Nas Fronteiras
da Loucura
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 7
Continuamos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – do livro Nas Fronteiras da Loucura, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.
Este estudo é publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Nas
Fronteiras da Loucura”.
Eis as questões de hoje:
49. Chamado a atender uma jovem encurralada por um grupo de
rapazes atormentados do sexo, como Dr. Bezerra conseguiu salvá-la?
A jovem espírita,
passando por um local ermo, estava rodeada por um grupo de rapazes que a ameaçavam.
O estupro seria inevitável. Dr. Bezerra, vendo a cena, concentrou seu
pensamento em Jesus e dirigiu a onda mental com alta carga vibratória sobre os
agressores que seguravam a moça, que também em prece suplicava o apoio do Alto.
Sob a imantação mental que os colheu de surpresa, os agressores afrouxaram os
membros e a jovem levantou-se do solo aonde fora arrojada, com as vestes rotas,
chorando copiosamente. Dois deles, contudo, voltaram à carga. O Mentor, porque
visse a certa distância uma viatura policial, recorreu a uma ação prática,
própria para a circunstância: sintonizou com o motorista da Rádio Patrulha,
chamando-o, mentalmente, com vigor. A viatura partiu em direção ao grupo, o que
resultou na detenção de todos eles, evitando-se a consumação do atentado. (Nas Fronteiras da Loucura, cap. 21, pp.
149 e 150.)
50. Como o motorista da Rádio Patrulha explicou a ocorrência?
Também surpreso com
os acontecimentos, ele assim comentou com seus colegas: "Nunca entramos
nessa travessa. Mas, de repente, eu escutei uma voz dizendo-me, vigorosa: Venha
aqui!, e obedeci prontamente". A jovem, que não apresentava nenhuma lesão,
negou-se a formular queixa e convenceu os policiais, inspirada, que tudo estava
bem, agradecendo a ajuda deles, sinceramente comovida. Apesar disso, os rapazes
foram levados ao cárcere, para que completassem o carnaval em recolhimento, não
causando assim danos a outras vítimas. O protetor espiritual da jovem contou
que ela retornava de uma visita a uma enferma, a quem fora atender com a palavra
amiga, confortando-a com sua assistência fraterna. Tratava-se de uma anciã
solitária, que lhe recebia ajuda financeira e espiritual. Sabendo-a doente,
muito embora os perigos a que se exporia, a moça orou e foi em seu auxílio.
Atendendo a enferma, demorou-se além do previsto. No entanto, espiritista
convicta, buscou inspiração na prece e retornou ao lar, quando foi defrontada
pelos rapazes, algo embriagados. (Obra
citada, cap. 21, pp. 151 e 152)
51. Do caso da jovem espírita socorrida pelo Dr. Bezerra, o
autor desta obra extraiu três ensinamentos. Quais são eles?
O primeiro: depende
sempre do homem o resultado dos seus empreendimentos, seja por inspiração das
forças negativas que tentam levá-lo à queda, seja por inspiração dos Emissários
do Bem que o propelem para a conquista da evolução. O livre-arbítrio é, por conseguinte,
soberano.
O segundo: nenhuma
rogativa honesta, dirigida ao Senhor, fica sem a resposta do socorro imediato.
A prece, portanto, auxilia sempre aquele que ora com fervor.
O terceiro: felizes
os que pedem ajuda, sem orientar o tipo e a forma de auxílio que desejam
receber, orando, pura e simplesmente, numa confiante entrega total de amor e de
fé. Devemos, pois, rogar ajuda, mas que fique na decisão de Deus a forma como
ela nos será oferecida. (Obra citada, cap. 21, pp. 153 e 154.)
52. Uma lamentável tese é comprovada pelo carnaval. Que tese
é essa?
Conforme as palavras
do autor deste livro, o carnaval comprova a tese de que muitos indivíduos,
preferindo fruir agora sem pensar no depois, desperdiçam os melhores recursos
da vida, imprevidentes, esquecendo-se dos investimentos morais que propiciam
resultados permanentes. Os gozos indevidos, apressados, acabam representando
prévias das frustrações que virão mais tarde, inevitáveis. (Obra citada, cap.
