segunda-feira, 24 de maio de 2021

 



Nas Fronteiras da Loucura

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 7

 

Continuamos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – do livro Nas Fronteiras da Loucura, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Este estudo é publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL  e, em seguida, no verbete "Nas Fronteiras da Loucura”.

Eis as questões de hoje:

 

49. Chamado a atender uma jovem encurralada por um grupo de rapazes atormentados do sexo, como Dr. Bezerra conseguiu salvá-la?

A jovem espírita, passando por um local ermo, estava rodeada por um grupo de rapazes que a ameaçavam. O estupro seria inevitável. Dr. Bezerra, vendo a cena, concentrou seu pensamento em Jesus e dirigiu a onda mental com alta carga vibratória sobre os agressores que seguravam a moça, que também em prece suplicava o apoio do Alto. Sob a imantação mental que os colheu de surpresa, os agressores afrouxaram os membros e a jovem levantou-se do solo aonde fora arrojada, com as vestes rotas, chorando copiosamente. Dois deles, contudo, voltaram à carga. O Mentor, porque visse a certa distância uma viatura policial, recorreu a uma ação prática, própria para a circunstância: sintonizou com o motorista da Rádio Patrulha, chamando-o, mentalmente, com vigor. A viatura partiu em direção ao grupo, o que resultou na detenção de todos eles, evitando-se a consumação do atentado. (Nas Fronteiras da Loucura, cap. 21, pp. 149 e 150.)

50. Como o motorista da Rádio Patrulha explicou a ocorrência?

Também surpreso com os acontecimentos, ele assim comentou com seus colegas: "Nunca entramos nessa travessa. Mas, de repente, eu escutei uma voz dizendo-me, vigorosa: Venha aqui!, e obedeci prontamente". A jovem, que não apresentava nenhuma lesão, negou-se a formular queixa e convenceu os policiais, inspirada, que tudo estava bem, agradecendo a ajuda deles, sinceramente comovida. Apesar disso, os rapazes foram levados ao cárcere, para que completassem o carnaval em recolhimento, não causando assim danos a outras vítimas. O protetor espiritual da jovem contou que ela retornava de uma visita a uma enferma, a quem fora atender com a palavra amiga, confortando-a com sua assistência fraterna. Tratava-se de uma anciã solitária, que lhe recebia ajuda financeira e espiritual. Sabendo-a doente, muito embora os perigos a que se exporia, a moça orou e foi em seu auxílio. Atendendo a enferma, demorou-se além do previsto. No entanto, espiritista convicta, buscou inspiração na prece e retornou ao lar, quando foi defrontada pelos rapazes, algo embriagados.  (Obra citada, cap. 21, pp. 151 e 152)

51. Do caso da jovem espírita socorrida pelo Dr. Bezerra, o autor desta obra extraiu três ensinamentos. Quais são eles?

O primeiro: depende sempre do homem o resultado dos seus empreendimentos, seja por inspiração das forças negativas que tentam levá-lo à queda, seja por inspiração dos Emissários do Bem que o propelem para a conquista da evolução. O livre-arbítrio é, por conseguinte, soberano.

O segundo: nenhuma rogativa honesta, dirigida ao Senhor, fica sem a resposta do socorro imediato. A prece, portanto, auxilia sempre aquele que ora com fervor.

O terceiro: felizes os que pedem ajuda, sem orientar o tipo e a forma de auxílio que desejam receber, orando, pura e simplesmente, numa confiante entrega total de amor e de fé. Devemos, pois, rogar ajuda, mas que fique na decisão de Deus a forma como ela nos será oferecida. (Obra citada, cap. 21, pp. 153 e 154.)

52. Uma lamentável tese é comprovada pelo carnaval. Que tese é essa?

Conforme as palavras do autor deste livro, o carnaval comprova a tese de que muitos indivíduos, preferindo fruir agora sem pensar no depois, desperdiçam os melhores recursos da vida, imprevidentes, esquecendo-se dos investimentos morais que propiciam resultados permanentes. Os gozos indevidos, apressados, acabam representando prévias das frustrações que virão mais tarde, inevitáveis. (Obra citada, cap. 22, pp. 155 e 156.)

