Tormentos da Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 14
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Tormentos da Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 2001.
Este estudo é publicado neste
blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
79. Que tipo de Espíritos se
encontrava na ala dos sonâmbulos, um setor do Hospital a que o autor se refere
nesta obra?
Irmãos sonâmbulos é uma expressão que designa os Espíritos que
chegam à Erraticidade e ali permanecem por largo tempo anestesiados nos centros
da consciência, até quando o Amor os recambia à reencarnação em processos
dolorosos de recuperação. Trata-se, muitas vezes, de suicidas, psicopatas,
pessoas que são vítimas de desencarnação violenta e cujo processo de
despertamento é muito difícil em razão das circunstâncias que os arrebataram do
corpo somático. (Tormentos da Obsessão,
cap. 14 – Impressões marcantes.)
80. Pode haver deformidade
perispiritual produzida pelo próprio Espírito, sem participação de terceiros?
Sim. Na ala dos irmãos sonâmbulos viam-se muitos casos assim. Dr.
Inácio explicou: “Difere esse processo dos lamentáveis casos de zoantropia,
licantropia e diversos equivalentes, porque não são produzidos por hipnose
exterior, mas por exclusiva responsabilidade do enfermo”. E advertiu: “Nunca
será demasiado insistir-se na necessidade da educação do pensamento, na disciplina
das aspirações mentais, nas buscas psíquicas relevantes, a fim de evitar-se o
enredamento nas malhas das próprias construções idealizadas”. (Obra citada,
cap. 14 – Impressões marcantes.)
81. Agenor era o nome de um dos
Espíritos que se encontravam na ala dos sonâmbulos. É verdade que ele havia
desencarnado antes da hora?
Sim. Além de uma vida de desregramento, toda dedicada ao prazer,
Agenor foi consumido pelas drogas e sucumbiu em um distúrbio depressivo sob a
ação mental de vingador inclemente, até que, inspirado pelos Espíritos
perversos com os quais convivia mentalmente, desertou do corpo através de uma
superdose. Fatos assim são catalogados como casos de suicídio involuntário. (Obra
citada, cap. 14 – Impressões marcantes.)
82. A situação de Agenor, um dos
pacientes da ala dos sonâmbulos, foi agravada pelo seu comportamento sexual
irresponsável?
Sim. Segundo Dr. Inácio, as perturbações do sexo insaciável
conduziram Agenor ao desrespeito pelo santuário genésico, corrompendo diversas
pacientes que lhe buscavam o apoio terapêutico, porquanto ele fora médico. Com
avidez incomum para amealhar moedas e açodado no comportamento sexual pela
mente transtornada, seduzia as pacientes que o buscavam aflitas, mantendo
conúbios infelizes sob a justificativa de que, através desse relacionamento, se
lhes tornava mais fácil a recuperação da saúde. Hábil na conversação, e
sedutor, iludiu algumas mulheres que lhe caíram nas teias ardilosas, e quando
algumas se apresentaram grávidas, não trepidou em propiciar-lhes o aborto
criminoso com que se evadia da responsabilidade paterna. (Obra citada, cap. 14
– Impressões marcantes.)
83. Apesar de todos os lances
trágicos de sua infeliz existência, por que motivo Agenor mereceu ser acolhido
no Sanatório Esperança?
Segundo Dr. Inácio, Agenor ali se encontrava porque, apesar de
todas as coisas erradas que fez, momentos houve, no início de suas
experiências, em que procurou auxiliar desinteressadamente a diversas pessoas,
quando socorreu como médico muitos enfermos pobres, e esse concurso no Bem não
ficou desconhecido pelos Códigos soberanos. O Senhor continua desejando o
desaparecimento do pecado, do erro, do mal, não o do pecador, do equivocado,
havendo sempre a bênção para o recomeço, jamais uma punição eterna ou um
castigo sem remissão. (Obra citada, cap. 14 – Impressões marcantes.)
84. Um Espírito como Agenor, que
tantas vítimas fez com suas atitudes, necessita de quanto tempo para despertar
da condição de sonâmbulo em que se encontra?
Em face de uma pergunta semelhante, Dr. Inácio explicou: “Não
existe pressa no relógio da Eternidade... O tempo é dimensão muito especial em
nossa Comunidade, apesar de aqui nos encontrarmos sob as vibrações e o
magnetismo do Sol. Nesse caso, muitos fatores estão no acontecimento em si
mesmo, aguardando solução adequada... O certo é que, estando amparado em nosso
pavilhão, isso já lhe constitui uma bênção de reconforto e de esperança após os
longos anos de martírio em região particular para onde foi empurrado pelos seus
algozes e comparsas espirituais”. Resumindo: não existe um prazo definido; tudo
dependerá do próprio paciente. (Obra citada, cap. 14 – Impressões marcantes.)
Observação:
Para acessar a Parte 13 deste
estudo, publicada na semana passada, clique https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/09/blog-post_05.html
Como
consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog,
clique neste link: https://goo.gl/h85Vsc, e verá como
utilizá-lo. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário