segunda-feira, 17 de maio de 2021

 



Nas Fronteiras da Loucura

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 6

 

Continuamos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – do livro Nas Fronteiras da Loucura, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco. Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL  e, em seguida, no verbete "Nas Fronteiras da Loucura”.

Eis as questões de hoje:

 

41. É recomendável fechar o Centro Espírita nos dias de carnaval?

É óbvio que não. Segundo o dirigente espiritual Genézio Duarte, essa medida constitui um equívoco, visto que é exatamente em dias assim que o trabalho no bem se faz mais necessário. (Nas Fronteiras da Loucura, cap. 17, pp. 123 e 124.)

42. Um médium queixou-se ao Mentor de seu grupo das dificuldades que o sitiavam na forma de familiares difíceis, amigos ingratos e interferências espirituais negativas. Que orientação o Mentor espiritual lhe deu?

O Mentor narrou-lhe uma pequena história segundo a qual um anjo, ao preparar um pupilo para vir à Terra, deu a este, durante o treinamento, um guarda-chuva; tempos depois, galochas, e mais tarde chapéu e capa impermeáveis, sem lhe dar maiores explicações. Um dia começou a chover torrencialmente e o candidato à elevação gritou: "Anjo bom, chove! Que faço?" O orientador respondeu-lhe, sem delongas: "Use o material que lhe dei". O Mentor disse, então, ao servidor que se queixara: "Você tem recebido a luz e o discernimento do Evangelho, a revelação do Espiritismo, o apoio do Mundo Espiritual, não como prêmio à inutilidade, senão como recurso de alto valor para os momentos difíceis que sempre chegam. Agora desaba a tempestade. Use esses tesouros ocultos que vem guardando e não tema. Enfrente as borrascas, que maltratam, porém passam..." (Obra citada, cap. 17, pp. 125 e 126.)

43. Qual é o significado do verbo remorrer, usado nesta obra?

O verbo foi usado por Genézio quando ele explicou as vantagens do intercâmbio mediúnico para determinados Espíritos que deixaram a Terra há pouco tempo. A recordação do instante da morte, que os aflige, é muitas vezes sustentada pelos seres queridos, obrigando-os a reviver o que já poderia estar amortecido em suas memórias. O intercâmbio mediúnico teria, assim, dupla consequência: acalma os que ficaram e permite que os Espíritos se tranquilizem. Com o atendimento dado aos familiares, estes reconfortam-se, rompem os elos que os prendem e, assim amparados, os desencarnados podem repousar mais demoradamente, num sono de morte com fins terapêuticos, acordando em renovação para iniciar a etapa que lhes diz respeito na vida nova. Eis o que significa, no caso, o verbo remorrer. (Obra citada, cap. 17, pp. 127 e 128.)

44. Na psicografia, embora com o mesmo médium, podem-se adotar mecanismos diferentes?

Sim, isso pode ocorrer. Há situações em que o desencarnado dita ao médium o que deseja informar, acrescentando pormenores e fatos de importância, mas é o médium que escreve a mensagem, com independência mental e com seu próprio estilo de linguagem. Isso se dá nos casos em que o comunicante apresenta-se em estado de grave perturbação. Dotado de aparelhagem psíquica muito delicada, o médium sofreria danos graves, caso ficasse sob a indução fluídica do comunicante, que, no estado em que se encontra e experimentando os sérios conflitos que o atormentam, destrambelharia esses sutis equipamentos de base nervosa, prejudicando a organização mediúnica e a saúde do cooperador humano. Se, porém, a densidade vibratória do desencarnado fosse menos perniciosa ao médium, o próprio Espírito, auxiliado por um benfeitor espiritual, escreveria a mensagem. Eis o motivo pelo qual o estilo do médium é mais ou menos acentuado, dependendo de quem seja o autor espiritual da mensagem recebida. (Obra citada, cap. 18, pp. 132 a 134.)

45. É verdade que existem em torno da Terra faixas vibratórias diversas?