53. No atendimento aos sofredores de determinada região trevosa, alguns conseguiam segurar-se nas redes lançadas pelos benfeitores, mas outros, embora o tentassem, não conseguiam. Por que fatos assim ocorrem?

No caso a que a pergunta se refere, assim que as redes foram lançadas, Dr. Bezerra disse em alta voz: "Segurai as redes se estiverdes resolvidos a mudar de vida, a crescer para Deus!" Dezenas de Espíritos agarraram-se às cordas entrelaçadas, com sofreguidão, mas alguns deles não conseguiam segurá-las, porque elas pareciam desfazer-se ao seu contato. Dr. Bezerra explicou depois: "As redes são feitas de substâncias retiradas do fluido cósmico, fortes, porém delicadas. Registam as irradiações mentais daqueles que as tocam. Se o peso específico da sua exteriorização psíquica é negativo, elas diluem-se; nos casos contrários, enrijam-se..." E ajuntou: "Ninguém ludibria as Leis. Em todo lugar, nem todos que requerem amparo desejam-no, realmente. Às vezes querem-se liberar de situações que lhes desagradam, sem que mudem de comportamento. Choram e sofrem, mas não pretendem a transformação interior, necessitando de aprendizado penoso para que se modifiquem as estruturas íntimas do ser, quando se capacitarão para o renascimento em si mesmos". (Obra citada, cap. 22, pp. 160 a 162.)

54. A ação das Trevas pode produzir um acidente e levar alguém à morte?

Pode, sim. Contudo, evidentemente, contrapõe-se a essa ação malévola a atividade dos benfeitores espirituais. Foi esse o caso, relatado nesta obra, em que o líder de um grupo de baldoeiros e sequazes da Treva objetivava levar à morte, em um acidente que eles engendrariam, dois casais iniciantes na Doutrina Espírita. A trama foi, no entanto, desfeita a tempo graças à intervenção do Dr. Bezerra de Menezes e seus amigos. (Obra citada, cap. 23, pp. 163 a 165.)

55. É verdade que o período inicial da educação mediúnica ocorre sempre sob ações tormentosas?

Sim. Segundo palavras do autor desta obra, o período inicial da educação mediúnica ocorre sempre sob ações tormentosas, porque o médium, Espírito endividado em si mesmo, com vasta cópia de compromissos a resgatar quanto a desdobrar, traz matrizes que facultam o acoplamento de mentes perniciosas do Além-túmulo, que o impele ao trabalho do autoburilamento e ao exercício da caridade, da paciência e do amor para com as entidades perniciosas referidas. Cobradores invisíveis sitiam-lhe a casa mental, criam-lhe armadilhas e situações difíceis, predispõem mal aquele que os sofrem e cercam-no de incompreensões. É, portanto, um calvário abençoado a fase inicial do exercício e desdobramento da mediunidade e ninguém há, nesse campo de trabalho, que não experimente esse período de testemunhos silenciosos, em que a oração, o estudo e a meditação fazem-se indispensáveis para resguardar o iniciante. (Obra citada, cap. 23, pp. 165 e 166.)

56. Que ocorre ao médium que foge do estudo e do exercício correto de suas faculdades mediúnicas?

Tratando desta questão, Manoel P. de Miranda é incisivo: "Qualquer médium que fuja do estudo e do exercício correto das suas faculdades medianímicas, por mais empáfia com que se apresente, encontra-se em período de obsessão, sob comando equívoco... Permanece-lhe, quiçá, a mediunidade para o seu e o escarmento dos que afinem com tal disposição, no entanto sob comando maléfico ou simplesmente alienado...". (Obra citada, cap. 23, pp. 166 a 168.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/05/blog-post_17.html

 

 

 

 

 

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