Os mortos nos falam
Padre François Brune
Parte 5
Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Os mortos nos falam, de autoria do padre François Brune. O estudo baseia-se na primeira edição em português desta obra, publicada pela Edicel em 1991.
Embora este livro não seja,
propriamente falando, um clássico espírita, trata-se de uma ótima contribuição
de publicação recente que confirma a realidade das manifestações dos chamados
mortos.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas
encontram-se no final do texto abaixo.
Questões preliminares
A. É verdade que os falecidos que nos são caros vêm
receber-nos em seguida ao transe da morte corpórea?
B. O desdobramento de uma espécie de filme de nossa vida,
como citado por Bozzano e outros pesquisadores, verifica-se também em seguida à
morte?
C. Na transição entre a morte do corpo e a desencarnação da
alma, que fato geralmente ocorre?
Texto para
leitura
53. Liszt conversava frequentemente
com a médium Rosemary Brown a respeito da vida no Além e lhe disse coisas
importantes sobre a reencarnação e a evolução dos Espíritos. Ele informou
também que em seu mundo havia diferentes esferas ou níveis de consciência. No
último estágio, a alma não se interessa pela aparência, mas pelo ser. (P. 90)
54. Como Liszt lhe explicou que,
nesses estágios mais avançados, as almas não precisam ter uma forma externa,
Rosemary indagou como eles poderiam ser, assim, reconhecidos. “Há uma espécie
de percepção da alma”, informou o compositor desencarnado. “Quando uma alma
está perto de outra, reconhece-a ao perceber sua presença e pode identificar a
atmosfera de uma pessoa.” (P. 90)
55. Após ler esses textos, diz padre
Brune, compreende-se melhor a manifestação de Santa Teresa de Lisieux a Theresa
Neumann, que só viu uma luz, ouviu uma voz e sentiu alguma coisa que a pegava
pela mão. Brune imagina que fenômeno semelhante foi o que ficou conhecido como
a “estrela de Belém” que guiou os reis magos até à manjedoura. Graças às
descobertas arqueológicas realizadas no Oriente, sabe-se hoje que os primeiros
cristãos jamais representavam os anjos como homens alados, mas os associavam às
estrelas. (P. 91)
56. Numerosos textos antigos, em
grego, siríaco e armênio, dizem que a estrela de Belém que guiou os magos era,
na realidade, um “anjo”, ou seja, um mensageiro de Deus, um mensageiro do Além.
(P. 91)
57. Essa bola de luz é encontrada na
vida de Santa Ana-Maria Taigi, morta em 1837. Durante 47 anos, dia e noite,
Taigi via uma bola de luz que lhe mostrava todos os acontecimentos do mundo,
até os que ocorriam nos países mais longínquos e nos lugares mais secretos. (P.
91)
58. Capítulo IV – Nas fronteiras
da morte – No momento da morte, veremos surgir à nossa frente, vindos do
outro mundo, alguns seres que nos são caros e que fizeram sua passagem antes de
nós. Os testemunhos são incontáveis, sobretudo depois que as famosas E.F.M.
(Experiências nas Fronteiras da Morte) se multiplicaram. (PP. 95 a 97)
59. Citando experiências da dra.
Elisabeth Kübler-Ross e uma conhecida obra de Ernesto Bozzano, padre Brune
afirma que essas visões de falecidos no momento da morte acontecem em todos os
países, qualquer que seja a raça, a cultura ou a religião do moribundo.
Pesquisa levada a efeito nos Estados Unidos e na Índia constatou que esse
fenômeno parece realmente ser universal. (P. 98)
60. O autor relata também alguns fatos
em que a pessoa declara ter visto uma luz, ou um ser revestido de intensa
luminosidade, seguindo-se o desdobramento de uma espécie de filme de sua vida,
fenômeno bastante comum que se produz às vezes até sem que o indivíduo tenha
deixado o corpo, sob o efeito de um choque violento. (PP. 99 a 103)
61. A visão da vida dos outros é fato
conhecido há muito tempo. O cura d’Ars, por exemplo, conseguia ver a vida de
seus penitentes, em seus mínimos detalhes e de modo praticamente instantâneo.