Sim. O autor desta obra confirma o que diversos autores já haviam revelado, ou seja, que existem em torno da Terra faixas vibratórias concêntricas, que a envolvem, desde as mais condensadas, que se situam próximas da área física, até as mais sutis, distanciadas da Crosta. Essas faixas são vitalizadas pelas sucessivas ondas mentais dos habitantes do planeta, que de alguma forma sofrem-lhes a condensação perniciosa. Por um processo de sintonia decorrente do comportamento mantido no mundo, os Espíritos imantam-se àqueles que lhes são afins, graças ao teor de valores morais que caracteriza cada um. (Obra citada, cap. 19, pp. 135 e 136.)

46. De que fator depende a mudança de configuração moral do nosso planeta?

Segundo Dr. Bezerra de Menezes, essa mudança depende da transformação do homem, algo que ocorre lentamente, mas de forma gradativa, o que é possível verificar. Falando especificamente sobre o carnaval, Dr. Bezerra disse ao autor desta obra: “Não se esqueça, caro Miranda, que esta luta vem sendo travada com resultados excelentes e o bem está sempre vencendo. Há milhões de pessoas envolvidas no bárbaro divertimento, que não censuramos, entretanto há número muito superior de criaturas que lhe não oferecem culto, nem mesmo sequer experimentam qualquer interesse ante os apelos da folia momesca". E o Mentor lembrou os que buscam, nesses dias, as regiões serranas ou as praias para refazimento, e os que aproveitam os feriados carnavalescos para estudos, meditações e encontros de renovação espiritual e lazer. "Há um grande progresso moral que viceja na Humanidade e não podemos desconsiderar", asseverou Dr. Bezerra. "Jamais houve tão grande interesse dos homens pelos seus irmãos, em tentativa de ajudá-los a levantar-se e marchar com dignidade. As atividades que visam ao enobrecimento do ser humano multiplicam-se, abençoadas, fomentando a alegria e a paz. As minorias raciais recebem respeito; os preconceitos vão sendo varridos do planeta; os direitos do cidadão, embora ainda violados, são defendidos; a ecologia consegue adeptos afervorados; as classes menos favorecidas, que padecem miséria socioeconômica, já não são desprezadas...". (Obra citada, cap. 19, pp. 137 e 138.)

47. É correto dizer que na vida ninguém sofre sem uma ponderável razão?

Sim. E foi isso que Artur disse à filha, que havia tentado matar-se, mas fora socorrida a tempo. Artur, tratando com proficiência a justiça do Pai, lhe disse, com absoluta convicção, que ninguém sofre sem uma ponderável razão, nem pessoa alguma que delinque fugirá de ser recambiada à justiça. Em seguida, falando-lhe sobre a reencarnação, ele acrescentou: "A vida pode ser comparada a um rio de largo curso... Suas águas saem da nascente, descendo continuamente até alcançar o mar. Uma curva aqui, outra ali, um obstáculo à frente, lodo e areia no leito, calhaus e pedras largas que vão ficando para trás, até o desaguar no oceano que o aguarda". "Muitas etapas são indispensáveis para a vida: ora no corpo, em várias experiências, ora dele liberada, em novas conquistas. Em cada fase, surgem impedimentos, que devem ser superados de modo a que alcancem o Oceano da paz." (Obra citada, cap. 20, pp. 142 a 144.)

48. Com o objetivo de esclarecer a filha de Artur sobre a origem dos seus sofrimentos, que providência Dr. Bezerra adotou?

Primeiramente, ele lhe disse com toda a clareza: "A menina, como todos nós, vem de experiências muito ásperas, nas quais nem sempre agiu como deveria fazê-lo. Atuando com incorreção, atraiu animosidades e tombou nas armadilhas da insensatez, donde se deverá liberar na presente oportunidade". Ato contínuo, utilizou o processo de regressão da memória, que se iniciou assim: "Vejamos se você recorda. Durma um pouco... Durma e sonhe com o seu passado, o passado próximo... Portugal de 1832, a cidade do Porto... Recorde determinado conciliábulo, em outubro desse ano..." A jovem, que havia adormecido, subitamente estremeceu, agitando-se, como se, em sonho, voltasse a viver acontecimentos apagados na memória anterior, como realmente era o que ocorria. As cenas que lhe ressurgiam passaram a ser registadas também por Manoel P. de Miranda, que a convite do Mentor fixou o centro da memória de Noemi. A regressão pôde, então, esclarecer as coisas. (Obra citada, cap. 20, pp. 144 a 147.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 5 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/05/blog-post_10.html

 

 

 

 

 

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