A importância do lar quando o assunto são
as drogas
ASTOLFO
O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
De
Londrina-PR
É
conhecida do leitor a conclusão de uma pesquisa realizada anos atrás pela
Universidade do Texas (Estados Unidos), segundo a qual a prática de uma religião
tende a afastar o jovem das drogas e das atividades que põem sua saúde em
risco, uma vez que a fé religiosa aumenta a autoestima e ajuda a prevenir
doenças de fundo emocional.
Abonados
por três centros de pesquisa – a Universidade do País Basco (Espanha), a
Universidade de Los Andes (Colômbia) e a Fundação Oswaldo Cruz (Brasil) –,
estudos posteriores à referida pesquisa vieram mostrar que o dependente químico
não se forma na rua e que a tendência para o uso da droga começa a
desenvolver-se em casa, mas – em compensação – uma boa educação pode
preveni-la.
A
inovação desses estudos foi não ter examinado a questão das drogas somente pelo
ângulo do jovem que se torna dependente. Buscou-se também saber o que pensam os
jovens que não consomem entorpecentes e o que faz com que eles, apesar de
tantos apelos, não se sintam atraídos pelas drogas.
A
resposta encontrada, tanto no Brasil, como na Colômbia ou na Espanha, foi uma
só: nos lares onde existem diálogo, afeto e aconchego os filhos não sentem
necessidade de buscar refúgio nas drogas.
Estimular
os princípios espirituais, em contraposição aos valores materiais, é um dos
recursos propostos pelos especialistas para a prevenção desse mal. A pessoa que
tenha da vida uma noção mais clara não terá – salvo numa situação de extremo
desequilíbrio – motivo para afogar nas drogas as suas dificuldades, uma vez que
saberá que as vicissitudes existem para serem vencidas e não para abater-nos.
Diálogo
aberto com os filhos, afeto, carinho, presença constante, ambiente familiar
atraente e aconchegante e bons exemplos – eis o que os estudos recomendam.
Com
respeito ao álcool e ao cigarro, embora se trate de drogas lícitas e de uso
geral, é bom que os pais evitem consumi-las, se não quiserem que os filhos
façam o mesmo. Além disso, as regras da convivência familiar devem ser claras,
de tal modo que, quando os pais estabelecerem alguma proibição, ninguém
alimente dúvidas sobre suas razões.
A
importância de observações como estas é muito grande, sobretudo porque,
provenientes de centros de estudos desvinculados de qualquer religião,
confirmam os que as religiões cristãs têm buscado ensinar e muitas vezes não
conseguem.
A
existência terrena é um estágio evolutivo, ensina o Espiritismo. Esse estágio é
recheado de provas, vicissitudes e desafios. Mas até as crianças sabem que não
se vencem as dificuldades fugindo delas e que, em face disso, não existe
alternativa: é preciso enfrentá-las e vencê-las.
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