Nas pesquisas em torno da E.F.M. o fenômeno aparece constantemente, com
pequenas variações entre um caso e outro. Brune relata a propósito vários
casos. (PP. 104 a 111)
62. Existe uma espécie de transição,
de zona intermediária, entre a morte e a desencarnação. Raymond Moody fala-nos
em sua primeira obra a respeito de um túnel, que ele situa no momento da
desincorporação. Entretanto, em seu segundo livro, relata ele vários casos em
que o túnel se encontra claramente depois da desincorporação. O corpo
espiritual flutua no espaço, acima do corpo carnal, e é então que o moribundo
se sente aspirado para dentro desse túnel. (P. 112)
63. Estudos posteriores, sobretudo os
de Sabon e Ring, parecem confirmar essa informação. O túnel corresponderia,
então, não à saída do corpo, mas à passagem deste plano para outro plano.
Quando o doente apenas sai do corpo, permanece no mesmo plano que nós: flutua
junto ao teto do quarto, vê a todos, pode atravessar paredes, portas, tetos,
mas só pode enxergar o nosso mundo. O túnel marcaria o seu acesso ao outro
mundo. (P. 112)
64. As palavras que o descrevem são
quase sempre as mesmas: longo corredor sombrio; algo semelhante a um tubo de
esgoto; um vazio na completa escuridão; cilindro sem ar; profundo e obscuro
vale; espécie de tubo condutor estreito e muito sombrio; túnel formado por
círculos concêntricos. É geralmente no fim desse túnel que se encontra o ser de
luz e, com frequência, um jardim maravilhoso, e muitas vezes os seres que
amamos. Mas, quanto a isto, não há regra geral, porque muitos moribundos viram
chegar até eles seus queridos mortos sem haverem passado pelo túnel. (PP. 112 e
113)
65. Padre Brune cita diversos fatos
relacionados com o assunto. (PP. 113 a 115)
Respostas às
questões preliminares
A. É verdade que os falecidos que nos são caros vêm
receber-nos em seguida ao transe da morte corpórea?
Sim. Diz padre François Brune que no
momento da morte surgem à nossa frente, vindos do outro mundo, alguns seres que
nos são caros e que fizeram sua passagem antes de nós. Os testemunhos são
incontáveis, sobretudo depois que as famosas E.F.M. (Experiências nas
Fronteiras da Morte) se multiplicaram. Pesquisa levada a efeito nos Estados
Unidos e na Índia constatou que esse fenômeno parece realmente ser universal. (Os mortos nos falam, pág. 95 a 98.)
B. O desdobramento de uma espécie de filme de nossa vida,
como citado por Bozzano e outros pesquisadores, verifica-se também em seguida à
morte?
Sim. Brune relata em seu livro alguns
fatos em que a pessoa declara ter visto uma luz, ou um ser revestido de intensa
luminosidade, seguindo-se o desdobramento de uma espécie de filme de sua vida,
fenômeno bastante comum que se produz às vezes até sem que o indivíduo tenha
deixado o corpo, quando sob o efeito de um choque violento. (Obra citada, pp.
99 a 103.)
C. Na transição entre a morte do corpo e a desencarnação da
alma, que fato geralmente ocorre?
Raymond Moody fala em sua primeira
obra a respeito de um túnel, que ele situa no momento da desincorporação.
Entretanto, em seu segundo livro, relata ele vários casos em que o túnel se
encontra claramente depois da desincorporação. O corpo espiritual flutua no
espaço, acima do corpo carnal, e é então que o moribundo se sente aspirado para
dentro desse túnel. Estudos posteriores, sobretudo os de Sabon e Ring, parecem
confirmar essa informação. O túnel corresponderia, então, não à saída do corpo,
mas à passagem deste plano para outro plano. O túnel marcaria o seu acesso ao
outro mundo. (Obra citada, p. 112.)
Observação:
Para acessar a Parte 4 deste
estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/11/blog-post_26.html
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