dizer de Aulus – a tentação é o fio de forças vivas a irradiar-se de nós, captando os elementos que lhe são semelhantes e tecendo, assim, ao redor de nossa alma, espessa rede de impulsos, por vezes irresistíveis. (Obra citada, cap. 5, págs. 50 e 51.)

22. Pode um processo de vampirização perdurar por vários anos?

Sim. André Luiz refere-se a um caso assim, de um homem que desencarnara em plena vitalidade, depois de festiva loucura e sem o menor sinal de habilitação para conchegar-se às verdades do espírito. Desenfaixando-se da veste carnal, com o pensamento enovelado à paixão por uma mulher que sintonizou com ele, a ponto de retê-lo junto de si com aflições e lágrimas, passou a vampirizar-lhe o corpo. Desarvorado com a perda do corpo físico, adaptou-se ao organismo da mulher amada, que passou a obsidiar, nela encontrando novo instrumento de sensação, pois via por seus olhos, ouvia por seus ouvidos, muitas vezes falava por sua boca e vitalizava-se com os alimentos por ela utilizados. E nessa simbiose viviam já por cinco anos sucessivos, produzindo na mulher perturbada desequilíbrios orgânicos de vulto. (Obra citada, cap. 6, págs. 53 a 55.)

23. Numa sessão em que se atendem Espíritos sofredores, que papel incumbe ao médium que lhes serve de intermediário?

Nas sessões mediúnicas dessa natureza, que Aulus designa "sessões de caridade", o médium que recebe o Espírito sofredor é o primeiro socorrista, mas, se o socorrista cai no padrão vibratório do necessitado que lhe roga serviço, há pouca esperança no amparo eficiente. O médium tem o dever de colaborar na preservação da ordem e da respeitabilidade na obra de assistência aos desencarnados, permitindo-lhes a livre manifestação apenas até o ponto em que essa manifestação não colida com a harmonia necessária ao conjunto e com a dignidade imprescindível. (Obra citada, cap. 6, págs. 55 e 56.)

24. Durante a comunicação, a alma do médium fica próxima do seu corpo físico?

Sim, sempre que o esforço se refira a entidades em desajuste. Nesses casos, o medianeiro não deve ausentar-se demasiado. “No concurso aos irmãos desequilibrados, nossa presença é imperativo dos mais lógicos”, diz Aulus. (Obra citada, cap. 6, págs. 56 a 58.)

 

 

Observação:

Para acessar a 2ª Parte deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/02/nos-dominios-damediunidade-andre-luiz.html

 

 

  

 

 

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