quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

 


E a Vida Continua...

 

André Luiz

 

Parte 5

 

Prosseguimos o estudo da obra E a Vida Continua..., de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Esta é a décima primeira obra do mesmo autor integrante da Série Nosso Lar, que temos estudado metodicamente às quartas-feiras neste blog.

Eis as questões de hoje:

 

33. O ministro destacou também a importância da caridade e do amor na vida post mortem?

Sim. Disse ele que, no plano em que se encontravam, estavam eles cercados, através de quase todos os flancos, por multidões de companheiros dementados, a rogarem amor e paciência para que se refizessem. "Na arena física – explicou o orador –, multiplicávamos apelos a que se pusessem mesas dedicadas aos famintos e se acumulassem agasalhos para o socorro à nudez... Aqui, somos desafiados à formação e sustentação do devotamento e da tolerância, para que a harmonia e a compreensão se estabeleçam na alma sofrida e conturbada dos nossos irmãos tresmalhados nas sombras de espírito." A caridade e o amor para com o próximo eram, pois, essenciais. (E a Vida Continua..., cap. 12, pp. 94 e 95.)

34. Por que Deus permite que se formem no plano espiritual quistos de perturbação e desordem?

A esta pergunta formulada por Fantini, Irmão Cláudio disse que a Divina Providência não interfere no campo da inteligência corrompida no mal, porque o Criador quer que as criaturas sejam deixadas livres para escolherem o caminho de evolução que melhor lhes pareça. Deus quer que todos os seus filhos tenham a própria individualidade, creiam nele como possam, conservem as inclinações e gostos mais consentâneos com o seu modo de ser, trabalhem como e quanto desejem e habitem onde quiserem. "Somente exige – e exige com rigor – que a justiça seja cumprida e respeitada", acentuou Cláudio. "A cada um será dado segundo as suas obras. Todos receberemos, nas Leis da Vida, o que fizermos, pelo que fizermos, quanto fizermos e como fizermos." (Obra citada, cap. 13, pp. 98 e 99.) 

35. Na região onde a perturbação era a tônica, quase todos exibiam roupas estranhas. Por quê? 

Cláudio esclareceu: "De modo geral, os milhares de irmãos que se abrigam nestas paragens não se aceitam como são. Habituaram-se de tal maneira às simulações – aliás, muitas vezes, necessárias – da experiência física, que se declaram ofendidos pela verdade. Viveram, anos e anos, na esfera carnal, desfrutando essa ou aquela consideração pelos valores de superfície que exibiam, enfatuados, e não se conformam com a supressão dos enganos e privilégios imaginários de que se alimentavam... Narcisos fixados à própria imagem na retaguarda...”. Segundo o instrutor, muitos se transferiram diretamente da vida física para aquela região nebulosa, onde expunham sua própria natureza, uns diante dos outros, asilando-se no vale de sombras geradas por eles mesmos. (Obra citada, cap. 13, pp. 99 a 101.)

36. Naqueles sítios existiam cidades?

Sim. Existiam cidades, vilarejos, povoações e aldeamentos vários, em cujo seio Espíritos de inteligência vigorosa, porém pervertida, dominavam enormes comunidades de Espíritos menos hábeis no comando das situações, mas tão pervertidos, via de regra, quanto eles mesmos. Eram, na verdade, criaturas enfermas, tanto quanto os alienados mentais de qualquer hospício situado na Crosta. (Obra citada, cap. 13, pp. 99 a 101.)

37. Túlio Mancini, antigo namorado de Evelina, acreditava-se vivo?

Sim. E essa impressão aumentou ainda mais quando viu Evelina. “Agora que vi você, reconheço que estou vivo... Vivo!..." – disse o rapaz, que foi, de imediato, abrigado no lar de Ambrósio, até que se lhe providenciasse hospitalização conveniente. Túlio recebeu passes reconfortantes e foi conduzido à casa dos modestos amigos, que o acolheram alegremente, enquanto o grupo socorrista retornava ao campo doméstico. (Obra citada, cap. 14, pp. 106 e 107.)

38. Que reação teve Evelina ao encontrar ali o antigo namorado?

Evelina sentiu-se tomada de surpresa e inquietação, ao rever o rapaz, porque aquele Túlio Mancini era bem diferente do que ela conhecera na Crosta. Seus olhos penetrantes, quando pousados nela, denunciavam sentimentos estranhos e não passaram despercebidos, nem a ela, nem a Fantini, os propósitos enfermiços que lhe nasciam, ali mesmo, à frente dos dois. (Obra citada, cap. 14, pp. 107 a 109.)

39. É verdade que Túlio Mancini não se suicidara?

Sim. Pelo menos foi o que ele informou a Evelina. Segundo ele, fora Caio quem o havia acertado com um tiro de revólver no peito. A revelação chocou a jovem, porque Túlio fora, afinal de contas, assassinado por aquele a quem ela desposara no mundo. (Obra citada, cap. 14, pp. 109 e 110.)

40. É correto dizer que nós, criaturas comuns, carregamos ainda o imenso fardo de desejos deprimentes?

Segundo o Instrutor Ribas, sim. De acordo com sua avaliação, somos, de modo geral, Espíritos endividados perante as Leis Divinas, e estamos situados na faixa de expressiva transição, a transição do amor narcisista para o amor desinteressado. Temos teorias de santificação para o sentimento, mas, na essência, somos simples iniciantes na prática. Na esfera dos pensamentos nobres, assimilamos o influxo dos Planos Gloriosos; todavia, no campo dos impulsos inferiores, carregamos ainda o imenso fardo de desejos deprimentes, que se constituem de vigorosos apelos à retaguarda. (Obra citada, cap. 15, pp. 115 e 116.) 

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 4 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/12/blog-post_15.html

 

  

 

 

 

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