22, pp. 155 e 156.)
53. No atendimento aos sofredores de determinada região
trevosa, alguns conseguiam segurar-se nas redes lançadas pelos benfeitores, mas
outros, embora o tentassem, não conseguiam. Por que fatos assim ocorrem?
No caso a que a
pergunta se refere, assim que as redes foram lançadas, Dr. Bezerra disse em
alta voz: "Segurai as redes se estiverdes resolvidos a mudar de vida, a crescer
para Deus!" Dezenas de Espíritos agarraram-se às cordas entrelaçadas, com
sofreguidão, mas alguns deles não conseguiam segurá-las, porque elas pareciam
desfazer-se ao seu contato. Dr. Bezerra explicou depois: "As redes são
feitas de substâncias retiradas do fluido cósmico, fortes, porém delicadas.
Registam as irradiações mentais daqueles que as tocam. Se o peso específico da
sua exteriorização psíquica é negativo, elas diluem-se; nos casos contrários,
enrijam-se..." E ajuntou: "Ninguém ludibria as Leis. Em todo lugar,
nem todos que requerem amparo desejam-no, realmente. Às vezes querem-se liberar
de situações que lhes desagradam, sem que mudem de comportamento. Choram e
sofrem, mas não pretendem a transformação interior, necessitando de aprendizado
penoso para que se modifiquem as estruturas íntimas do ser, quando se capacitarão
para o renascimento em si mesmos". (Obra citada, cap. 22, pp. 160 a 162.)
54. A ação das Trevas pode produzir um acidente e levar
alguém à morte?
Pode, sim. Contudo,
evidentemente, contrapõe-se a essa ação malévola a atividade dos benfeitores
espirituais. Foi esse o caso, relatado nesta obra, em que o líder de um grupo
de baldoeiros e sequazes da Treva objetivava levar à morte, em um acidente que
eles engendrariam, dois casais iniciantes na Doutrina Espírita. A trama foi, no
entanto, desfeita a tempo graças à intervenção do Dr. Bezerra de Menezes e seus
amigos. (Obra citada, cap. 23, pp. 163 a 165.)
55. É verdade que o período inicial da educação mediúnica
ocorre sempre sob ações tormentosas?
Sim. Segundo
palavras do autor desta obra, o período inicial da educação mediúnica ocorre
sempre sob ações tormentosas, porque o médium, Espírito endividado em si mesmo,
com vasta cópia de compromissos a resgatar quanto a desdobrar, traz matrizes
que facultam o acoplamento de mentes perniciosas do Além-túmulo, que o impele
ao trabalho do autoburilamento e ao exercício da caridade, da paciência e do
amor para com as entidades perniciosas referidas. Cobradores invisíveis
sitiam-lhe a casa mental, criam-lhe armadilhas e situações difíceis, predispõem
mal aquele que os sofrem e cercam-no de incompreensões. É, portanto, um
calvário abençoado a fase inicial do exercício e desdobramento da mediunidade e
ninguém há, nesse campo de trabalho, que não experimente esse período de
testemunhos silenciosos, em que a oração, o estudo e a meditação fazem-se
indispensáveis para resguardar o iniciante. (Obra citada, cap. 23, pp. 165 e
166.)
56. Que ocorre ao médium que foge do estudo e do exercício
correto de suas faculdades mediúnicas?
Tratando desta
questão, Manoel P. de Miranda é incisivo: "Qualquer médium que fuja do estudo
e do exercício correto das suas faculdades medianímicas, por mais empáfia com
que se apresente, encontra-se em período de obsessão, sob comando equívoco...
Permanece-lhe, quiçá, a mediunidade para o seu e o escarmento dos que afinem
com tal disposição, no entanto sob comando maléfico ou simplesmente
alienado...". (Obra citada, cap. 23, pp. 166 a 168.)
Observação:
Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/05/blog-post_17.html
Como consultar as matérias deste
blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo. |
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