Sexo e Obsessão
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 7
Damos sequência neste espaço ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.
Este estudo será publicado neste blog sempre às segundas-feiras.
Eis as questões de hoje:
43. Sintonizando em
faixa mental mais elevada, que providência adotou o padre Mauro?
Ao captar a presença
do Mentor, que se lhe apresentava como um Anjo da Guarda, socorrendo-o naquele
momento crucial da sua existência, Mauro buscou uma singela capela, desprovida
de adereços e quinquilharias, ajoelhou-se, porejando suor por todo o corpo,
fechou os olhos e abriu o Evangelho. O Benfeitor conduziu-lhe os dedos aos
momentos que precederam o arbitrário arrastamento de Jesus na direção dos Seus
cruéis algozes. O texto assinalava a estada do Mestre no Horto das Oliveiras em
plena agonia. Mauro nublou os olhos com lágrimas sinceras de arrependimento e
começou a ler, mergulhando profundamente o pensamento, talvez pela primeira
vez, no conteúdo incomum e sublime daqueles instantes de dor e de rudes
angústias do Condutor a Quem buscava servir. (Sexo e Obsessão, capítulo
8: Atendimento fraterno.)
44. Envolvido pelo
sentimento decorrente do seu sincero arrependimento, que decisão o padre tomou
em seguida?
Primeiro,
experimentou um grande sofrimento, um abatimento íntimo como nunca sentira
antes, passando, na sequência, a considerar a magnitude infeliz dos seus atos.
Resolveu-se, então, a mudar de vida, custasse o que custasse. Decidiu buscar a
confissão com o seu Bispo, narrar-lhe tudo, rogar-lhe auxílio e perdão,
misericórdia e oportunidade. Estava, sim, disposto a recomeçar longe dali,
distante do lugar da escravidão, em campo novo, abrindo o coração a Deus e ao
serviço em favor da Humanidade. (Obra citada, capítulo 8: Atendimento
fraterno.)
45. Os benfeitores
espirituais participam também das atividades de atendimento fraterno realizadas
na casa espírita?
Sim. Na Instituição
onde estavam albergados, o serviço de atendimento fraterno reunia duas equipes:
uma constituída por Entidades generosas e trabalhadoras e a outra pelos
companheiros que militavam na Casa Espírita. Eles haviam recebido treinamento
espírita e psicológico e, periodicamente, eram reavaliados, reciclados, de modo
que pudessem cooperar com bondade e discernimento doutrinário em favor dos
muitos sofredores que buscavam orientação. Em ambos os planos de atividade
havia um responsável que se encarregava de orientar cada candidato, de forma
que tudo transcorresse em harmonia e os resultados fossem os melhores anelados.
As pessoas que desejavam orientação eram reunidas em uma sala ampla, na qual
recebiam esclarecimento espiritual, mediante a leitura e comentários de uma
página espírita e recebiam passes coletivos. Posteriormente, aqueles que
desejassem informações mais profundas eram levados a diversas salas, nas quais
recebiam atendimento pessoal, discreto e carinhoso. (Obra citada, capítulo 8:
Atendimento fraterno.)
46. Ouvir mais,
falar menos. Isso é importante no atendimento fraterno realizado na Casa
Espírita?
Sim. Era o que se
via no trabalho de atendimento descrito neste livro por Manoel Philomeno de
Miranda, no qual não existia interrogatório nem ficha de identificação na qual
se anotassem os dramas das pessoas aflitas, desnudando-as aos olhos estranhos e
deixando-lhes as confidências por escrito, para futuros estudos ou mesmo
comentários, nem sempre felizes. Tudo ali ocorria de forma natural, conforme as
disposições do pensamento espírita, que respeita a vida interior das criaturas.
Além disso, o atendente fraterno buscava mais ouvir que falar, orientando o
consulente mediante a contribuição do Espiritismo e evitando emitir suas
próprias conclusões, bem como o que se convencionou denominar como achismo,
mediante o qual se opina sem conhecimento de profundidade a respeito de tudo. (Obra
citada, capítulo 8: Atendimento fraterno.)
47. Qual é,
exatamente, a função do atendimento fraterno na Casa Espírita?
Segundo Manoel
Philomeno, a função do atendimento fraterno na Casa Espírita não é a de
resolver os problemas das pessoas que vão em busca de socorro, mas a de
orientá-las à luz da Doutrina Espírita para que cada uma encontre por si mesma
a melhor solução. (Obra citada, capítulo 8: Atendimento fraterno.)
48. Como nós espíritas entendemos – ou deveríamos entender – a
morte?
A resposta a esta pergunta não é difícil para quem acredita
na imortalidade da alma: a morte corpórea não é o fim da vida, mas o começo de
uma nova etapa da Eternidade... São felizes aqueles que retornam à Pátria, após
cumprida a tarefa na Terra, seja qual for o mecanismo da desencarnação, exceto,
evidentemente, se a pessoa contribuiu direta ou indiretamente para que o fato
se dê. (Obra citada, capítulo 8: Atendimento fraterno.)
49. Por que a
presença do amor é importante nas atividades da Casa Espírita?
São de Irmão
Anacleto, orientador de Manoel Philomeno de Miranda na obra que ora estudamos,
as seguintes palavras: “Quando o amor dirige os sentimentos e o pensamento, as
ações, inegavelmente, são corretas e dignificadoras”. Essa frase explica tudo.
Segundo o mesmo Instrutor espiritual, o Espiritismo “é a chave que decifra os
enigmas existenciais”. “Vivê-lo com simplicidade, desvesti-lo das complexidades
com que algumas pessoas desejam envolvê-lo, por preferirem sempre as
complicações ao equilíbrio, é dever de todos nós, encarnados e desencarnados,
que lhe somos afeiçoados.” (Obra citada, capítulo 8: Atendimento fraterno.)
Observação:
Para acessar a parte 6 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/12/blog-post_26.html
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