sábado, 29 de maio de 2021

 



Devaneios do diálogo com Gabriel Delanne

 

JORGE LEITE DE OLIVEIRA

jojorgeleite@gmail.com

De Brasília-DF

           

Dia desses, sonhei que tomava um café com brioche num dos cafés de Place de Terreaux, de Lyon, cidade francesa onde nasceu Allan Kardec. Enquanto contemplava a fonte Bartholdi, sentou-se, à mesa ao lado, ninguém menos do que Gabriel Delanne.

Ao reconhecê-lo, identifiquei-me e logo iniciamos uma conversa fraterna que reproduzo abaixo:

— Delanne, o que lhe parece a onda materialista que grassa sobre a Terra atualmente?

— Jó, fique certo de uma coisa: o Espiritismo renasce com força, não somente na França como em toda a Europa, além de outros países de diversas partes do mundo. Com relação ao materialismo, até hoje, nenhum dos grandes clássicos espíritas perdeu sua atualidade e deixou de nos proporcionar um roteiro para o conhecimento da verdade, como a obra Fatos espíritas, de Willian Crookes; Pensamento e vontade; A crise da morte, entre outras obras de Ernesto Bozzano; A alma é imortal; A reencarnação etc. de minha autoria, entre outras, complementadas por todas as obras da codificação de Allan Kardec. Essa é a base para todo aquele que deseja conhecer O Consolador Prometido por Jesus. Mas não podemos parar aí. Temos que estudar as obras dos médiuns brasileiros e estrangeiros, dos cientistas e filósofos comprometidos seriamente com a verdade, como Buda, Gandhi, Pietro Ubaldi, Huberto Rohden, C. Torres Pastorino etc., além de conhecer e praticar tudo aquilo que Jesus nos legou como tesouro maior, contido nos Antigo e Novo Testamento.

Foi então que lhe objetei:

— Mas para isso uma existência no corpo é insuficiente, irmão... — E Delanne concluiu:

— E você acha que a ciência do infinito pode ser conhecida numa só existência? Selecione, por enquanto, aquilo que melhor satisfaça seu espírito... Há quem prefira a ciência espírita; outros já se identificam melhor com sua filosofia; por fim, existem aqueles que enfocam a moral. Todos esses conhecimentos, porém, se não forem secundados pela práxis, no cultivo diário do amor a Deus e ao próximo, serão como o sino que tange, donde só sairão sons sonoros...  sem seriedade... secos... sacripantas...

Ouvindo essas últimas palavras, em forma de aliteração, lembrei-me de grandes poetas brasileiros como Castro Alves, Cruz e Sousa, Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade. Deste último, dois versos do seu belo poema intitulado O Lutador vieram-me à memória: "Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã..." – Foi quando, registrando meu pensamento, Delanne concluiu, despedindo-se de mim:

— Mas a verdadeira e melhor luta, caro Jó, é contra nossas próprias imperfeições. Au revoir!

 

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