Nas Fronteiras da Loucura
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 1
Iniciamos hoje neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – do livro Nas Fronteiras da Loucura, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.
Este estudo será publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Nas
Fronteiras da Loucura”.
Eis as questões de hoje:
1. Além do mapa cármico do Espírito, que outro fator pode
predispô-lo à loucura?
Esse fator é a
obsessão espiritual, que pode levar uma pessoa a dar o passo adiante,
arrojando-a no desfiladeiro da alienação de largo porte e de difícil
recuperação. (Nas Fronteiras da Loucura,
pp. 3 e 4.)
2. Segundo Kardec, há três tipos de obsessões. Quais são
eles?
Ao examinar a
patologia das obsessões, Allan Kardec desdobrou-as em três tipos: obsessão
simples, fascinação e subjugação. (Obra
citada, Análise das Obsessões, pp. 9 e 10.)
3. Todas as pessoas almejam a paz. Que fazer para
conquistá-la?
A aquisição da paz é
uma resultante de lutas e esforços que disciplinam o indivíduo,
condicionando-lhe os hábitos salutares, através dos quais ele se harmonizará
com a vida. É dessa harmonia que decorre a paz com que todos sonhamos. (Obra
citada, Análise das Obsessões, pp. 9 e 10.)
4. É certo dizer que a obsessão simples é parasitose comum em
quase todas as criaturas?
Sim. O fato decorre
do natural intercurso psíquico vigente em todas as partes do Universo. Tendo em
vista a infinita variedade das posições vibratórias em que se demoram os
homens, estes sofrem, do mesmo modo que influem em tais faixas, sintonizando, por
processo normal, com os outros comensais aí situados. Se são portadores de
aspirações nobilitantes, haurem, onde se fixem, maior impulso para o
crescimento. Permanecendo na construção do bem, dificilmente assimilam as
induções perversas ou criminosas procedentes dos estagiários das regiões
inferiores. Se interessados, porém, na vulgaridade e no prazer, na impiedade ou
na preguiça, no vício ou na desordem, recebem maior influxo de ondas mentais
equivalentes, resvalando para os despenhadeiros da emoção aturdida e do
desequilíbrio. Tais pacientes conduzem ao leito, antes do repouso físico, as
apreensões angustiantes, as ambições desenfreadas, as paixões perturbadoras,
demorando-se em reflexões que as vitalizam, vivendo-as pela mente, quando não
encontram meios de fruí-las fisicamente. (Obra citada. Análise das Obsessões,
pp. 11 e 12.)
5. Se a linha do equilíbrio psíquico é muito tênue, como
prevenir-nos adequadamente?
A prevenção natural
consiste em manter uma atitude nobre diante da vida. Essa medida, além de funcionar
como psicoterapia preventiva, constitui ótima dieta para o otimismo e a paz.
(Obra citada. Análise das Obsessões, pp. 12 e 13.)
6. Em que consiste a subjugação fisiopsíquica?
A subjugação
obsessional pode ser física, psíquica ou, simultaneamente, fisiopsíquica. A
primeira não implica a perda da lucidez intelectual. No segundo caso, o
paciente, dominado mentalmente, tomba em estado de passividade, não raro sob
tortura emocional, chegando a perder por completo a lucidez. No terceiro caso –
a subjugação fisiopsíquica – o Espírito assenhoreia-se, simultaneamente, dos
centros do comando motor e domina fisicamente a vítima, que lhe fica inerte,
subjugada, cometendo atrocidades sem nome. (Obra citada. Análise das Obsessões,
pp. 15 a 17.)
7. Que recursos terapêuticos devemos aplicar na desobsessão?
De acordo com o
quadro da alienação, variam os recursos terapêuticos. Em primeiro lugar, é
preciso compreender que o obsessor é um ser que pensa e age movido por uma
razão que lhe parece justa. O principal mister deve ser, pois, concentrar no
desencarnado as atenções, tratando-o com bondade e respeito. Conquistar para a
íntima renovação o agente infeliz, eis o primeiro passo. Devemos evitar a
discussão inoperante, mostrando, ao contrário, nosso interesse amoroso pelo
bem-estar do outro, que terminará por envolver-se em ondas de confiança e
harmonia, de que se beneficiará, mudando de atitude em relação aos propósitos
mantidos até então.
Simultaneamente,
educar à luz do Evangelho o paciente, insistindo junto a ele, com afabilidade,
pela transformação moral, com o que se criarão condições psíquicas harmônicas
com que se refará emocionalmente. É importante atraí-lo também a ações
dignificantes e de beneficência, com que granjeará simpatias e vibrações
positivas, que o fortalecerão, mudando seu campo psíquico. Outra providência é
estimular-lhe o hábito da oração e da leitura edificante, trabalhando-lhe, ao
mesmo tempo, o caráter, que se deve tornar maleável ao bem e refratário ao
vício. Ao lado dessa psicoterapia, é necessária a aplicação dos recursos
fluídicos, seja através do passe ou da água magnetizada, e da oração
intercessória, com que se vitalizam os núcleos geradores de forças, com o poder
de desconectar os "plugs" das respectivas matrizes, de modo que o
endividado se reabilite perante a Consciência Cósmica pela aplicação dos
valores e serviços dignificadores. (Obra citada. Análise das Obsessões, pp. 17
e 18.)
8. Como o autor desta obra descreve uma segunda-feira típica
de carnaval?
Ele a descreve
mencionando todas as suas loucuras e imprevidências. No caso focalizado nesta
obra, as mentes haviam produzido no ambiente uma psicosfera pestilenta, na qual
se nutriam vibriões psíquicos e formas-pensamento de mistura com Entidades
perversas, viciadas e dependentes, em espetáculo deprimente. As duas populações
– a física e a espiritual, em perfeita sintonia – misturavam-se,
sustentando-se, em simbiose psíquica. Equipes operosas de trabalhadores
espirituais revezavam-se, infatigáveis, procurando diminuir o índice de
desvarios e de suicídios. As atividades ali faziam recordar um campo de guerra,
em que os litigantes mais se compraziam em ferir, malsinar, destruir. (Obra
citada, cap. 1, pp. 19 a 21.)
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