sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

 



Os mortos nos falam

 

Padre François Brune

 

Parte 7

  

Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Os mortos nos falam, de autoria do padre François Brune. O estudo baseia-se na primeira edição em português desta obra, publicada pela Edicel em 1991.

Embora este livro não seja, propriamente falando, um clássico espírita, trata-se de uma ótima contribuição de publicação recente que confirma a realidade das manifestações dos chamados mortos.

Cada parte do estudo compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

 

Questões preliminares

 

A. É verdade que o Espírito de Frederic Myers, um dos fundadores da Sociedade de Pesquisa Psíquica de Londres, transmitiu diversas mensagens por intermédio de vários médiuns, inclusive pela médium irlandesa Geraldine Cummins?

B. A respeito do Além, que informações transmitiu Frederic Myers?

C. Cada um desses planos corresponderia a um nível espiritual, a um certo grau de evolução?

 

Texto para leitura

 

79. Padre Brune transcreve na sequência uma série de comunicações semelhantes à de Georges Morranier, mencionada no item anterior. (PP. 128 a 134)

80. Brune menciona o trabalho de Frederic Myers, morto em 1901, um dos fundadores da Sociedade de Pesquisa Psíquica de Londres e autor da obra intitulada: A personalidade do homem e sua sobrevivência após a morte do corpo, esclarecendo que após sua morte Myers iniciou uma obra ainda mais importante. (P. 134)

81. Com outros companheiros da Sociedade londrina, também falecidos, ele passou a transmitir a diversos médiuns mensagens fragmentadas, ou seja, trechos de mensagens sem nenhum sentido, quando tomados isoladamente, cujo encadeamento só surgia após agrupados segundo um código preciso. (PP. 134 e 135)

82. O objetivo de Myers era, evidentemente, provar aos homens de boa vontade que todos nós sobrevivemos após nossa morte. Não aparecia, contudo, nas referidas mensagens nenhuma descrição do Além, o que se deu apenas vinte anos depois de sua morte. (P. 135)

83. Myers começou então, geralmente por intermédio de uma jovem irlandesa de Cork, Geraldine Cummins, a descrever os novos mundos. A moça procedia de forma bastante estranha: sentada à mesa, cobria os olhos com a mão esquerda e entrava, logo, em uma espécie de sonolência. Sua mão direita punha-se, então, a escrever em velocidade inacreditável, que chegava a produzir até 2.000 palavras em pouco mais de uma hora. (P. 135)

84. Na descrição dos diferentes níveis do Além, muitos Espíritos têm-se referido a sete planos ou esferas. (P. 137)

85. Frederic Myers também distingue sete planos. Para ele, o nível 1 corresponde ao instante da morte; o nível 2 corresponde a um estado de transição; o nível 3, que ele chama de “região da ilusão”, é o do mundo existente após a morte.  (N.R.: Heigorina Cunha em seu livro Cidade no Além, cap. IV, informa que o campo magnético da Terra se divide também em sete esferas. A primeira, segundo ela, comportaria o Umbral “grosso”, mais materializado. A terceira seria o Umbral superior, onde se localiza a colônia Nosso Lar.)   (P. 138)

86. Nesses mundos, diz padre Brune, o espaço certamente não é o mesmo. Trata-se, antes de mais nada, de níveis de consciência. Quanto a isso, há unanimidade, afirma Brune. Cada um desses níveis corresponderia a um nível espiritual, a certo grau de evolução interior. Se na Terra vivemos todos um ao lado do outro, submetidos às mesmas leis da gravidade e às mesmas condições físicas, no meio espiritual cada um atinge o nível correspondente ao seu grau evolutivo. A cada nível de evolução da consciência corresponde, pois, um mundo onde a matéria, o tempo, o espaço e o próprio corpo encontram-se em harmonia com esse nível. (P. 139)

87. Há mensageiros espirituais que dizem que esses mundos estão entre nós mesmos, ou em torno do globo terráqueo. Outros afirmam que os diferentes mundos correspondem aos diferentes planetas do sistema solar. Se não detectamos qualquer vida neles é porque em cada um desses planetas existem formas de vida e de civilização que nos são invisíveis, indetectáveis. O padre Brune insiste em dizer que se trata, na verdade, de um outro espaço. (P. 139)

88. Brune entende que o mundo em que vivemos é a resultante de nossa consciência e, por isso, insiste a respeito da harmonia existente entre o que somos, o nível espiritual que atingimos e o mundo que nos cerca, começando por nosso próprio corpo. (P. 140)

89. Diversas comunicações, referidas pelo padre Brune, inclusive a do célebre William Stead, morto no naufrágio do Titanic, em 1912, confirmam essa ideia, que é aplicável também às moradas espirituais. (PP. 140 a 147)

90. Tratando do tema viagem astral, padre Brune afirma que, frequentemente, tais viagens assemelham-se mais a uma bilocação que a uma verdadeira viagem. E cita as experiências feitas por Robert Monroe, grande viajante do astral, fundador e diretor do Instituto Monroe, especializado no estudo dos efeitos das ondas sonoras sobre o comportamento humano. (P. 148)

91. Uma das características das narrativas de Robert Monroe é sua preocupação em observar rigorosa e objetivamente cada detalhe, para depois confrontá-lo com as pessoas com quem se havia encontrado. O padre Brune relata alguns episódios da experiência de Monroe. (PP. 149 a 153)

 

Respostas às questões preliminares

 

A. É verdade que o Espírito de Frederic Myers, um dos fundadores da Sociedade de Pesquisa Psíquica de Londres, transmitiu diversas mensagens por intermédio de vários médiuns, inclusive pela médium irlandesa Geraldine Cummins?

Sim. Padre Brune menciona o trabalho de Frederic Myers e diz que após sua morte ele deu início a uma obra ainda mais importante. Com outros companheiros da Sociedade londrina, também falecidos, ele passou a transmitir a diversos médiuns mensagens fragmentadas, ou seja, trechos de mensagens sem nenhum sentido, quando tomados isoladamente, cujo encadeamento só surgia após agrupados segundo um código preciso. O objetivo de Myers era provar aos homens de boa vontade que todos nós sobrevivemos após nossa morte. (Os mortos nos falam, pp. 134 e 135.)

B. A respeito do Além, que informações transmitiu Frederic Myers?

A exemplo de outros Espíritos que disseram que o mundo espiritual que cerca o globo é formado de sete planos ou esferas, Frederic Myers também distinguiu em suas mensagens sete planos. Para ele, o nível 2 corresponde a um estado de transição; o nível 3, que ele chama de “região da ilusão”, é o do mundo existente após a morte. Heigorina Cunha em seu livro Cidade no Além também diz que o campo magnético da Terra se divide em sete esferas. A primeira, segundo ela, comportaria o Umbral “grosso”, mais materializado. A terceira seria o Umbral superior, onde se localiza a colônia Nosso Lar. (Obra citada, pp. 137 e 138.)

C. Cada um desses planos corresponderia a um nível espiritual, a um certo grau de evolução?

Sim. É exatamente isso que Frederic Myers diz. Nesses mundos, o espaço certamente não seria o mesmo. Trata-se, antes de mais nada, de níveis de consciência. Quanto a isso, há unanimidade, afirma Brune. Cada um desses níveis corresponderia a um nível espiritual, a um certo grau de evolução interior. Se na Terra vivemos todos um ao lado do outro, submetidos às mesmas leis da gravidade e às mesmas condições físicas, no meio espiritual cada um atinge o nível correspondente ao seu grau evolutivo. (Obra citada, pág. 139.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/12/blog-post_10.html

 

 

 

 

 

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